sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Perto do fim

Agora é oficialmente o último post do ano.
Desejo, de verdade, que 2011 seja melhor que 2010 pra mim e para todos que tiveram um ano de merda.
Se seu ano foi bom, então desejo que o próximo seja no mínimo tão bom quanto.
Listinha de desejos pra 2011 pode? Então tá.

  • Que nos próximos 12 meses eu consiga resolver de vez que rumo tomar na minha vida e que nada fique no meu caminho, independente de qual direção eu acabe seguindo.
  • Que eu fique mais perto de realizar o meu sonho mulherzinha de casar e ter filhos (porque, às vezes, ter um namorado não significa que você esteja exatamente perto disso).
  • Que eu veja nos outros as mudanças que eu espero tanto e há tanto tempo que aconteçam.
  • Que eu consiga em mim as mudanças que sei que precisam acontecer e aí começa uma sub-lista (como escrevo isso agora?): acordar cedo sem perder a hora, ter disciplina para comer, trabalhar e estudar; reencontrar a minha vaidade que se perdeu em algum lugar entre 1999 e 2001, deixar pra trás alguns maus hábitos que detesto em outras pessoas e cultivo em mim há anos...)
  • Que eu volte a escrever como antes aqui no blog, no meu diário, na minha agenda e nas dezenas de e-mails que eu costumava mandar toda semana para pessoas que amo.
  • Que eu consiga manter minha vida financeira em ordem (como estava há alguns meses).
  • Que eu aprenda a conviver com a distância que se criou entre algumas pessoas e eu.
  • Que eu traga para a minha vida a idéia do desapego (quem não se apega, não sofre).
  • Que eu consiga passar mais tempo com amigos que estiveram ausentes tempo demais em 2010 e deveriam ter estado mais presentes do que nunca.
  • Que eu finalmente descubra a minha vocação e possa começar a pensar em um "emprego dos meus sonhos" de verdade (nada daquela história de trabalhar pouco, ganhar muito e não ter que sair de casa pra isso).
  • Que eu encontre tempo para voltar a estudar francês.
  • Que eu encontre vontade para voltar a ler como antes.
  • Que 2011 seja um ano pelo menos um pouquinho melhor que 2010.
Feliz 2011 para vocês!

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Trilha Sonora: Lento - Érika Martins.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

História do Natal Digital

Não costumo postar vídeos aqui, mas esse é muito bom! Precisei dividir com vocês.




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Trilha Sonora: Novela, gente. Silêncio, por favor.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Quase no fim...

Chega dezembro e a minha vida sempre fica uma bela merda. 2010 não foi exatamente o melhor ano da minha vida e não chegou a ser o pior, mas esse segundo semestre, vou te contar...
Tive crises de gastrite acompanhadas de crises de solidão enquanto sentia o estômago doer sem ninguém para me fazer um chá ou esperar comigo até que a dor passasse. Tive problemas no trabalho acompanhados de mais crises de solidão cada vez que eu chegava em casa e não tinha para quem contar os problemas e me dar um colo no sentido físico mesmo, de me oferecer a perna pra eu deitar e dormir. Tive problemas financeiros que me fizeram perceber que viver é caro, muito caro. Tive problemas com o Sr. Namorado que quase me fizeram desistir de tudo. Tive problemas com a minha auto-estima que resolveu sumir algumas vezes me deixando na companhia de uma garota gorda, despenteada e sem graça.
Tive muitos maus momentos. Ouvi desaforos que eu não queria e nem precisava ouvir. Deixei de falar verdades que eu precisava ter falado, mas preferi engolir a seco. Chorei sozinha no banheiro do trabalho, no ônibus, em casa, no meio da rua, no restaurante, no médico, durante conversas sobre família, por causa de amigos, de amor, de dinheiro, de serviços complicados, de solidão, medo, de dúvida, de dor, de saudade. Chorei pelo meu presente, meu passado e meu futuro.
2010 não vai me deixar muitas saudades, sinceramente. Apanhei tanto nesse ano, que resolvi recomeçar minha vida em 2011. Talvez nada dê certo em 2011 como eu queria que tivesse dado em 2010. Talvez dê tudo certo.
Só preciso ganhar de presente de natal um saco enorme, cheio de paciência e boas companhias, que foi o que me faltou nesse ano. E, melhor ainda, quero ganhar um 2011 de 11 meses, sem o mês de dezembro, que já será uma grande coisa levando em consideração a quantidade de porcarias que costuma acontecer comigo nos últimos 31 dias do ano.
Mas agora são só mais 18 dias. Ainda bem!


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Trilha Sonora: Caleidoscópio - Paralamas do Sucesso.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Você é cinéfilo e tem tempo sobrando?

Eu estou longe de ser uma expert em filmes, mas tenho a estranha habilidade de adivinhar nomes de filmes que eu nunca assisti me baseando em poucas dicas ou em uma imagem de uma cena. Quando minha família resolve brincar de mímica de filmes (jogo divertidíssimo que faz nossa alegria em noites ociosas) o time adversário sempre se queixa porque eu acerto muito rápido e dou filmes muito difíceis para o outro grupo adivinhar.
Enfim, como ainda não achei um meio de ganhar dinheiro com isso, uso meu "talento" para passar o tempo nesse site aqui.
http://whatthemovie.com/
Você entra, se cadastra e depois vai brincar no Quiz. Vai aparecer uma imagem e você deve dizer de qual filme é aquela cena. Por exemplo, você sabe dizer de que filme é isso?


É. As cenas são mais ou menos nesse nível. Uma captura de uma cena rápida, daquelas que duram pouco mais de alguns segundos. Essa que usei de exemplo é uma das que ninguém descobriu ainda de que filme é. Se você sabe e quer ser o primeiro a acertar, clique aqui http://whatthemovie.com/shot/126452 e marque seu ponto.
O detalhe é que você deve informar o titulo original dos filmes. Então, se você só conhece o título lançado no Brasil, faça como eu e recorra ao Google quando precisar.
Se quiserem bibilhotar minha pontuação por lá, meu perfil é esse http://whatthemovie.com/user/joaninnha

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Esse post tá meio mal configurado porque troquei de navegador e, pelo que estou notando, o Blogger não gosta de novidades.

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Trilha Sonora: Waiting on a Friend - Rolling Stones 
http://www.youtube.com/watch?v=r8MhpofxMgk

Te-le-vi-são

Tava eu aqui, vendo TV e talz... Eu raramente assisto à Band, mas agora estava vendo um seriado engraçadinho que eu nunca tinha ouvido falar. No intervalo passou o comercial de um programa que vai estrear sei lá quando. Alguma coisa sobre brasileiros ao redor do mundo, apresentando outras culturas.
E vai mostrando o cara, ele fala alguma coisa sobre o país e o nome dele aparece escrito na tela dividido em sílabas. Tipo:
Wal
ter

Mar
ce
lo

E assim por diante. Foi assim com quase todos. Quase todos, menos 1. O Paulo.
Tirem suas próprias conclusões.

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Trilha Sonora: Já, já eu me irrito com a TV de domingo e coloco uma musiquinha.

Cotidiano



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Trilha Sonora: Sway - Phaser. Música linda de ouvir 548963 vezes seguidas.

sábado, 4 de dezembro de 2010

Pergunta cretina

Entrei no site da Nova Brasil e tinha uma enquete lá:
"Você fiscaliza os contatos de seu companheiro ou companheira na Internet?"
Se todas as perguntas do mundo fossem fáceis de responder como essa, olha, eu passaria no vestibular para Medicina numa Universidade Federal.
É LÓGICO que eu fiscalizo. Vasculho tudo. Pergunto. Interrogo. Investigo. Sou ciumenta. Sou louca, me deixa!


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Trilha Sonora: Have a Nice Day - Stereophonics. O refrão mais grudento dos últimos anos e uma música que eu canto mentalmente sem parar.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Histórias de balcão

Eu não trabalho exatamente com o atendimento ao público, mas de vez em quando, se as pessoas que devem fazer isso estão ocupadas ou ausentes, vou lá pro balcão e atendo um pai, uma mãe, um aluno e, com um pouco de sorte (?), um bêbado passante que pára ali só porque temos um balcão.
Essa semana, fim de ano, muita gente tem procurado a escola por conta da reunião de pais que se aproxima. Um dia desses, não tinha mais ninguém na secretaria que pudesse atender e eu fui lá ver o que queria uma pessoa que batia insistentemente na janelinha fechada, duas horas antes do horário do atendimento.
Era uma senhora com a filha, aluna nossa. Ela queria saber o dia e horário da reunião de pais da sala da menina.
- Qual a série dela?
- 8ª série.
- Vou pegar o bilhete pra senhora. Eles levaram para os pais na semana passada.
E fui dando o bilhete para a velha senhora. Mas...
- Não precisa bilhete, não. Eu tenho já.
Ler pra quê, minha gente? Se ela é analfabeta, tudo bem, acontece. Mas a filha dela não é.
Daí ela recebe o bilhete, super detalhado, mais claro impossível. Só que não acredita no que leu ou não estava com vontade de ler e vai lá no balcão, duas horas antes do horário de atendimento para me perguntar exatamente o que estava escrito no bilhete.
E eu tenho que sorrir e ser bem educada.

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Trilha Sonora: Everything looks different at night - Kath Bloom

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Sobre saltos e escolhas

Quando eu era uma moça de baladas, eu costumava me arrumar lindamente e, em dias de mais inspiração, gostava de encarar um salto alto porque, né? 1,49m em certas situações não combinam muito com o resto da produção.
Aí eu dançava, dançava, dançava. Até quase amanhecer. Muitas vezes até realmente amanhecer. Eu e mais um monte de outras meninas que estavam de salto. Acontece que a maioria delas "arriava" no meio da noite, abria mão do salto e terminava a festa descalça mesmo, com os sapatos escondidos no cantinho da parede.
Eu nunca fiz isso. Se na hora de me arrumar eu resolvia que aquela era uma noite para salto alto, mesmo sabendo da dormência nos dedos dos pés que apareceriam no dia seguinte, eu colocava o salto e só tirava na hora de desmontar o mulherão.
Só que não é de salto alto que eu quero falar. É de desistir no meio do caminho, mesmo sabendo o que de bom pode acontecer se você não desistir. É de não desistir, porque você sabe que a insistência vai valer a pena mesmo que ela traga um pouco de dor e dormência nos dedos dos pés.
Eu fiz escolhas que quase me custaram pessoas valiosas. Eu senti a dor dos dedos dormentes, mas quis levar adiante a escolha de viver um pouco mais no alto.
Eu fiz valer a pena a dor nos pés, eu encontrei outras pessoas que optaram por usar os mesmos sapatos doloridos em nome de desejos que significavam muito pra nós e só pra nós. Quem estava de fora não entenderia, por mais que tentássemos explicar o que significava. Essas pessoas me mostraram que não doía só nos meus pés. Não era um capricho meu, não era uma coisa absurda escolher a dor em troca de um tempo nas alturas. Fazia todo o sentido dentro do contexto da minha vida.
Mas aí amanhece e é hora de voltar pra casa.
Ainda tem aquela vontade que não quer sumir, te dizendo para ficar mais um pouco de salto, "você fica tão bem assim". Aquela intuição de que, se descer do salto, aí é que vai doer de verdade, afinal... aperta, mas com o tempo você acostuma e quase nem sente mais nada.
Tem também aquela coisa engraçada que minha mãe me disse uma vez sobre trabalhar de sapato apertado "doía demais, mas eu gostava. Porque o gostoso era o alívio de ficar descalça quando chegava em casa".
E juntando todos os detalhes, entendi que não estou desistindo do salto alto. Só está amanhecendo e daqui a pouco é hora de chegar em casa, tirar os sapatos e sentir o alívio que me diz "bem vinda de volta ao seu lugar".


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Trilha Sonora: Eu poderia, mas não quero agora.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Melhor que a original - Parte 2

Eu disse que essa lista não ficaria só naquele primeiro post.
Então, aproveitem a parte 2 das músicas que, regravadas, ficaram muito melhores que as originais:

Hole - Hungry Like a Wolf
Essa música foi gravada pelo Hole no MTV Unplugged, mas a original é do Duran Duran e eu nem conhecia até ouvir a versão na voz da Courtney Love. Nem gosto muito de Duran Duran, então é óbvio que prefiro a regravação. Apesar de ser uma música meio chiclete, recomendo.
Para quem gosta dessa música e quer ver mais uma regravação, tem uma que acabei de descobrir no YouTube, feita pelo Incubus (adoro!). Sinceramente, não gostei muito dessa versão por causa da introdução que achei muito longa e eu não tenho paciência para música com mais de um minuto de introdução. Tirando esse detalhe, achei que ficou até parecida com a original, só que mais rapidinha. Logo, continuo com a versão do Hole.

Cake - I Will Survive
Clássica de qualquer baladinha, essa música é sucesso há anos. Nem sei quantos. A letra é boa, o ritmo é bom, tudo combina e a original com a Gloria Gaynor é ótima, mas essa regravação que o Cake fez ficou muito super ótima. Dica da Natasha.

Alanis - Crazy
Outra dica da Natasha.
Não estava me lembrando dessa versão da música do Seal. É outro caso que a original é boa e tal, mas a regravação é muito mais legal. Alanis é musa, gente! E o clipe? Já viram? Vejam.

Raimundos - 20 e Poucos Anos
Essa música tocava na abertura do primeiro reality show produzindo no Brasil, o 20 e Poucos Anos, que passou na MTV quando o canal completou 10 anos no Brasil. O programa era bem legal, mas o que marcou mesmo foi essa versão que o Raimundos (na época ainda uma grande banda de rock) fez da música do Fábio Jr. 
Já até contei aqui no blog, há muitas luas, que eu era fã do Fábio Jr. quando era criança e, até hoje, ainda canto junto algumas músicas dele. Essa, 20 e Poucos Anos eu não conhecia na época. Soube que era dele quando minha mãe começou a cantar junto enquanto eu ouvia a versão Raimunda e, me assustei "Mãe?! Você conhece?" e ela "Essa música é muito velha. Mas é regravação isso aí. A original é do Fábio Jr." e daí eu fui ouvir a original para saber se o meu ídolo de infância superava minha veia rock'n'roll de menina de 12 anos. Não superou. Fábio, querido, desculpa! Você mora no meu coração, mas Raimundos ganhou.

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So Sad, sei que muita gente sentiu o pâncreas doer com o Eddie Vedder superando Beatles na minha lista, mas é que... confesso... não sou muito fã deles. Tirando algumas músicas que eu gosto mesmo com eles, a maioria das outras que ouço e gosto são regravações. Aliás, com as músicas do Roberto Carlos acontece o mesmo. Pronto. Depois dessa comparação perdi 200 seguidores. E eu só tenho 103.
Mas continuem opinando, criticando e sugerindo, que aqui no blog eu sou ditadora, mas sou legal.

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Trilha Sonora: Crazy, na versão da Alanis.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Amor

Imagem que achei perdida pela isternete. 

Porque amor, pra mim, é aquele que resiste às dificuldades do dia a dia, um dia de cada vez, até que um dia vocês percebem que ele resistiu, intacto, ao tempo.

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Trilha Sonora: Silêncio da casa.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

A trilha sonora para o pé na bunda

Pé na bunda acontece com todo mundo. Quem nunca levou, um dia levará. Quem nunca deu, um dia dará. É como o chifre.
E disso eu enteno.
Como já levei mais do que dei pé na bunda, posso garantir que parte fundamental do pós-pé na bunda é a trilha sonora. Sim, porque chorar, sofrer e rogar pragas no filho da puta que te deixou é muito mais digno se você estiver ouvindo música de dor de amor.
Então, vou listar as clássicas da minha vida (que eu espero nunca mais precisar ouvir dentro desse contexto) e algumas que eu ainda não usei, mas poderia se tivessem sido gravadas alguns anos antes:

Someday We'll Know - New Radicals
Foi trilha do primeiro pé na bunda da minha vida e já até falei dela aqui no blog. Uma música que fala no refrão "um dia saberemos por que eu não fui importante pra você" tem que constar em qualquer momento de pé na bunda.

Amanhã - Columbia
Essa música já apareceu aqui no blog quando descobri a banda. Além dessa, eles têm outras igualmente lindas. Mas essa está aqui porque tem cara de pé na bunda mesmo.

Desculpas - Columbia
Lembrei dessa que também tem super cara de pé na bunda.

You Oughta Know - Alanis
Essa foi uma das trilhas do meu primeiro pé na bunda. Mas essa é para quando começa aquela fase de chamar o ex de filho da puta e começar a desejar que, depois de você, ele só encontre namoradas vadias que encham a cabeça dele de galhos. É para a fase de "você não me merecia mesmo".

Moscas En La Casa - Shakira
Adoro a Shakira (na fase latina, de preferência, porque essa Shakira que canta em inglês não me agrada tanto) e essa música também serve muito para essa lista.

E vocês, alguma sugestão de música para pé na bunda? Deixem nos comentários e aproveitem a trilha sonora, mesmo que não tenham levado um chute no traseiro.



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Trilha Sonora: Inevitable - Shakira. Deu vontade de ouvir mais.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Melhor que a original

Essa é uma  lista que eu queria fazer há tempos, desde que estava sem isternete em casa e ficava escrevendo posts mentais nas horas de ócio. É uma lista de músicas que foram regravadas e ficaram melhores que as originais.
Resolvi que essa lista precisava sair porque tenho ouvido uma quantidade enorme de versões que me fazem pensar "essa devia ser a original!".
Então, aí está:

Maria Gadú - Lanterna dos Afogados
A original é dos Paralamas, todos devem conhecer. Tem até outras regravações, mas essa da Maria Gadú... Superou a da Cássia Eller, que eu adoro e, até então, era a melhor regravação que eu conhecia dessa música. Nem vou comentar aqui sobre a competição mental (da minha mente, claro) que rola entre Cássia Eller e Maria Gadú.

Yael Naim - Toxic
A original é da Britney Spears. Não gosto da Britney Spears e essa música, na voz dela, pra mim era só mais uma melodia rebolante da loira louca. Mas quando ouvi na voz da Yael Naim vi que uma boa gravação e uma voz linda fazem toda a diferença. Até aprendi a letra por causa dessa regravação.

Frente! - Bizarre Love Triangle
A original é do New Order, mas eu demorei para perceber. Sempre ouvia as duas versões, mas só quando comecei a me interessar pelas letras das músicas que eu ouvia foi que eu notei que eram a mesma música. A versão do New Order é legalzinha, naquele estilo "antiguinho" de música dos anos 80, cheia de efeitos sonoros típicos dos anos 80 e coisa e tal. A regravação, não. É lentinha, só voz e violão, dura menos de 2 minutos e a voz da Angie Hart, vocalista do Frente!, é linda.

Cássia Eller - Por Enquanto
Adoro Cássia Eller e praticamente todas as músicas que já ouvi na voz dela. Mas essa música em especial ficou tão linda, tão delicada, tão... Aquele Acústico MTV que ela gravou tem algumas das melhores gravações das inúmeras regravações que ela fez. Eu poderia fazer uma lista baseada no tema "Cássia Eller cantando fulano", e com certeza a maioria das minhas preferidas seriam as do Nando Reis que ela gravou. Mas fica pra outro dia. Por Enquanto é uma música linda já na voz do Renato Russo, mas a versão da Cássia tem uma coisa de tristeza que combina tanto com a letra e me fez até dar umas choradinhas em algumas ocasiões, quando ouvi essa versão.

Cordel do Fogo Encantado - O Cio da Terra
A original é do Milton Nascimento (letra dele com o Chico Lindo Buarque). É até bonita, mas não me fazia dizer que gostava da música. Depois que ouvi a versão do Cordel, com o acompanhamento que eles colocaram... Consigo ver o lavrador, o processo exaustivo de plantar, cuidar, colher e produzir. Ouçam e comparem.

Céu - Rosa Menina Rosa
A original é do Jorge Ben e eu não gosto dele. Não tem nenhuma música dele que eu me lembre agora e possa dizer "essa é legal, eu gosto". E, confesso que até começar a escrever esse post, eu nem tinha ouvido a versão original de Rosa Menina Rosa. Só sabia que é dele e que a Céu tinha regravado. Mas, como adoro a Céu e não gosto do Jorge Ben, eu já sabia, mesmo sem ouvir, que eu gostava muito mais da versão dela que ouço sem parar porque a voz da Céu faz isso comigo: quando coloco uma música dela, tenho que escutar até cansar. Enfim, acabei de ouvir a original e realmente, eu estava certa.


Eddie Vedder - You've got to hide your love away
A original é dos Beatles. Não sou exatamente fã deles, mas algumas das músicas que conheço até gosto. O que já não acontece com o Eddie Vedder, que eu adoro desde sempre e adoro mais ainda tudo que ele canta. Essa versão foi gravada para a trilha do filme Uma Lição de Amor (I'm Sam), que eu ainda não vi, mas deve ser bonitinho. Antes da versão do Eddie Vedder, a versão que eu conhecia e adorava era a do meu pai tocando no violão. E ele tocava duas, três vezes seguidas porque eu ouvia e queria ouvir de novo. Até ele falar "chega, depois eu toco de novo" e começar a tocar outras do repertório dele. Então, por ordem de preferência vem: Eddie Vedder, com sua voz meio rouca e triste, meu pai com seu violão e inglês impecável e auto-didata (que eu só herdei o auto-didata) e Beatles com sua gravação que, de tão pouco que eu ouvi, nem posso comentar muita coisa.

Alanis - My Humps
Essa versão da música do Black Eyed Peas (que eu achei que fosse uma música solo da Fergie) é muito legal por dois motivos: foi feita com bom humor e é da Alanis. Gosto da Fergie, até falei isso alguns posts atrás, mas gosto mil vezes mais da Alanis, minha musa desde a adolescência. O melhor dessa regravação é o clipe, com a Alanis sensualizando como nunca antes na história desse país. Se for ver, de verdade mesmo, prefiro a música original, mas a versão da Alanis é boa demais para ficar fora dessa lista. Ela conseguiu pegar uma música que não tem absolutamente nada a ver com ela e cantar de um jeito tão pessoal, que a música virou outra e, se você ouvir sem prestar atenção na letra, pode jurar que foi a Alanis quem gravou primeiro.

Bom, essa lista já ficou maior do que eu imaginei, mas como ainda tem muita coisa que pode entrar nela, aguardem uma parte 2 e, se souberem de mais versões melhores que as originais, deixem nos comentários.

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Trilha Sonora: Depois de tanta música para o post, agora é a TV ligada.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Sobre música boa que um dia será ruim

Eu adoro música. Desde sempre, ouço muita música. Cresci (na verdade não cresci muito) com o meu pai tocando violão e minha mãe cantando enquanto limpava a casa com o rádio ligado.
Com o tempo, fui desenvolvendo meu próprio gosto musical que, hoje, vai muito além da MPB/Pop Rock que cresci ouvindo por influência dos meus pais.
Acontece que, em um período da vida e eu acredito que isso aconteça com todo mundo, você se distancia do que te ensinaram que era bom e passa a buscar coisas novas, que tenham a ver com você. Só que isso que você diz que tem a ver com você, às vezes só tem a ver com o momento da sua vida ou com quem é você naquele momento da sua vida.
Aí passa um tempo, você muda, sua vida muda e aquela trilha sonora que dizia tanto sobre você passa a ser só mais uma música tocando no rádio (vocês ainda ouvem rádio, né?).
Quando a música era boa, tudo bem. Você até pode ouvir com saudade e lembrar que há pouco tempo aquela letra dizia tanto sobre você e hoje é só uma música como tantas outras. Mas e quando você associa a sua vida e os seus momentos importantes às músicas "modinha" que, dentro de 2 ou 3 anos, já não serão consideradas boas nem pra você?
Falo isso porque eu já tive minha época de gostar de modinhas de MTV e rádio, colava pôster na parede do quarto, rabiscava versos de músicas e nomes de bandas na capa do caderno e achava que aquelas eram as músicas mais fodas do mundo, as melhores bandas já descobertas e... um dia passou.
Aí vejo a molecada de hoje fazendo o mesmo que eu fazia e fico pensando que um dia eles vão se envergonhar de dizer que ouviam um cara que veste calça verde com camiseta vermelha e usa esses cabelinhos ridículos. Além, é claro, do agravante maior: não cantam nada, não tocam nada e nem as letras dizem muita coisa. Mas é claro que isso só será percebido quando a vida tiver mudado e as bandinhas "boas" de hoje se tornarem uma mancha no passado da molecada.
Ah! Antes que perguntem, minha mancha musical do passado é Hanson e Spice Girls. Mas só digo que é mancha porque nunca foram reconhecidos como boa música de verdade, apesar de eu continuar defendendo eles e, de vez em quando, ainda ouvir algumas músicas de quando eu tinha 12 anos.
O fato é que a "música ruim" de ontem, que eu ouvia, ainda é bem melhor que a música ruim de hoje que é, de fato, ruim.

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Trilha Sonora: Especial Black Eyed Peas na MTV. É, esse post foi escrito logo após o último post publicado. E, sim, MTV não é a melhor referência de música boa hoje em dia. Por isso não vejo os programas "musicais" deles.

sábado, 23 de outubro de 2010

Metas para os próximos meses

Um post estilo diarinho de menina porque o blog é de menina e... é meu! com uma listinha porque eu gosto de listinhas e... o blog é meu!
Não é dezembro ainda, mas preciso fazer uma lista de metas para os próximos períodos da minha vida porque eu ando meio... bom, vou fazer a lista porque eu quero.
1º Fazer uma tatuagem nova.
2º Perder mais uns centimetros de quadril para reduzir em, pelo menos, mais um número as minhas calças.
3º Resolver até o final de outubro se peço ou não transferência para outro canto.
4º Voltar a controlar gastos diários para sair do vermelho ou saber porque eu não saio do vermelho.
5º Instalar tudo o que falta no meu computador para que eu possa passar cada vez mais tempo sem sair de casa, fazendo tudo pelo computador usar as coisas legais que ainda não posso usar nele.
6º Fazer um final de semana de cinema em casa para ver e rever filmes bons debaixo das cobertas.
7º Começar o meu blog novo que está prontinho e lindo, mas "trancado" desde julho porque estou com preguiça de manter dois blogs.
8º Marcar uma tarde de mulherzinha com 2 das minhas amigas da vida toda.
9º Comprar um All Star novo porque eu gosto de All Star e porque é fácil comprar. Só chego na loja, peço a cor (preto desde sempre e para sempre) e o número (35 fica perfeito) e pronto! Quase um McDonald's "peça pelo número".
10º Comprar sapatilhas novas para quando eu quero me vestir de menininha.
11º Voltar a fazer as unhas semanalmente.
12º Cumprir todos os itens dessa lista nos próximos 2 meses.
Conforme eu for cumprindo, volto e atualizo a lista riscando os feitos.
E lá vamos nós!
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Trilha Sonora: Especial Black Eyed Peas na MTV. Sabe que eu até gosto das músicas deles? E gosto da Fergie.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Profissionais do giz

Dia 15 de outubro é dia do Professor, sabiam?
Então, não sou professora, sou secretária de escola, logo, trabalho com vários professores (apesar de alguns acharem que trabalho para eles e não com eles).
Então, hoje cedo o Diretor lá da escola resolveu que queria dar um presentinho e um cartão legal para eles, parabenizando pelo dia e aquela coisa toda.
Ele queria sugestões de mensagens, mas recusou a minha! Absurdo! Usei toda a minha criatividade e sensibilidade para criar uma mensagem super especial e ele simplesmente me proibiu de usá-la.
Vejam só que belas palavras:
"Bando de filhos da puta! Parem de encher o saco da Secretária. Feliz dia do Professor."
Pois é. Fui censurada. Só de raiva, não ajudo mais!

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Falando sério agora, tirando umas peças aí que não valem nem o pó do giz que usam, não tenho nada contra os professores. Desde que não me encham muito o saco com pedidos de coisas que não tenho obrigação de fazer.
Então, feliz dia do professor para quem tá nessa vida aí (que eu saiba, dos leitores do blog, só tem a Bel de professora)!

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Trilha Sonora: Qualquer coisa na TV.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Os Fantasmas

Anos que eu não entrava ali. Anos, nem sei quantos, que eu não subia aquelas escadas, entrava por aquele portão enorme e sentia o cheiro da adolescência que só aconteceu ali.
Enquanto esperei não mais que dez minutos na fila, vi tantas cenas e ouvi tantas vozes que não pude chorar, não pude rir, não pude nada, porque eu queria tudo ao mesmo tempo e não consegui nada além de fazer cara de quem nunca havia estado ali.
Mas eu estive, inúmeras vezes, de bobeira naquele mesmo corredor de tijolo vazado, naquela mesma porta enrolando para aproveitar ao máximo enquanto podíamos. Lá fora, no meio de tanta gente que hoje nem sei onde... Tantas manhãs tomando aquele solzinho bom, escorada no muro ou naquela bagunça da fila desorganizada para tentar conseguir comprar um pirulito ou um salgadinho. Naqueles banquinhos disputados onde dávamos risada, contávamos piadas, contávamos segredos, brincávamos de adivinhar o futuro quando eu lia mãos e cartas e ríamos mais um pouco, porque tudo sempre acabava em risada, mesmo quando começava em choro ou em uma pergunta séria como "Lê aí, Cacá... Como é que eu vou morrer?" e eu disse a ele que seria no ar, voando. E depois nós rimos de qualquer piada que ele fez com os dons que eu nunca tive.
No fim do corredor eu não me atrevi a ir. Na verdade, nunca gostei muito de ir até lá porque chegar à outra ponta, significava assumir aquele namoro que eu não podia assumir e que as pessoas não sabiam que existia. Isso só na minha cabeça, claro. Era o relacionamento "secreto" mais invejado e admirado daquele horário, o que, na época, era muita coisa.
Aquela escada também seria demais para mim. Eu ficaria frente a frente com aquela Camila que um dia sentou ali e perdeu uma hora inteira do seu dia chorando como nunca mais chorou na vida, sentindo uma dor que nunca mais sentiu. É que o relacionamento tinha passado de secreto para inexistente e já era até um relacionamento novo com outra namorada que nunca teve nada de secreta. Estava ali para quem quisesse ver. Inclusive eu. E quando eu vi, esperei até o outro dia para chorar na companhia daquela que era e ainda é a grande amiga de todas as horas. 
Não sei dizer porque um lugar só significa tanto pra mim, mas sei que muito do que sou hoje começou ali. Muito do que não sou hoje, terminou ali.
E, indo embora, ainda vi o último fantasma que foi, na verdade, o primeiro. Como um bom fantasma bem educado, me disse oi, perguntou como eu estava e disse que ele continuava por ali. Me deu aquele mesmo sorriso bochechudo de sempre e me puxando de volta à realidade, se despediu "tchau, então! Vou lá votar" e seguiu seu caminho.
Foi então que entendi que tudo havia ficado ali, porque em algum momento deixei que o passado virasse lembrança e me dividindo em duas, eu mesma me tornei um fantasma que ficou preso ali enquanto a outra parte de mim seguiu seu caminho.

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Trilha Sonora: Janis Joplin. Várias coisas de Janis Joplin.

domingo, 19 de setembro de 2010

Palpite realmente sem importância

Sempre dizem que viver é fácil, a gente é que complica as coisas.
Eu faço de tudo para descomplicar a minha vida. O que chamam de egoísmo e teimosia, pra mim é objetividade. Ouvi essa semana de um senhor, muito sensato, com quem trabalho, que "as mulheres não sabem ser objetivas, né? Elas querem te contar uma história e dão voltas até chegar ao final, sendo que podiam ter começado pelo final. Fala logo o que tem pra falar, não precisa de detalhes". Concordei com ele, mas me excluí dessa regra feminina "Eu tenho esse lado mais masculino, sabia? Eu vou logo no ponto necessário, não gosto de enrolar muito e me irrito com quem faz isso. Sou mais objetiva mesmo. Meio homem nesse sentido".
E se não for pra fazer poesia, para escrever romances, é isso que as pessoas deviam fazer. Se você quer D, não passe antes por A, B, C para só depois chegar em D. Pule logo para o final e ignore o resto.
Principalmente se o resto for aquele caminho do sofrimento e das provações que todo mundo acha que tem que passar até chegar ao ponto que as fará felizes. Ninguém tem que que sofrer. Ninguém tem que fazer outras pessoas sofrerem. A gente só tem que ser feliz.
Se você sabe o que vai te fazer feliz, então vai logo lá e seja feliz. Pule os capítulos da dor, quando os personagens sofrem por não conseguirem a felicidade que merecem. Vá de uma vez para o final da história, lá no "... e viveram felizes para sempre"  que é isso que importa.
O resto a gente vê depois, porque resolver um problema quando estamos felizes é muito mais simples.
E ser feliz é tão simples, no final das contas. Quer dizer, quase sempre é simples. Desde que a gente queira descomplicar a vida que, em alguns pontos, é mais fácil de viver do que a gente quer aceitar. É só fazer. É só... vida.

E eu... Talvez nem saiba do que estou falando.

***
Trilha Sonora: TV com um filme romântico que devia ser proibido aos domingos.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Uma lista pra me fazer feliz

Depois de muito tempo sem elas, a lista de hoje é:

As bandas que mereciam ter feito mais sucesso

The Verve - Conheci a banda por causa de um CD da Revista da Jovem Pan (aquela que era enoooorme), que eu colecionei durante mais ou menos 1 ano no final dos anos 90 (isso me faz parecer muito velha, mas não sou). No CD estava a música Bittersweet Symphony, que lá pelos idos de 1998 tocou pra caramba e teria facilmente enchido o saco, se não fosse uma música tão boa, com um clipe igualmente bom. Acontece que por muitos anos a única música deles que fez sucesso foi essa. Até lembro de algumas outras, no máximo duas, que chegaram a tocar, mas sucesso de verdade, não me lembro de ter visto o The Verve fazer aqui no Brasil. E eles mereciam mais sucesso. Baixei um monte de músicas deles há um tempo atrás e repito: eles mereciam mais sucesso.

New Radicals - Por mais de dez anos só conheci duas músicas deles: a primeira, You Get What You Give, que fez muito sucesso e até hoje aparece em listas de hits dos anos 90 e a segunda, Someday We'll Know, que tocou menos que a primeira, mas ainda assim fez um sucesso considerável.
 Someday We'll Know ficou mais marcada pra mim porque foi a trilha do primeiro pé na bunda que eu levei e, por consequência, até hoje quando ouço, me lembra aquela época distante de namorinho bonitinho no portão de casa. Enfim, lá se foram mais de 10 anos e eu continuo adorando essa música.
Com a facilidade da "isternete", encontrei o CD inteiro do New Radicals e pude conhecer e viciar em todas as outras músicas. A que eu menos gosto continua sendo You Get What You Give, mas reconheço que é uma boa música.
A banda acabou há alguns anos, parece que porque o vocalista, Greg Alexander, não gostava muito do assédio da imprensa e essas coisas que a fama traz. Aí ele virou produtor musical e trabalhou com grandes bandas, esteve por trás de vários sucessos e algumas músicas do New Radicals até entraram na trilha daquele filminho bobo, Um Amor Pra Recordar (vi e não gostei muito).
Ainda preciso dizer que queria que eles tivessem feito mais sucesso?

Meredith Brooks - Mais uma dos anos 90, mais uma que conheci por causa do CD da revista da Jovem Pan.
A primeira música dela que ouvi foi Bitch. Virou a "minha" música rapidinho, não exatamente pelo título, mas pelo conteúdo da letra. Um verso só para vocês entenderem do que estou falando: "Just when you think you've got me figured out the season's already changing"
Uma coisa sobre essa música que me incomoda um pouco é a confusão que fazem sobre a autoria dela. Tente fazer uma busca rápida por Bitch em sites de trocas de arquivo e contem quantas vezes aparece o nome da Alanis como sendo a cantora. Adoro a Alanis, muito mesmo, desde sempre, mas essa música não é dela! É da Meredith Brooks, coitada. Só por esse motivo, já acho que ela merecia ser mais reconhecida.
Aí, quando você ouve as outras músicas dela, surge um novo motivo a cada faixa dos CDs que ela lançou. Quem gosta da Alanis, aliás, provavelmente gostará dela. É um som "mulherzinha", com letras inteligentes e tudo que mulher gosta. Tá. Alguns homens também devem gostar disso também.
E, voltando ao foco, Meredith Brooks ainda canta e lança boas músicas, mas o susesso... Pelo menos aqui no Brasil, infelizmente, parece que não rolou muito.
Ah! Já viram aquele filme Do Que As Mulheres Gostam? Lembram do CD que o Mel Gibson pega na mochila da filha dele quando ele vai se depilar? Pois é, era o Blurring The Edges, primeiro CD dela.
E como eu sou meio legalzinha, tá aí uma outra música dela pra vocês ouvirem e me darem razão porque o blog é meu e aqui eu sempre tenho razão: I Need.


***
Esse post vai ganhar uma parte 2 porque já está grandinho e e eu ainda tenho pelo menos outras duas bandas para lamentar a falta de sucesso que fizeram.
Aguardem! Eu voltarei!

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Trilha Sonora: Flowers - New Radicals.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Dica Musical

Eu tenho que dividir com vocês uma coisa:
Unidade Imaginária. É uma banda que vi pela primeira vez em um especial da MTV, Tem Uma Banda na Minha Casa. O especial era bem legal, levava para a casa da pessoa sorteada (sei lá como era o sorteio) a banda que ela indicava, desde que fosse uma banda relativamente desconhecida. Relativamente porque o sorteado tinha que conhecer a banda, né?
Então, daí a banda ia lá na sua casa e fazia um show só pra você e seus amiguinhos.
No dia que a banda escolhida foi a Unidade Imaginária, confesso que não prestei tanta atenção nas músicas. Gostei mais do nome da banda e da empolgação do pessoal que estava vendo o show. Aí, como o nome deles ficou na minha cabeça, depois eu fui procurar as músicas e... viciei.
De início a voz da vocalista parece um pouco... diferente... não sei definir muito bem com um adjetivo que não seja esse. Mas é um diferente bom, não é uma voz ruim de ouvir. Depois que você acostumar, provavelmente acabará viciando como eu.
Sobre as músicas, me lembram um pouco Penélope (eu ainda ouço muito e adoro) com uma vaga lembrança de Leela. São letras bonitas, meio de mulherzinha, mas nada meloso demais. A única música que eu não gosto taaaanto é Alquimia.
Mas Madalena e  Montes Claros... Já ouvi umas trocentas vezes seguidas e depois ainda passo o dia cantando as duas.
Como eu sou meio legalzinha, vou colocar aí embaixo o link para a letra de Montes Claros (linda!) e o vídeo de Madalena, que é uma das músicas mais gostosas de ficar cantando junto.


Do site da banda: Montes Claros 

Do YouTube - Madalena

Ouçam e depois me digam o que acharam.


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Trilha Sonora: Do Que Eu Ainda Sou Capaz - Unidade Imaginária. "(...) A minha dor é disfarce Pra me convencer do que eu ainda sou capaz De sentir (...)"

domingo, 12 de setembro de 2010

Dúvidas que muito me perturbam

Dia desses eu estava conversando com uma colega de trabalho sobre crianças abandonadas, crianças que vão morar em abrigos e essas coisas tristes aí, quando resolvi que era hora de expor uma enorme dúvida que me causa certa agonia por não saber a resposta. É  o seguinte:
Imaginem que eu tive um filho. Imaginem que eu não tenho coração e resolvo abandonar essa criança logo após o parto. Tipo, jogo no lixo e saio correndo sem que ninguém me veja. Alguém encontra essa criança e a entrega pro orfanato como uma criança sem pai, sem mãe, sem documentos e, o mais importante aqui, sem nome. E ninguém quer adotar o tal bebê. Vão ter que registrar essa criança, certo? E se vão registrar, ela teve um nome previamente escolhido. Até aí normal, mas e o sobrenome? Mesmo que digam lá no orfanato que a criança tem cara de João, de onde vão tirar um sobrenome se ninguém sabe quem é o pai ou a mãe? Alguém pode me responder?
Agora, outra dúvida que muito me incomoda:
Vamos imaginar que essa mesma criança aí de cima, o João Sem Sobrenome, nasceu sem mãos ou pés. Triste, eu sei, mas isso é necessário para que eu explique minha dúvida. Daí, o João Sem Sobrenome cresceu um pouco e chegou a hora de tirar um RG. De onde é que vão tirar as digitais dele se ele não tem pés e nem mãos? Alguém pode me responder n°2?
Essas duas questões me intrigam muito mais do que saber de onde vim e pra onde irei. Juro.

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Trilha Sonora: Que Loucura - Cachorro Grande.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Meio assim, sabe?

Não gosto de reclamar da vida. Não acho certo, não acho justo e  tenho implicância com quem só sabe fazer isso.
Mas de vez em quando, sabe? Nada está como quero, nada é bom o suficiente para me fazer sorrir aqueles sorrisos que se pode ver até pelas minhas costas, nada é engraçado o bastante para que eu dê aquelas risadas de doer a barriga e pedir "pára, por favor! Tá doendo de tanto rir!", nada é... Sabe?
E eu nem sei por onde começar para recomeçar e fazer tudo como eu quero. Até porque, eu estou aonde estou por escolha única e exclusivamente minha. Se optei por ser independente e ter a minha vida foi porque era isso que eu queria e, mesmo que à minha volta ninguém mais quisesse isso junto comigo, era a minha vontade e eu escolhi seguir o caminho que eu escolhi. Escolhas, sabe?
Aí agora, se nem tudo está como eu queria que estivesse, é culpa minha e de mais ninguém. Não quero reclamar da minha vida porque não acho certo, não acho justo e tenho implicância com quem só sabe fazer isso, mesmo que essa pessoa reclamando seja eu.
Mas é que de vez em quando eu fico meio assim, sabe? Mas não posso reclamar. Tenho uma vida inteira para cuidar e organizar sozinha. Porque era assim que eu queria, foi assim que eu escolhi.

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Trilha Sonora: Of a Broken Heart - Zwan. "(...) 'cause i'm not impressed with your loneliness (...)"

domingo, 5 de setembro de 2010

Debatendo com o careca

Meus sonhos não fazem o menor sentido!
Essa noite sonhei que eu estava debatendo política no sofá da sala dos meus pais com o José Serra. No maior clima de amigos que adoram falar sobre política.
Ele estava me explicando os planos dele para a presidência, dizendo que queria colocar escolas de período integral no país todo e eu argumentando contra, dando dados reais do que acontece em escolas de período integral e coisa e tal.
Até que ele falou uma palavra com a boca um pouco mais aberta e eu vi que faltava um dente da frente e, não resistindo, gritei "banguelo!!!". Ele ficou meio sem jeito e minha irmã apareceu dizendo "Ele perdeu o dente por causa da quimioterapia, Camila, coitado!" e eu não resisti de novo e disse "por isso que ele é careca então!". E José Serra ficou caladinho enquanto eu ria da cara dele.
Claro que o debate político acabou por ali. Que tipo de pessoa continua discutindo política enquanto o outro ri da sua cara?
Ah! Antes que me perguntem, não! Eu não vou votar nele.

***
Trilha Sonora: Luz dos Olhos - Cássia Eller. A versão dela no Acústico MTV é muuuuito mais gostosinha de ouvir do que a versão solo do Nando Reis (que eu adoro também).

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Me mande um postal

Veja porque você DEVE  me mandar um postal ou então nem me contar que vai viajar:

Hélio diz (21:16):
olha,eu só sei que no Canadá a escola é atrás de uma montanha e tem vista pro mar  (;
Na Itália é num dos pontos mais altos do país  *----*  IUSHAIUS
 eu mando postais pra ralé,podexá
camila diz (21:16):
 agradeço
camila diz (21:17):
 já tenho um da alemanha, um do RJ e um de Foz do Iguaçu
 eu rogo pragas em pessoas q viajam e não me mandam postais
 o meu amigo q mandou um do RJ escreveu "agora faz parar de chover, por favor"
camila diz (21:18):
 hahahahaa
Hélio diz (21:18):
 ISHAIUSHAHSIU'   quee medo 
camila diz (21:18):
 pois é
 tenha medo

Esse aí era o meu irmão aprendendo que a palavra tem poder. Principalmente a minha quando rogo pragas.
Agora, com licença, vou ver se já chegou mais algum postal na minha caixinha de correspondência. Até mais!

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Trilha Sonora: Agora é hora da novela. Nada de barulhos atrapalhando a minha novela, por favor!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O que falta

O carinho "apalpável", que a pele sente de verdade. Todos os dias. Só isso.

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Imagem daqui, mas peguei aqui.

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Trilha Sonora: Afterglow - INXS. Linda, linda, linda!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Nota

NUNCA, JAMAIS carregue um potinho de glitter no bolso da sua mochila (roubada do seu namorado) em uma viagem longa o suficiente para que o pote acabe abrindo sozinho e... Enfim, tenho um bolso prateado agora.
Acho que o Sr. Namorado não vai querer mais a mochila de volta, né? 

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Trilha Sonora: Two and a Half Man na TV.

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Tragam o bolo e as velas

Este é o post de nº 300 deste simpático e branquelo blog.
Parabéns pra mim!
Obrigada!

Esqueci as velas.


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Trilha Sonora: Qualquer coisa na TV.

sábado, 21 de agosto de 2010

A falta do que fazer e o que eu faço dela

Agora que estou de férias, Sr. Namorado e eu sempre ficamos no msn até ele ter que ir dormir e eu fico acordada até quase amanhecer (às vezes até amanhecer de fato).
Ele me perguntou umas duas vezes nessa semana o que tanto eu fico fazendo até de manhã aqui. Respondi com uma piadinha qualquer e ficou por isso mesmo.
Mas vou contar o que eu fico fazendo aqui até tão tarde (ou cedo, dependendo do ponto de vista).
Pra começar, o Cafe World no Facebook me mantém acordada por horas. E, além dele, agora fico administrando minha cidade no Social City.
Até agora há pouco eu estava atualizando minha lista de imagens aleatórias/nada a ver no We Heart It. Fico horas clicando nos corações para adicionar as coisas que, por algum motivo inexplicável, eu acabo gostando. E eu acho que um dia, não me perguntem como, a maioria delas me será muito útil para um post muito bom que eu receberei inspiração divina para escrever. Mas essa idéia só dura até eu me lembrar que raramente uso imagens aqui no blog, então... Só adiciono para "colecionar" mesmo.
Depois que saí do We Heart It, fui ver se encontrava o clipe de uma música da Carla Bruni que eu estava ouvindo. Chanson Triste. Encontrei. Aí, quando fui na minha página inicial do You Tube, vi as recomendações de vídeos que eles me mandaram com base no que eu assisto. Vejamos... O que tinha de mais interessante era o desenho Frutas e Companhia, que eu via na Cultura quando eu era criança e há anos eu tentava lembrar o nome do desenho, mas só conseguia ver na minha cabeça um abacaxi subindo uma montanha ou um vulcão, sei lá. Era a única cena do desenho que eu conseguia lembrar e nada do nome.
Além do vídeo das frutinhas, tinha uma recomendação de um vídeo do Biquini Cavadão que eu adoro e, por coincidência, minha irmã comentou comigo sobre ele ontem, porque adoramos a música e o vídeo é meio tosquinho em relação ao figurino que, olhando hoje, já é meio brega e não se passaram taaaantos anos desde o lançamento dele.
Depois eu vi que já era tarde, eu ainda estava aqui, lembrei do que o Sr. Namorado perguntou, juntei a curiosidade dele com a minha vontade de postar e estou aqui.
E hoje foi basicamente isso. Nada de msn de madrugada, nada de Orkut (que eu nem tenho usado tanto em horário nenhum mesmo), nada de Reader (milagre).
Mas nem sempre é só isso ou tudo isso.
Agora, para que esse post não entre diretamente na lista dos posts mais inúteis (e cheios de link) do mundo, sugiram novos links para a madrugada à toa da Mila Maria ou bons remedinhos caseiros para que eu comece a dormir cedo como as pessoas normais (?) fazem.

***
Trilha Sonora: Você Existe, Eu Sei - Biquini Cavadão. Essa música é tão simples e tão linda, que chega a me dar vontade de fazer um post sobre ela. Veremos...

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Sobre o amor real (e o umbigo do meu amor)

Pouco antes de começar a namorar, lembro-me de ter escrito no meu diário (sim, eu mantenho um diário de verdade, daqueles de papel, onde escrevo tudo o que não escrevo aqui no blog) algo sobre estar cansada daqueles joguinhos de sedução que nunca davam em nada. Eu conhecia um cara, me interessava por ele, ele talvez se interessasse por mim, mas até chegar naquela coisa real mesmo, de "quero você pra mim", como eu só ouvi do Sr. Namorado, era um amontoado de ilusões, um monte de promessas vazias e aquele blá blá blá que a gente sempre cai e, às vezes, até fazemos os outros caírem quando estamos naquele estágio efêmero entre a atração e a paixão mesmo, quando não existe ainda um compromisso e não muito além da intenção de uma vontade mútua de algum tipo de compromisso, sabem? Tudo assim, meio sem sentido mesmo, querendo dizer que não existia coisa nenhuma e provavelmente nunca viria a existir. Ou isso só acontecia comigo?
Enfim, eu estava lendo um blog pelo Reader agora há pouco e vi uma imagem (daquelas que estão na moda isternética agora, com uma frase dizendo algo interessante ou quase isso) que diz exatamente o que eu estava sentindo até encontrar o amor mais real que já senti:


Não resisti e vim aqui mostrar a imagem e contar para vocês que, bom mesmo, de verdade verdadeira, é quando a gente tem alguém real para abraçar, beijar, apertar e cutucar o umbigo (já cutucaram um umbigo? É divertido) no meio da rua ou na hora da novela. Talvez muita gente já saiba disso, mas tenha esquecido. Então, lembrem-se: não deixe escapar aquela pessoa real, que te faz sorrir e te deixa cutucar o umbigo sempre que você tem vontade.
Sr. Namorado sempre me deixa cutucar o umbigo dele, apesar de sempre afirmar que dá uma sensação ruim quando eu faço isso. Entendo isso como prova de amor. Amor real.

***
Trilha Sonora: Sunset Marquis - Courtney Love. Essa música é boa!

sábado, 14 de agosto de 2010

Aleatórios Desinteressantes - O Retorno

* Meu problema com a instalação do meu telefone foi resolvido, após muita luta e sangue derramado. Mas poucos dias depois, vim passar férias na casa da Sra. Minha Mãe e a internet tão sonhada está lá, desligada.
* Eu disse que ia dormir cedo hoje porque eu estava com sono. Mas o banho antes de dormir me despertou completamente e cá estou, postando besteiras que ninguém faz questão de saber.
* Posto besteiras que ninguém faz questão de saber porque este blog, vejam só, é meu. E estou mal educada hoje, portanto, quem não quer ler, sai fora.
* Estou tentando voltar a ler blogs indo direto ao endereço do dito cujo, porque eu realmente gostava de comentar nos posts que eu lia, mas desde que comecei a usar o Reader do Google eu me acomodei e raramente passo para dizer um "olá, continue a escrever que eu continuo lendo você". Aí, some o comodismo ao fato de eu ter ficado muito tempo sem internet em casa, o que me obrigava a ser muito ligeira na hora de usar a internet da casa dos outros ou a do trabalho. Só dava tempo mesmo de ler algumas coisas. Parar para comentar e refletir sobre certas coisas era luxo.
* Estava quase me esquecendo como é bom tomar uma sopinha feita pela mamãe em noites frias.
* Férias de 15 dias é melhor que nada, mas se fossem 30 dias eu seria mais feliz ainda. 15 dias com a família e 15 dias com o namorado... Seria perfeito demais! Como nada é perfeito...
* Semana que vem vou relembrar o gostinho da cerveja no bar em frente à faculdade.
* Cafe World tem tomado tempo demais dos meus dias. Tenho mil coisas mais interessantes que gostaria de fazer, mas ficar esperando a comidinha ficar pronta, me distrai tanto que quando vejo já é hora de dormir.
* Pronto! O sono voltou!

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Trilha Sonora: O ronco dos quartos vizinhos. Quase uma sinfonia de instrumentos desafinados.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Trilha Sonora

Thirty Three - Smashing Pumpkins



Porque essa música é linda, o clipe é maravilhoso (um dos que mais gosto) e fazia tempo que eu não postava um vídeo aqui.

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Sr. Namorado avisou que não dá para ver o vídeo direto do blog. Falha nossa! Cliquem para ver direto no Youtube, então.

Meu nome é Carisma

Vejam como nascem as grandes amizades:
Cheguei para trabalhar (atrasada) hoje cedo e logo após dizer bom dia a todos, uma colega me diz:
- Camiiiila, te mandaram um abração!
- Quem mandaram?
- Ela pediu para te mandar um abraço e dizer que tá com saudade de você.
- Quem sente saudade de mim? Quem quer me abraçar?
- E perguntou como você está.
- Queeeeem????
- A Dona Fulana.
- Quem? Dona Fulana? De onde?
- A dona da casa que fomos ver pra você alugar.
Pausa para a contextualização agora:
A Dona Fulana (que estou chamando assim porque eu realmente não me lembro mais qual é o nome dela) é uma senhora que tem uma casa com várias casinhas no quintal e quando eu estava de mudança, fui ver uma dessas casinhas. Porém, a casinha disponível por R$ 250,00 era um corredor que ficava debaixo de uma escada. Sabem o Harry Potter e o "quarto" dele na casa dos tios malvados? Pois bem, eu ia morar no quarto do Harry Potter. Com o agravante de ser um quarto com paredes úmidas/mofadas/emboloradas/fedidas/velhas/manchadas, super estreito (a medida de uma escada em altura, largura e inclinação), com um banheiro localizado na parte mais baixa da escada, obrigando qualquer pessoa com mais de 1,50 a se abaixar para tomar banho... Enfim, um horror!
Mamãe ensinou a não cuspir pra cima, mas morar em um lugar daquele por um preço daquele, só estando realmente necessitada, o que não era o caso, logo, recusei.
Aí, voltando às 9hs da manhã de hoje, fiquei com aquela cara de "oi?" porque, né? a mulher me viu 1 vez na vida, por não mais que 1 hora e a situação era totalmente "profissional", digamos assim. Ela tinha algo que talvez me interessasse e que eu pagaria um aluguel por isso. Nada mais.
Não tomamos chá com biscoitos, não descobrimos afinidades ou amigos em comum... Nada.
Aí ela manda recado um dia dizendo que está com saudade?
Conclusão: sou uma pessoa inesquecível e extremamente encantadora. heh

***
Trilha Sonora: Deixo a TV ligada, mas não ouço nada do que está passando. Black Eyed Peas tá cantando Pump It na minha cabeça. Nem pergunte.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

#lingerieday

Essa semana aconteceu uma coisa na isternete que me fez pensar. Foi o #lingerieday no Twitter. Eu não uso o microblog, mas acompanho muita coisa que acontece por lá (tenho um namorado no Twitter. Preciso saber o que as pessoas fazem por lá para saber o que ele faz por lá).
Então, para quem não sabe, o tal #lingerieday é o dia em que peça de roupa intíma vira peça de roupa pública  os usuários postam fotos suas usando calcinha, cueca, soutien, enfim... Todo mundo sabe o que é uma peça de baixo, né?
Pois bem. Nada contra quem resolve brincar disso. Exibam seus corpos à vontade, que eu não sou fiscal da moral e dos bons costumes. Estou até bem longe disso.
O que eu acho estranho é o fato de tantas pessoas perdem o pudor só porque todas as outras pessoas estão perdendo o pudor com elas em um dia específico. É quase como aquela história de quando vem um fotógrafo fulano de tal do país sei lá onde e junta um monte de gente pelada para quebrar recordes de maior número de gente pelada posando para uma foto. Acho até engraçado, pra ser sincera, mas não deixa de ser estranho saber que normalmente as pessoas têm tanto pudor na hora de tirar a roupa na frente de estranhos, mas se forem muitos estranhos juntos, a vergonha passa e vira diversão.
E aí tem o #lingerieday e eu fico pensando: será que todas essas pessoas que brincam disso, postando suas fotos sensuais (ou não) no Twitter, também mantêm fotos desse tipo nos albuns de Orkut, Facebook e afins na maior parte do tempo?*
Porque, se já é normal mostrarem fotos assim pra geral na internet, sem problemas. Se você gosta, seja feliz e faça feliz quem quer ver fotos assim. Mas se você não costuma sair para colocar o lixo na rua usando lingerie, por que diabos você faz isso logo na internet?
Imagino a vergonha que um filho sentiria se sua mãe moderninha, twitteira e quarentona gostosa resolvesse brincar disso também. Se bem que... Melhor ouvir que sua mãe é uma gostosa do que ouvir que sua mãe tá acabadona, né?
Talvez muita gente diga que sou tapada, moralista ou que sou gorda e complexada demais para postar fotos minhas no #lingerieday e por isso estou aqui falando merda. Tapada eu não sou. Moralista muito menos. Sou do tipo "faça o que você quiser se isso te faz feliz", mas quem faz o quer, tem que esperar as consequências. Se você aguenta a consequência, ótimo.
Bom, o que eu não entendo mesmo é o espírito de liberou geral nessas ocasiões e só nessas ocasiões. O #lingerieday não podia ser todo dia, já que uma vez no ano há pessoas dispostas a brincar disso?

*Excluo aqui a Geisy Arruda que, todos sabem, tinha várias fotos suuuper sensuais no Orkut fazendo cara de "sou mais gostosa que a Larissa Riquelme" posando só de biquininho na garagem de sua casa.

P.S.: E sobre ser gorda... Sou mais gostosa que a Geisy Arruda! Há!

***
Trilha Sonora: As pessoas não aprendem mesmo que radinho de celular deve ser usado com um fone de ouvido, heim!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

A Odisséia

Eu tenho problemas. Tenho problemas e preciso dividir com as pessoas.
Não é um problema divertido, portanto, quem quiser rir, cai fora. A menos que queira rir da minha cara. Nesse caso, fique.
Em janeiro pedi a instalação de uma linha telefônica porque queria usar internet no conforto do meu novo lar. Fui lá, fiz tudo direitinho, vieram e instalaram a linha.
Mas o meu objetivo era usar internet, não ligar para pessoas. Aliás, detesto telefone. Não me liguem, obrigada.
Voltando ao assunto, para usar internet, além da linha telefônica (que depois seria somada ao serviço de internet banda larga, porque discada já consumiu toda minha paciência há uns 6 anos e via rádio não existe por aqui), eu precisaria de um computador. Computador este que me foi prometido, mas não foi cumprido e isso nem vem ao caso, porque 6 meses depois de esperar pelo dito cujo, fui lá e comprei um.
Acontece que: como eu só queria a internet e não queria ninguém ligando para me acordar nos finais de semana, pedi a linha, instalaram até o poste e eu não solicitei a instalação interna em janeiro. Mas, como a empresa dona da linha (preciso citar nomes? Acho que não.) nada tem a ver com a minha fobia telefônica, lógico que ficaram me cobrando pela linha desde janeiro. Mamãe ensinou que é feio falar em valores, então não vou dizer que pago desde janeiro um plano de quase cinquenta dinheiros por mês. Fora a habilitação da linha, que paguei dias após a instalção. Pouco mais de uma centena de dinheiros.
Mas, vejam só, não estou reclamando de valores. Concordei em pagar por uma coisa que eu sabia que não ia usar por algum tempo e nunca fui pedir desconto por isso.
Acontece que (agora começa a reclamação) semana passada eu chamei um técnico que faria a instalção da minha linha dentro da minha casa. E o que ele descobriu? Minha linha não estava funcionando. Sabe-se lá desde quando a minha linha não estava funcionando.
Liguei para a empresa filha da puta e reclamei. Me mandaram um técnico (24 a 48 horas para a visita). Liguei de novo para saber se já estava tudo ok. Disseram que a visita tinha sido feita, mas minha linha ainda não funcionava. Mandaram outro técnico. Esse disse que a linha tinha ficado funcionando, mas me informou que talvez a minha linha NUNCA tenha funcionado desde a instalação dela em janeiro.
Ou seja, joguei dinheiro no lixo dua vezes. Primeiro por pagar por uma coisa que eu, conscientemente, não estava usando. Segundo por pagar uma coisa que, mesmo que eu quisesse usar, nunca funcionou.
Enfim, me aconselharam a pedir reembolso desse período todo (quase 7 meses) e, finalmente, segundo o que me disse o técnico, agora minha linha funciona.
Então me perguntem: já instalou o telefone e está usando internet diretamente do conforto do seu lar?
Eu respondo: não. O problema foi resolvido no domingo, mas desde segunda-feira não pára de chover e eu não pretendo ser a reponsável pelo escorregão do técnico que vai fazer a instalação subindo no telhado molhado da minha casa.
Enfim, riam da minha cara.

***
Atualizando:
Minha linha foi instalada, está perfeita e tal. Aí pedi a internet. Em 2 dias o kit chegou. Instalei bonitinho, formatei o PC antes e tudo mais. Fui conectar e... não funcionou. Liguei lá no 0800 dos fulanos e descobriram que um tal código de acesso do usuário não foi gerado pra mim. 72hs úteis para resolverem meu problema.
Choro agora ou mais tarde?

***
Trilha Sonora: Nunca pensei que barulho de chuva fosse me irritar tanto.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Cartas para não enviar

Vida,
Quero te dizer que cada dia que passa, me orgulho mais por ter estado errada em todos os anos que não te conhecia, jurando que eu não me casaria e que eu não saberia dividir minha vida com alguém de forma tão íntima como temos dividido.
Quero te dizer que todo o tempo que estive sem você, de alguma forma, foi bom para que eu soubesse dar valor ao namorado maravilhoso que tenho hoje. Sem as dores de amor, as mentiras, o sofrimento e tudo que vivi antes de você, talvez hoje eu não entendesse que o que tenho agora é felicidade, é um relacionamento de verdade, com amor mais de verdade ainda.
Passamos por muita coisa em dois anos de namoro. Algumas coisas eu gostaria que não tivessem acontecido, mas a maioria... Foram os momentos mais lindos, divertidos, apaixonantes e inesquecíveis que vivi.
Os nossos planos para o futuro talvez não saiam como estamos querendo, mas não me importa. Não me importa porque sei que no futuro, independente de quais planos se concretizem ou não, estarei com você e esse é o meu plano mais importante no momento: continuar com você, sem limite de tempo, sem limite de amor.
Desde aquele instante em 2008, ouvindo Cachorro Grande, que me influenciou positivamente a te dizer "sim" até hoje, mais cedo, quando nos falamos na hora do almoço, posso afirmar que o meu amor por você só cresceu e  até a hora de dormir, terá crescido mais um pouco.
E isso não tem mais volta. Ainda bem!

"O meu coração está feliz por causa de você
Minha vida mudou de vez depois que você chegou
Sou outra pessoa, uma pessoa bem melhor (...)"
O Melhor de Mim - Ana Carolina


(Apesar do título, sei que você vai ler e, apesar do título², isso não é uma carta. É só mais um post pra você saber o quanto te amo.)

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Trilha Sonora: Ana Carolina cantando na minha cabeça.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Novidades se aproximam

Não sei se são boas, mas as novidades são:
- Logo, logo minha vida voltará a ter internet sempre, o dia todo, só pra mim. Só faltam uns poucos detalhes para acertar e, no máximo em duas semanas, o blog e todo o resto da minha tralha virtual voltará a ser atualizada com frequência.
- Logo, logo, assim que a internet estiver funcionando na minha casa, um novo blog nascerá. Na verdade já nasceu, mas por enquanto está fechado para visitação. Faltam detalhes técnicos. Só adianto que, para quem gosta de livros, talvez o blog seja interessante.
- Para não perder a viagem e desperdiçar (mais) um post:  Sr. Namorado, te amo!
- E, por fim, uma constatação sem a menor importância: uma ex do meu atual namorado é a cara da prima do meu ex-namorado. É ex demais em uma frase só.

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Trilha Sonora: A Danni Carlos tá cantando Coisas Que Eu Sei na minha cabeça depois que eu escrevei "fechado para visitação".

terça-feira, 22 de junho de 2010

500 dias com ela

Sabe quando, depois de um tempo de relacionamento, tudo termina de uma hora pra outra e você fica tentando entender o que deu errado? Aí vem aquela chuva de lembranças dos momentos bons, dos momentos mais ou menos, dos maus momentos... E você começa a fazer aquelas promessas de "não quero mais saber daquele infeliz!" ou "quero que ele morra!"? Acho que isso já aconteceu com todo mundo que, pelo menos uma vez na vida, levou um pé na bunda.
Eu já passei por isso pelo menos duas vezes e por isso me identifiquei com as coisas que li sobre o filme 500 Dias Com Ela mesmo antes de assistir. Me identifiquei mais ainda quando assisti.
A história é simples. Tão simples que pode ser resumida sem estragar a graça do filme: o cara conhece a menina, se apaixona, começam a namorar e quando ele menos espera, leva um pé na bunda. E o filme é todo feito com pequenos momentos do casal durante os 500 dias de relacionamento deles. É interessante porque inevitavelmente você acaba se identificando com um dos lados: a metade romântica do casal, que faz de tudo para que as coisas fiquem bem ou a metade racional do casal, que aproveita enquanto está tudo bem, mas não se esforça muito para melhorar quando as coisas não estão legais.
Você vê as coisas chatinhas que vão acabando com o relacionamento, as coisas fofas que alegram o namoro, os erros que todos cometem sem perceber... Enfim, você assiste e, em algum momento, acaba se vendo nos personagens e lembrando de uma relação que fracassou, mesmo que você tenha feito o possível para que desse certo.
Adorei! Me lembrou muito um outro filme que eu gosto muito, Amor aos Pedaços. Primeiro porque os dois são contados de trás pra frente, depois do fim do relacionamento (com a diferença que o 500 Dias Com Ela é contado cena a cena, sem ordem cronológica) e mostram como nasce, cresce e morre um relacionamento que, a princípio, tinha tudo para dar certo.
Mas o que mais gosto nesses dois filmes é a "lição final" de que você sofre e acha que o mundo nunca mais vai ser legal com você. Até que, um dia, você conhece alguém novo e...
Gosto muito de filmes assim, "reais", com histórias possíveis que todos já viveram ou vão viver e 500 Dias Com Ela eu recomendo muito por este motivo.
Depois volte e me diga: parece aquele seu ex-relacionamento, né?

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Trilha Sonora: Father and Son - Cat Stevens cantando na minha cabeça. Essa música é linda.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Sabedoria de avó

Quando minha avó ficava sabendo que algum conhecido havia morrido, ela sempre dizia "Fulano morreu? Antes ele do que eu.", mas quando era alguém um pouco mais querido, uma morte que causava algum tipo de surpresa em quem recebia a notícia, ela dizia "Para morrer, basta estar vivo".
Essa do "antes ele do que eu", de vez em quando eu uso, em tom de brincadeira. Mas a segunda frase eu carrego como uma verdade muito além do sentido óbvio dela.
Vejo minha avó dizendo isso cada vez que uma notícia de morte me pega de surpresa.
Sempre esperamos que, também na morte, as pessoas usem da boa educação e dêem prioridade aos mais velhos. Primeiro os pais, depois os filhos. Primeiro os avós, depois os netos.
Mas nem sempre o que esperamos é o que acontece. Principalmente com essas coisas que ninguém controla.
Perder um pai ou mãe, graças a Deus, não sei como é. E espero demorar muitos, muitos e muitos anos para saber (aliás, Deus, se puder, não me mostre nunca como é isso). Conheço a dor de perder os avós. Já se foi uma bisa, um avô e duas avós. E dói. Muito.
Aí, o que se deu foi que essa semana perdi uma prima. Confesso, não era das mais próximas. Meu convívio com ela resumiu-se mais aos encontros em festas de família e raras visitas à casa dela. Posso contar nos dedos (talvez de uma mão) as vezes em que conversamos por mais de 10 minutos.
E poderíamos ter tido mais contato até, levando em consideração que ela era apenas 5 anos mais nova que eu. E, por isso, chorei. Não pelo contato mais próximo que nunca existiu, mas por sentir que a morte está tão perto que pode, a qualquer momento e sem nenhum tipo de aviso prévio, levar um dos meus irmãos, amigos ou namorado que têm, todos eles, idade de viver muito, não de morrer.
Da minha morte, sinceramente, não tenho medo. Sou egoísta demais para pensar na dor que as pessoas sentirão quando for a minha vez de partir. Penso apenas na dor que eu vou sentir se eu perder alguém que eu amo tanto, como os pais e irmãs e amigos dela estão sentindo agora por a amarem tanto.
Vi pessoas que poderiam ser eu chorando pela melhor amiga, pela irmã, pelo namorado... Me vi chorando pela dor dos outros, que talvez seja a mesma dor que um dia eu seja obrigada a viver.
E, mais uma vez, vi minha avó (que era a bisa dessa minha prima) dizendo que para morrer, basta estar vivo.

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Trilha Sonora: Indique-me uma.



segunda-feira, 14 de junho de 2010

Copa? Não, obrigada

Eu não gosto de futebol. Nunca gostei. E conheço muita gente que diz que não gosta.
Só que uma coisa me intriga: essas pessoas que não gostam de futebol, só não gostam de futebol por 3 anos. Quando chega a Copa, elas adoram futebol, torcem por uma dispensa do trabalho por conta dos jogos da Seleção e ainda comemoram eufóricas a cada gol que o Brasil marca.
Não entendo. Se não gosta de futebol, por que durante a Copa passa a gostar? E não me venha com a conversa ufanista de "é o meu país jogando".
Sinceramente? Nem ligo. O Brasil também compete em dezenas de outros esportes todos os dias de todos os anos e nem por isso eu acompanho os campeonatos de, sei lá, tiro ao alvo da equipe brasileira.
Se eu não gosto, eu não gosto.
Os poucos jogos que assisti até hoje, só assisti porque ou eu ficava em frente à TV com todo mundo ou cavava um buraco pra me isolar, porque até indo pra rua eu seria obrigada a ver o jogo. Mas, nos últimos anos, Copa pra mim foi sinônimo de sono. Na última mesmo, nossa! Todo mundo vendo o jogo e eu roncaaaando.
Não adianta! Futebol é muito chato (pra mim, é muito chato, que fique claro). Não me empolgo, não gosto, não entendo e o mais importante é que não quero entender.
E como eu não gosto do futebol, em si, não é uma Copa do Mundo que vai me fazer gostar por algumas semanas.
Futebol é um saco. E tenho dito!

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Trilha Sonora: Musiquinha japonesa. Acostumei com o tal J-pop ou é legalzinho mesmo?

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Top Blogs

Há umas semanas atrás recebi um e-mail dizendo que meu blog havia sido indicado ao Prêmio Top Blogs. Rá! "Mover para Spam".
Eu nunca me cadastro nessas coisas de concurso, porque nem rifa eu ganho.
Mas a insistência foi tanta, toda semana chevaga pelo menos um e-mail me lembrando da tal indicação, que eu acabei cadastrando o blog e coloquei o selo para votação aí ao lado. Então, campanha não vou fazer, porque não tenho paciência e nem gosto dessas coisas, mas o recado tá dado.
Quem quiser votar, acho que tem que clicar no selo e informar um e-mail válido. Ou algo assim.
Se acharem que o blog vale algum voto, já sabem o que fazer então.

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Trilha Sonora: Impressora barulhenta!

Mal educada, eu?

Não gosto de dar patadas. Não gosto de ser grossa com as pessoas. Mas se tem algo que me tira do sério e me faz esquecer dessas coisas que eu não sou e não gosto de ser, é gente que cuida da minha vida.
Veja só: trabalho oito horas por dia, de segunda à sexta-feira. Meu namorado e minha família moram em cidades diferentes da que eu moro (namorado de um lado, família de outro), portanto, só posso vê-los em feriados e finais de semana.
Tenho direito a dar uma falta abonada por mês, de um total de seis por ano, mas em um ano de trabalho, fui estrear minhas abonadas semana passada, porque queria ir para a casa da minha mãe e emendar o feriado da quinta-feira, mesmo sabendo (e todo mundo sabendo) que tenho horas de trabalho sobrando porque vivo saindo depois do meu horário. Resolvi dar a abonada ao invés de simplesmente dizer "não me liguem, vou tirar minhas horas" porque aí ninguém poderia indeferir coisa alguma.
Mas as pessoas gostam mesmo é de palpitar e fuxicar a vida alheia.
Hoje me liga um fulano que precisava que eu fizesse um documento para segunda-feira e antes que eu dissesse qualquer coisa, ele já veio dizendo:
- Na segunda você não vai estar aí, né?
- Vou, sim.
- Ah... É que disseram que você vai viajar hoje à noite...
- Não vou, não.
- Então, aí disseram que você ia viajar hoje, passaria o final de semana fora e só voltaria na segunda-feira à tarde.
- Não vou, não.
Fiquei puta da vida com isso.
Primeiro: eu vou viajar, sim. Mas não vou hoje. Vou amanhã.
Segundo: não é da conta de ninguém quando eu vou ou quando eu volto, muito menos dele (o fulano que me ligou, mas que nem tem culpa de nada, porque ele só recebeu informações que ninguém tinha que ter passado).
Terceiro: em nenhum momento eu disse para as pessoas que foram tagarelar sobre eu ir viajar, que elas deveriam avisar para alguém que eu iria viajar e muito menos disse que eu não estaria aqui na segunda-feira.
Quarto: quero que vá todo mundo pra puta que os pariu e parem de se intrometer na minha vida.
Por conta disso, fiquei mesmo muito irritada e já desliguei o telefone falando "ninguém tem nada a ver com a minha vida! Viajo de final de semana e sempre volto antes do meu horário de trabalho. Quem disse que eu não viria trabalhar segunda-feira?". Silêncio no recinto.
Mas quem tagarela sempre se acusa, mesmo tentando acusar terceiros:  "Você vai viajar hoje? Volta segunda?". Aí, me desculpe, mãe, você me educou, mas quando perco a paciência, essa educação não vale de nada: "Não. Eu vou amanhã e volto domingo. Segunda-feira estou aqui. E eu nunca viajo para voltar em meio de semana porque eu sei que tenho que trabalhar na segunda."
Bom, a discussão poderia ter sido muito mais animada com réplicas e tréplicas, mas o Sr. Namorado fez o favor de me ligar bem na hora que a outra parte se preparava para me dar uma resposta atravessada que eu ia acabar rebatendo até virar uma briga mesmo. Talvez tenha sido melhor parar ali, mas, puta merda! Que raiva de gente intrometida!
Por que não vão todos tomar no meio dos seus... Deixa pra lá.

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Trilha Sonora: musiquinha japonesa que eu já tô quase aprendendo a letra de tanto ouvir aqui do lado.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Finalmente, sobre a Alice

Ao contrário do que eu queria, demorei para ver o filme, mas semana passada consegui assistir.
Li tanta coisa a respeito, que pensei que o filme estava horrível e coisa e tal. Mas talvez as críticas tenham sido mais baseadas nos outros filmes do Tim Burton do que na essência da Alice, em si.
De Tim Burton eu não entendo muita coisa, vi poucos filmes dele. De Alice, modéstia à parte, eu entendo, sim.
O que eu achei do filme? Adorei. Achei fantasioso como os livros originais são, engraçado na medida certa, como os livros originais e me fez pensar como somente os bons filmes e livros fazem.
Assisti ao filme com os olhos críticos de quem procura pelas semelhanças entre filme e livro e já espera pelas falhas de roteiro. Falha mesmo, eu não encontrei. Só senti falta de referências à Dinah, a gatinha da Alice ou aos gatinhos do começo de Através do Espelho. Não houve nenhuma referência mesmo ou eu não percebi? Eu esperava alguma citação, qualquer coisa, já que nos dois livros a Dinah tem uma certa importância, é o que liga Alice ao "mundo real" e é a razão de algumas situações embaraçosas que ela se mete.
Uma coisa que me chamou a atenção logo no começo do filme foi o nome que deram ao pai da Alice: Charles. Era o nome verdadeiro do Lewis Carroll, Charles Lutwidge Dodgson, que não deixa de ser o pai dessa Alice, a Alice literária.
A personalidade que deram à Alice do filme também combinou com a personalidade em formação da Alice dos livros. Uma menina meio medrosa, cheia de questionamentos internos e ao mesmo tempo firme nas suas opiniões, mesmo quando a opinião é a de não saber das coisas (vejam só, quase eu).
Enfim, não vou chatear ninguém com análises do filme X livros, só quero dizer mesmo é que o filme é, sim, muito bom e os livros são melhores ainda.
Não é uma refilmagem dos filmes antigos, não é uma adaptação dos livros e não tem nada a ver com o desenho da Disney. É um filme sobre uma mocinha que pode não saber exatamente quem é, mas sabe exatamente o que não quer da vida.
Se você leu os livros, vai entender muito melhor algumas situações do filme. Se você não leu os livros e não conhece a história da Alice, é uma boa oportunidade de começar a entrar no País das Maravilhas. Ou no Mundo Subterrâneo, como preferiu chamar Tim Burton.
Única coisa que não gostei foi ter assistido ao filme sozinha. E engana-se quem pensa que eu queria ter visto com o Sr. Namorado. Queria mesmo era ter visto com o meu irmão, que desde pequeno já adora e entende a essência da Alice.


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Trilha Sonora: Tudo Diferente - Maria Gadu. Podem comparar à Cássia Eller (concordo que a voz é muito parecida mesmo), mas uma é uma e a outra é a outra. Gosto das duas.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Refrigerante aguado ou água suja?

Desde que eu era criança, nos primeiros anos da escola, aprendi e concordei que água é um líquido sem cor, sem cheiro e sem gosto (simplificando a fala da professora).
Quando bebo uma água com cheiro ou gosto de alguma coisa, das duas uma: a caixa d'água está suja ou o copo foi mal lavado.
Se tem cor, nem me ofereça, não vou beber.
E, quer saber? Nem água com gás eu classifico como água e me recuso a beber. Acho o gosto ruim e ela é fedida (e também porque faz cosquinha na minha garganta).
Só que há alguns anos pipocam nos mercados as tais águas "levemente gaseificadas", com sabor de fruta, cheiro de fruta e acho que já vi até algumas que são coloridas, mas não tenho certeza sobre essa última.
E as pessoas ADORAM! Mas, gente, aquilo não é água!
Pensem:
- Se tem gosto de fruta e não tem gás, é suco. Suco não é água. Suco é suco.
- Se tem cheiro de fruta e não tem gás, nem gosto de fruta, lave direito seu copo, porque isso é água suja de resto de suco. Água suja é água suja, água limpa é outra coisa, sem gosto.
- Se tem gás e gosto de fruta, é refrigerante. Refrigerante é refrigerante, água é água.
- Se só tem gás, é água com gás que, eu repito, pra mim é diferente de água. Até porque, se água com gás fosse água mesmo, na garrafa de água não viria especificando "natural" ou "com gás". Seria tudo a mesma coisa.
O fato é que, se são boas ou não, eu não sei. Nunca experimentei as tais "águas" levemente gaseificadas porque sou uma consumidora muito chata. Acho um desaforo me venderem uma coisa que eu sei que não é o que dizem que é e eu comprar sorrindo. Comprar gato por lebre na inocência, vá lá, mas sabendo o que estou fazendo, não!
Quando mudarem o nome para "refrigerante com pouco gás" ou "suco aguado" (porque "água suja" eu sei que nunca vai se chamar) talvez eu compre.
E esta foi a minha reclamação do dia.

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Trilha Sonora: Alguém mais, de vez em quando, tem a sensação de estar com mais de uma música tocando na cabeça, ao mesmo tempo? Não me digam que sou louca.

terça-feira, 25 de maio de 2010

"(...) Mas o seu amor me cura De uma loucura qualquer (...)"

Minha vida anda uma bagunça.
Não que isso seja da conta de alguém, mas tá tudo meio assim, sabe? Trabalho porque preciso pagar contas porque eu quero pagar contas (casa da mamãe sempre terá meu lugar reservado), mas não estou fazendo uma coisa que eu possa dizer "Nossa! Como meu trabalho é divertido e gratificante!" porque não é. Definitivamente, a única coisa gratificante é chegar o 5º dia útil e eu ter alguns dinheiros na minha conta. Só.
E tenho estado cercada por gente maldosa, cheia de inveja no coração, apreciadores da nada boa e velha fofoca. Porque fofoca pode ser aquela gostosa de fazer, com amigos, fofoquinha boba que todo mundo faz e gosta e também pode ser essa outra de que estou falando, com muita maldade e aquele intuito de prejudicar o "assunto" da fofoca. É essa que me cerca.
Também ando numa época de TPM eterna, inferno astral fora de época, sei lá que coisa é essa, mas um enorme e pesado sentimento de "que saco, odeio todos vocês" está me acompanhando há algumas semanas.
Por conta disso e de outras coisas e pessoas que tenho sentido falta, eu já estava naquele estágio semi-homicida, pensando em formas eficazes de matar o maior número possível de pessoas de uma só vez.
Mas no meio da semana passada tive a brilhante idéia de uma viagem fora de época, quase uma fuga, para a cidade do Sr. Namorado. Ou melhor, direto para os braços dele. Ao invés de matar e fugir, eu fugi para não matar.
Quando cheguei lá, percebi que devia ter feito isso há mais tempo. Nada melhor que o carinho dele para esquecer os problemas.
Pena que o meu bolso não permite essas fugas toda semana...
"(...) Encostar no teu peito E se isso for algum defeito por mim Tudo bem"
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Trilha Sonora: Tudo Bem, na voz da Ana Carolina, que é a melhor gravação de todas.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

23 e algumas horas

Quando eu era mais novinha (porque as pessoas sempre riem quando eu digo "quando eu era menor"), sempre me imaginava com 20 e tantos anos. Pensava que minha vida mudaria num passe de mágica. Tipo, farei 20 anos e no dia seguinte estarei namorando sério com alguém muito legal, com planos de casamento, uma faculdade quase no final e um emprego super interessante. Ah! E morando sozinha. Sempre foi meu sonho.
Aí fiz 20 anos. Nada mágico ou instantâneo aconteceu.
Fiz 21. Nada de novo.
22. Mesma coisa.
23...
Amanhã faço 24. Nada mágico acontecerá, provavelmente.
E eu nem espero nada mágico mesmo, porque, no fim das contas, isso não acontece com ninguém.
A vida quase nunca se transforma no que sonhávamos quando éramos mais novos. Os caminhos mudam, as escolhas mudam ou as circunstâncias nos obrigam a escolher outras coisas e a vida segue rumos totalmente diferentes do que "deveria" seguir.
As coisas que eu achava que surgiriam de um dia para o outro, como mágica, não surgiram. Quer dizer, surgiram, sim. Mas nada foi de um dia pro outro.
Eu estudei em uma ótima faculdade e me orgulho muito disso. Larguei o curso quando faltava pouco, muito pouco, para terminar e, sinceramente, também me orgulho muito disso. Larguei porque eu consegui um bom emprego e não seria possível ter o bom emprego e continuar na ótima faculdade.
O bom emprego, na verdade, nunca foi o emprego dos meus sonhos. É burocrático e eu nunca sonhei com um emprego que me mantivesse presa atrás de uma mesa cheia de papéis e que me desse calo nos dedos de tanto carimbar e assinar meu nome em roda-pés de papéis que eu nem sabia que existiam. Mas, enfim, paga o salário que eu preciso para realizar aquele antigo desejo: morar sozinha.
O namorado super legal que eu achei que fosse ter aos 20 anos, eu não tive. Passei alguns anos sozinha, curando dores de amor e me machucando com amores que nunca dariam certo.
O namorado super legal que eu achei que teria aos 20 anos, na verdade, só chegou uns anos depois. E é com ele que eu planejo casamento e coisas que os casais que se amam planejam juntos.
Com tudo isso, percebi que por mais que eu planeje, quase nada vai dar certo como eu quero. Vai dar certo como pode ser. E nada de mágico acontece, porque instantâneo na vida, só miojo.
As coisas que eu queria para os meus 20 anos, eu tenho agora, com quase 24. Não exatamente como eu queria, mas tenho tudo na medida exata para me fazer feliz.
E até que eu invente outros planos para o futuro, amanhã poderei dizer que sou, sim, uma pessoa bem sucedida e realizada aos 24 anos. Tenho a vida que queria ter. Com 4 anos de atraso, mas tenho.

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Trilha Sonora: Meu colega de trabalho está ouvindo alguma coisa tocada no piano. Que culto.