sexta-feira, 29 de dezembro de 2023

Clássico balanço de fim de ano

*passando um espanador enquanto falo*
Quando eu escrevia mais, em blogs e diários, fazer um balanço de fim de ano era simples: reler as coisas todas dos últimos 12 meses, reler a lista de metas do ano anterior e ver pra que lado eu, de fato, caminhei.
Geralmente eu caminhava para lados doidos, nem sempre tentando cumprir minha própria lista de metas e desejos.
Até porque, eu fazia a lista em dezembro, mas chegava fevereiro... março, eu já tinha esquecido metade das metas. Eu perco o foco muito rápido para algumas coisas. O que pode ser muito bom em alguns momentos, mas para não perder o foco aqui, outro dia eu volto e explico melhor o quanto perder o foco pode ajudar a viver em paz.
Voltando ao balanço: como o meu hábito de escrever diários e blogs foi engolido pela rotina de mulher adulta, mãe, trabalhadora, estudante (pois é, eu estou terminando a faculdade), esposa/namorada; repensar o meu ano e organizar minha retrospectiva pessoal é um pouco mais trabalhoso. Preciso queimar alguns neurônios tentando lembrar o que teve de marcante em cada mês.
Tenho meus bullet journals e planners que ajudam a lembrar que em maio eu trabalhei que nem burro de carga, mas não tenho muitos registros sobre como me senti nesse período, quais eram os meus conflitos pessoais, o que me fez chorar naquele período (eu choro quase toda semana. Às vezes choro quase todo dia. Hoje mesmo, por exemplo, já chorei), o que me fez gargalhar... Vou saber que no mês de novembro eu estive com um amigo querido, mas quais foram os assuntos que conversamos, quais as reflexões depois da nossa conversa, como me senti na companhia dele... não tenho registros disso.
Esses registros eu fazia aqui, fazia no meu diário. Aqui, como podemos ver (podemos? Tem alguém aqui além de mim?), raramente tem post novo. Meu diário eu tenho me forçado a escrever pelo menos 1 vez por mês e isso tem sido o máximo que consigo mesmo.
Então, pensando em 2023, foi um ano de correria. Tanta correria e tanto trabalho, que eu deixei de lado coisas que eu gostava muito, como escrever.
Porém, me dediquei e investi bastante tempo e dinheiro em um novo passatempo: colorir. Comprei muitos livros do tipo Jardim Secreto, comprei muito lápis de cor, ganhei um kit com 100 cores de canetinhas e pintei muito. Isso me ajudou a não surtar em muitos momentos que meu cérebro estava dando defeito.
Também me dediquei um pouco mais a passar tempo com o Douglas. No dia a dia, ainda mais por não morarmos juntos, muita coisa vai surgindo e servindo de motivo para adiar os momentos a dois. "Hoje não dá porque trabalhei demais, estou cansada". E se eu fosse ceder sempre a esse argumento (que é muito válido, porque eu ando mesmo muito cansada e trabalhando muito), não teria passado tempo a sós com o Douglas. Então, muitas vezes, mesmo com vontade de ficar em casa de pijama, vendo vídeo de caso criminal ou ouvindo ASMR, busquei ânimo no fundo do meu coração e saímos para jantar e lembrar do porquê sermos um casal há 15 anos. 2023, no fim das contas, foi o ano em que eu exercitei o "melhor não, mas bora!".
Esse espírito do "melhor não, mas bora!" precisa ser bem dosado, porque é de bora em bora que você se vê fazendo sempre o que o outro quer e nunca o que você quer. Sabendo que melhor não, preferindo fazer outra coisa, desejando estar em outro lugar, sempre bora, bora, bora... Quando é que você faz o que você quer? Quando é que as pessoas também fazem o que você quer?
E eu consegui administrar isso com maturidade. Entendi que estar em uma relação é falar muitos "melhor não, mas bora", mas também ouvir muitos "melhor não, mas bora". Porque se só um lado está cedendo e agradando o outro, em algum momento isso vai pesar para os dois.
Nessa, de cuidar melhor da minha relação, me vi mais tolerante em relação ao convívio com a minha sogra e, de verdade, me sinto mais leve e de consciência tranquila porque sei que estou fazendo o meu melhor. Entrar em um relacionamento com alguém é entrar em um relacionamento com as pessoas que orbitam esse outro alguém. Amigos, parentes, pai, mãe, irmãos... Não precisa fazer amizade com todos, trocar pulseirinhas, escrever depoimento no Orkut, mas precisa ser gentil, respeitar e aceitar que haverá contato pelo menos em algumas ocasiões. O que custa tornar esse contato um pouco menos desagradável quando não pode ser realmente agradável?
Essa postura de fazer a minha parte em nome do bom relacionamento com pessoas que eu gostaria de nem me relacionar, embora seja trabalhosa em alguns momentos, acaba sendo mais fácil do que administrar tudo o que vem no pacote da inimizade: raiva, mágoa, constrangimento, picuinhas, desprezo... Cansa, sabe? E eu não gosto de me sentir cansada.
E a minha mudança de postura começou ainda em 2022, por causa de uma pessoa que trabalha comigo e eu não suportava. Não me esforçava para ser simpática, não fazia questão nenhuma de ser agradável com essa pessoa. Mas coloquei a mão na consciência e percebi que "Opa! Reformas da previdência vieram e virão, mudanças de governo vieram e virão e eu tenho somente 14 anos de Estado. Sou efetiva e não pretendo exonerar. Vou trabalhar aqui por mais uns 30 anos, se não mudarem as leis e eu tiver que trabalhar até os 95 anos de idade. E o coleguinha que eu não gosto também, porque temos quase a mesma idade e ele tem menos tempo de Estado do que eu. Não quero viver esse clima azedo por tantos anos, diariamente." Foi aí que eu decidi mudar de postura.
Não doeu, mas deu trabalho. Só que o clima melhorou 90%. Não ficamos amigos, ainda tenho muitas críticas e ressalvas com relação a ele, mas conseguimos sentar e almoçar juntos, conversar e fazer favores um pro outro sem parecer falsidade ou uma obrigação imposta pelo trabalho. Resumindo: valeu a pena.
Por isso, ao longo de 2023 decidi colocar isso em prática com mais pessoas. E, novamente, valeu a pena.
Talvez seja um traço de evolução espiritual ou simplesmente maturidade da mulher de quase 40 anos? Não sei, mas alguma sabedoria eu tinha que adquirir com o tempo, não é?
Outra área que precisou ser remodelada e me reiventei para dar conta em 2023: maternidade. Deus do céu! Como é difícil ser mãe de semi-pré-adolescente! E a Alice é um doce de menina, não dá trabalho na escola, é inteligente, é bem educada... Mas as questões pessoais de uma pré-adolescente dos anos 2020 e tantos são diferentes das questões dos anos 90, que eu vivi. Além, claro, de cada pessoa ser diferente da outra e lidar com as próprias questões de modo totalmente diferente de como eu lidava com as minhas.
Minha mãe foi e é uma boa mãe, preocupada, presente e tal. Meu pai idem. Mas agir como minha mãe agiu comigo na adolescência não funciona com a Alice. As demandas são outras, as expectativas dela são outras, os tempos são outros. Os nossos conflitos não são outros: são únicos.
Eu nunca tive problemas com a minha mãe. Não sei muito como agir com a Alice porque não tive o exemplo da minha mãe nesse sentido. O que funciona para resolver conflitos com a sua filha, quando você nunca viu sua mãe resolver um conflito simplesmente porque você não viveu conflitos com a sua mãe? Difícil.
Então, a solução foi e tem sido me reiventar. Me descobrir como mãe novamente, nessa fase que a bebê não existe mais e uma adolescente está sendo gerada diante dos meus olhos. Não posso mais decidir pela bebê, não posso mais colocar as roupas que eu quero na bebê, não posso mais escolher o que a bebê vai assistir na Netflix. Não posso isolar a bebê no meu colo e evitar que outras pessoas tenham contato com ela. A bebê quer ver o mundo, quer conhecer coisas, quer viver experiências que nem sempre são verbalizadas e eu não sei se posso ajudar, se ela quer que eu ajude.
Se eu oferecer ajuda, ela vai se sentir invadida? Vai pensar que eu acho que ela não consegue sozinha? Se eu não oferecer ajuda, porque sei que ela consegue sozinha, ela vai se sentir negligenciada? Vai achar que com a minha ajuda seria mais fácil? Vai evitar tentar porque precisa de mim e eu não estendi a mão?
Ainda não tenho as respostas para nada disso, mas sigo tentando responder (ao mesmo tempo que novas questões vão surgindo e se acumulando na minha mesinha imaginária do escritório da administração da empresa Mãe). 2024 vem aí e já tenho essa tarefa: como ser uma mãe melhor?
Mas ainda estamos aqui, em 2023, e com as memórias que tenho sem consultar diários e bullet journal ou planner, posso dizer que foi um ano bom. Trabalhei muito. Um pouco mais do que gostaria, mas o suficiente para bancar alguns prazeres e necessidades.
Agradeço a Deus (sou uma mulher de muita fé, mas sigo longe de qualquer religião) por ter me dado saúde e ter me permitido passar mais um ano perto das pessoas que amo e que me amam e agradeço a mim mesma por ter me esforçado diariamente para fazer tantas coisas que eu não gosto, mas preciso.
E é isso aí. Ano que vem tem mais. E ano que vem é daqui a pouco.

***
Escrevi um baita textão e vou abandonar o blog pelos próximos meses de novo. Não é o que eu gostaria, mas sei que é o que vai acontecer.



***
Trilha Sonora: Beija Eu - Marisa Monte. E tocou mais um monte de músicas na Alpha FM enquanto eu escrevia ouvindo rádio.

sexta-feira, 28 de julho de 2023

O universo quer falar comigo

Mas ele está falando em um idioma que eu não pratico há muitos anos e não estou entendendo muito bem o foco central dessa mensagem que o universo quer me passar.
É que assim: há alguns meses eu estou experimentando o mais próximo de telepatia e poder da mente que eu já pude experimentar.
Em momentos aleatórios do meu dia, um pensamento vem na mente e, minutos (no máximo horas) depois, algo relacionado acontece.
A mais recente foi hoje cedo, me arrumando com a Alice para sairmos de casa, ela disse que ia usar a blusa de frio que ela tomou¹ de mim². Ela disse:
- Vou com a minha... NOSSA blusa.
E imediatamente pensei no meme do Pernalonga comunista.
Agora, estou aqui lendo uma newsletter que chegou no meu email (o mais próximo de blogs que temos hoje. Não gosto, mas é o jeito...), coisa que eu não faço diariamente e não fazia há dias; até que citaram justamente o meme do Pernalonga comunista.

Pernalonga comunista, muito prazer!

E, mantendo os memes como referências, cada vez que isso acontece, eu fico totalmente Pikachu surpreso das ideias.

Pikachu surpreso, muito prazer!

Eu disse que eram coisas triviais, mas tem me acontecido com uma frequência absurda. Ontem mesmo, foram pelo menos 2 coincidências/recados do universo/mensagens telepáticas em um intervalo de meia hora ou menos.
Estava trabalhando e olhei meu relógio com o contador de passos dados. Aí me veio na cabeça o pensamento "quantos passos será que o prof de ed física dá no dia? Ele vai e volta pra quadra, dá exercícios..." em seguida o tal professor apareceu. Pouco depois, fui resolver um assunto longe da secretaria e quando voltei, vim pensando "vou ligar no Conselho Tutelar para resolver tal questão". Virei o corredor e dei de cara com um professor vindo da rua que brincou "o Conselho Tutelar veio me levar embora". Não entendi e ele explicou "o carro do Conselho Tutelar aí. Estão estacionando". Novamente Camila em estado Pikachu surpreso.
Essa semana ainda, no dia que a Sinead O'Connor morreu, pensei "poxa, vou mandar mensagem para o Thiago. Falamos dela aquele dia". Acabei me envolvendo em outras coisas e não mandei mensagem para o meu amigo. Pouco depois, ele me manda mensagem, depois de semanas que não nos falávamos.
Enfim, se eu for listar todas as vezes que isso rolou nos últimos tempos, vou fazer um post imenso.
E o meu ponto é: na minha cabecinha ex-totalmente-super-mística e atual acredito-em-tudo-mas-sejamos-racionais, entendi que o universo quer me mostrar algo e ainda não decifrei exatamente o que é, portanto estou fazendo a minha parte, evitando pensamentos negativos, me esforçando para manter na cabeça pensamentos sobre coisas que desejo conquistar, coisas positivas sobre mim e sobre as pessoas ao meu redor.
Aparentemente está funcionando. Coisas legais estão acontecendo (nada excepcional, mas são coisas legais, então aceito e agradeço), estou conseguindo resolver questões que me preocupavam e estou bem satisfeita com os resultados.
Então, vamos seguir assim, com o universo na linha, mandando seu recado que eu ainda não entendi direito, mas sigo na chamada, de vez em quando gritando "O QUE VOCÊ FALOU? NÃO ENTENDI DIREITO! PICOTOU A LIGAÇÃO, UNIVERSO. REPETE, POR FAVOR?" e uma hora a gente se entende, se é que eu ainda não entendi mesmo.
Vai ser era só isso mesmo: pense positivo, tonta.
 :)


¹ E
ra minha blusa de frio velha preferida. Ela vestiu um dia, serviu, gostou e nunca mais ela voltou para o meu guarda-roupa.
² Pois é. A Alice já está na fase de pegar roupa do meu guarda-roupa emprestada para sempre.

***
Trilha Sonora: Sei lá. Tô ouvindo rádio, mas tem mais propaganda do que música. Agora há pouco tocou Life, da Des'ree.

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Máquina do tempo passado

Acho que a invenção de uma máquina do tempo talvez seja a coisa mais urgente dentre tantas tecnologias que ainda precisam ser inventadas.
Poder voltar para rever com mais calma e a dose necessária de atenção aquele momento em que tudo na sua vida mudou e, na época vivida, você não percebeu que aquele conjunto de segundos seria tão decisivo para o seu destino.
Conseguir olhar de novo e demorar mais nessa nova chance para captar com perfeição o primeiro olhar que você trocou com o seu bebê recém parido, sentir novamente a textura úmida e macia da pele daquela nova vida, as mãos ainda tão pequenas e já cheias de força para esticar os dedos em um choro de tomada de fôlego.
Poder se demorar um pouco mais naquela troca de olhares antes da primeira faísca do que viria a ser o grande amor da sua vida.
Abraçar mais apertado naquela que seria a despedida ainda não sabida.
Naquele dia que você não foi para a escola, justo naquele dia aquele momento memorável aconteceu e você ficou de fora das piadinhas e conversas pelo resto da semana, tudo porque escolheu não levantar cedo. Poder voltar e finalmente entender o quão grande era o tal gambazinho que invadiu a escola.
Aproveitar que não perdeu outra vez aquele dia de aula e, só dessa vez, prestar atenção naquela explicação sobre qualquer coisa que o professor tentava ensinar para 2 ou 3 interessados. Agora você sabe que essa atenção negada ao professor - talvez porque entender as piadas sobre o gambazinho pareciam mais importantes - te fazem falta até hoje na hora de um vestibular ou um concurso público.
Não adiar a visita ao avô no hospital, porque embora você tenha ficado com medo de vê-lo ali, frágil, machucado e imóvel na cama; seria aquela a sua chance derradeira de dizer o quanto o amava e respeitava sua história.
Até nas pequenas coisas, como uma nova chance de ficar em casa lendo um pouco mais ao invés de ir para a rua com tanta frequência. Ou ir para a rua com mais frequência ao invés de ficar trancada em casa pensando besteiras.
Aprender a se amar mais cedo, valorizar o corpo que sempre foi bonito e você demorou anos para rever fotos e se admirar com carinho.
As pequenas coisas que definiram toda a sua vida e você não escolheu conscientemente seguir por esse rumo. Escolheu sempre no automático. Decidiu sempre pelo mais fácil ou pelo caminho já conhecido. Poder voltar atrás e pensar com calma, escolher diferente já sabendo que naquela porta não tinha o prêmio, tinha o gorilão correndo atrás de você, como naquele programa da infância. Gritar "SIIIIM" agora sabendo que trocar a bicicleta pela caixa de fósforos seria mais útil, já você nunca andou de bicicleta e, por muitas vezes, quando esteve no escuro, um único palito de fósforo teria sido a sua salvação.
Poder voltar no tempo e refazer exatamente as mesmas escolhas do passado, porque elas te trouxeram ao ponto que você sempre sonhou. Mas, dessa vez, aproveitar melhor a viagem com a certeza de que, no final, o descanso seria na sua casa já conhecida e confortável.


***
Sabe quando a gente começa fazendo um suco de laranja e acaba com uma jarra de suco de limão? Acabou de acontecer.


***
Trilha Sonora: Gilberto Gil - Super-Homem, a Canção na rádio 

sexta-feira, 8 de julho de 2022

As Maravilhas do Atendimento ao Público

Segue o diálogo:
- Horário de atendimento é das 16:30 às 19:00.
- Posso ir 20:30 então?


***
Trilha Sonora: Anunciação - Alceu Valença. Sempre dá uma alegrada no meu dia.

Falhei? Talvez

Era óbvio que assumir o compromisso (embora fosse um compromisso comigo mesma) de postar 30 dias seguidos ia resultar nisso: não postei 30 dias seguidos. Não postei nem 15 seguidos.
Mas tá tudo bem.
Vou fingir que nada aconteceu e daqui uns dias eu continuo de onde parei. A lista era legal, vale a pena terminar, mesmo que eu demore 30 meses ao invés de 30 dias.


***
Trilha Sonora: Espumas Ao Vento - Fagner. Música linda!

domingo, 29 de maio de 2022

Dia 13 - Com um número no título

Esse tema é meio aleatório, não tem muito o que falar. Só escolhi essa mesmo porque é uma música que gosto muito, de uma banda que também gosto muito. E acho o clipe lindo.




Speak to me in a language I can hear
Humor me before I have to go
Deep in thought, I forgive everyone
As the cluttered streets greet me once again
I know, I can't be late
Supper's waiting on the table
Tomorrow's just an excuse away
So I pull my collar up and face the cold, on my own
The earth laughs beneath my heavy feet
At the blasphemy in my old jangly walk
Steeple, guide me to my heart and home
The sun is out and up and down again
I know, I'll make it
Love can last forever
Graceful swans of never topple to the earth
And you can make it last forever
You can make it last forever
And you can make it last
And for a moment, I lose myself
Wrapped up in the pleasures of the world
I've journeyed here and there and back again
But in the same old haunts, I still find my friends
Mysteries not ready to reveal
Your sympathies I'm ready to return
I'll make the effort
Love can last forever
Graceful swans of never topple to the earth
Tomorrow's just an excuse
And you can make it last forever
You can make it last forever
You can make it last
Forever you

sábado, 28 de maio de 2022

Dia 12 - Que te faz dançar

Dançar não é e nunca foi uma habilidade muito marcante em mim e nem um passatempo que me agrada.
Já tive minha época de sair pra dançar, aquele chacoalha-chacoalha-chacoalha de balada, mas essa época passou faz tempo.
Só que algumas músicas me fazem dançar por dentro. É o caso dessa, que eu gosto tanto que até mandei fazer um quadrinho com um verso dela para decorar meu quarto.




I'm gonna fight 'em all
A seven nation army couldn't hold me back
They're gonna rip it off
Taking their time right behind my back
And I'm talking to myself at night
Because I can't forget
Back and forth through my mind
Behind a cigarette
And the message coming from my eyes
Says, "Leave it alone"
Don't wanna hear about it
Every single one's got a story to tell
Everyone knows about it
From the Queen of England to the Hounds of Hell
And if I catch it coming back my way
I'm gonna serve it to you
And that ain't what you want to hear
But that's what I'll do
And the feeling coming from my bones
Says, "Find a home"
I'm going to Wichita
Far from this opera forevermore
I'm gonna work the straw
Make the sweat drip out of every pore
And I'm bleeding, and I'm bleeding, and I'm bleeding
Right before the Lord
All the words are gonna bleed from me
And I will sing no more
And the stains coming from my blood
Tell me, "Go back home"

sexta-feira, 27 de maio de 2022

Dia 11 - Que lembre a sua infância

Meu gosto musical começou a se moldar ainda na infância, através das músicas que meus pais ouviam e cantavam em casa. Meu pai tocando muita MPB no violão, minha cantando muita Legião e Paralamas enquanto lavava louça e cozinhava.
Eventualmente a gente ouvia um pagode em casa. Já nas festas de família era sertanejo, samba e pagode.
Inclusive aprendi a sambar na mesma época que aprendi a ler e escrever, antes dos 6... 7 anos, quando ia para barzinho com as minhas tias, que eram solteiras e chegadas numa  boa gandaia dos anos 90.
Então, muita coisa lembra minha infância no meio disso tudo. Inclusive eu adorava Fogo e Paixão (Meu Iaiá Meu Ioiô), do Wando. Toda vez que meu primo pegava um violão, eu pedia para ele tocar essa música e cantava junto, muito empolgada. Até hoje ele me vê, toca essa música e diz que é pra mim.
Mas, além dessa, uma que me lembra muito a minha infância é Medo de Avião, do Belchior, porque quando compramos nosso primeiro aparelho de som com CD player, meu pai comprou também um CD do Belchior e essa música era a que ele mais ouvia.
Na época eu não entendia muito bem o que ele cantava, mas achava graça daquele bigodão enorme e a voz meio fanha repetindo "eu não esqueço! oh não, oh não!" em Comentário a Respeito de John.




Foi por medo de avião
Que eu segurei pela primeira vez a tua mão
Um gole de conhaque, aquele toque em teu cetim
Que coisa adolescente, James Dean
Foi por medo de avião
Que eu segurei pela primeira vez a tua mão
Não fico mais nervoso, você já não grita
E a aeromoça, sexy, fica mais bonita
Foi por medo de avião
Que eu segurei pela primeira vez a tua mão
Agora ficou fácil, todo mundo compreende
Aquele toque Beatle
"I wanna hold your hand"
Agora ficou fácil, todo mundo compreende
Aquele toque Beatle
"I wanna hold your hand"
Aquele toque Beatle
"I wanna hold your hand"
Yeah, yeah, yeah
Yeah, yeah, yeah
Yeah, yeah, yeah

quinta-feira, 26 de maio de 2022

Dia 10 - Para uma viagem de carro

Quando vou viajar, gosto de levar minha playlist pra ir ouvindo, nem que seja no meu fone. Me ajuda a não ficar entediada, me ajuda a pensar e relaxar enquanto não chego ao destino.
Então, tirando as músicas que acho que são fuck songs, toda música é música para uma viagem de carro.
Minha escolhida, portanto, vai ser a que estou ouvindo exatamente agora: Malibu.
Gosto do clima do clipe, gosto do ritmo dela, da voz da Courtney Love (nessa e em todas as outras músicas dela) e é gostosa pra ouvir numa viagem.







Crash and burn
All the stars explode tonight
How'd you get so desperate?
How'd you stay alive?
Help me, please
Burn the sorrow from your eyes
Oh, come on be alive again
Don't lay down and die!
Hey, hey
You know what to do
Oh, baby, drive away from Malibu
Get well soon
Please don't go any higher
How are you so burnt when
You're barely on fire?
Cry to the angels
I'm gonna rescue you
I'm gonna set you free tonight, baby
Pour over me
Hey, hey
We're all watching you
Oh, baby, fly away to Malibu
Cry to the angels
And let them swallow you
Go and part the sea, yeah, in Malibu
And the sun goes down
I watch you slip away
And the sun goes down
I walk into the waves
And the sun goes down
I watch you slip away
And I would
And I knew
Love would tear you apart
Oh, and I knew
The darkest secret of your heart
Hey, hey
I'm gonna follow you
Oh baby, fly away, yeah, to Malibu
Oceans of angels
Oceans of stars
Down by the sea is where you
Drown your scars
I can't be near you
The light just radiates
I can't be near you
The light just radiates

quarta-feira, 25 de maio de 2022

Dia 9 - Que já te fez chorar

Eu sou chorona. Choro por umas besteiras que se eu contar, parece até zoeira. Mas eu choro mesmo, choro fácil.
É óbvio que música também me faz chorar. Uma que é 90% de chances de me fazer vazar água pelos olhos é Dona Cila, da Maria Gadú e o motivo não poderia ser outro: saudade da minha avó.
Se eu assistir esse clipe, então... aí é 100% de chances de chorar.



De todo o amor que eu tenho
Metade foi tu que me deu
Salvando minh'alma da vida
Sorrindo e fazendo o meu eu
Se queres partir, ir embora
Me olha da onde estiver
Que eu vou te mostrar que eu tô pronta
Me colha madura do pé
Salve, salve essa nega
Que axé ela tem
Te carrego no colo e te dou minha mão
Minha vida depende só do teu encanto
Cila, pode ir tranquila
Teu rebanho tá pronto
Teu olho que brilha e não para
Tuas mãos de fazer tudo e até
A vida que chamo de minha
Neguinha, te encontro na fé
Me mostre um caminho agora
Um jeito de estar sem você
O apego não quer ir embora
Diacho, ele tem que querer
Ó, meu pai do céu, limpe tudo aí
Vai chegar a rainha
Precisando dormir
Quando ela chegar
Tu me faça um favor
Dê um banto a ela
Que ela me benze aonde eu for
O fardo pesado que levas
Desagua na força que tens
Teu lar é no reino divino
Limpinho, cheirando alecrim