quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Músicas Que Ficam

Tocou no rádio essa semana uma música que me fez voltar no tempo por uns instantes.
Era aquela música, Velha Infância, que diz "Meu riso é tão feliz contigo O meu melhor amigo é o meu amor".
Na época em que ela ainda era muito tocada, eu namorava uma pessoa com a qual hoje eu não tenho o menor contato. No máximo uma notícia ou outra, vindas de amigos em comum, quando o nome dele surge em uma conversa e eu pergunto como ele está. Pergunto por curiosidade e porque, sim, ele foi importante na minha vida de inúmeras formas. Éramos amigos, antes de qualquer coisa e continuamos amigos, depois de tudo, apesar de tudo, por algum tempo.
Ouvi a música e fiquei pensando como as coisas mudam com o passar do tempo e letras que pareciam ter sido escritas pra você e uma determinada pessoa, de repente, já não fazem o menor sentido.
Ele não é mais o meu melhor amigo há muitos anos, não é mais o meu amor, meu riso tem outras razões para ser feliz e ele não é mais nenhuma dessas razões, ele não é mais um sonho pra mim, não penso nele desde o amanhecer e, muitas vezes, passo meses sem nem lembrar que ele existe.
Outra música que considerávamos "nossa música" era A Sua. Continuo gostando dela, mas também não faz mais sentido associar a ele. A não ser por um verso que posso dizer com sinceridade que é e sempre será verdade quando falo de qualquer um que tenha passado pela minha vida: "Eu te quero sempre em paz".
Em qualquer relacionamento, independente de como termine, não pode deixar de existir o desejo de que coisas boas aconteçam ao outro. Comigo por perto ou não, que a vida deles siga em paz, como desejo que a minha siga.
Não consigo entender pra onde vai todo o amor que se jura um dia, quando, de repente tudo acaba e vai cada um pra um lado. As músicas viram apenas uma coisa que toca ao acaso e nos faz pensar em alguém que já passou. Mas o sentimento de querer bem... Não é possível que acabe por completo se ele chegou a ser verdadeiro.
As músicas que não podemos proibir de tocar ao acaso, numa terça-feira qualquer, se ainda nos fazem pensar "Onde foi que erramos? Porque não deu certo? Onde andará fulano?", são a prova de que pelo menos um carinho fica de todo amor que passa.

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Trilha Sonora: Velha Infância ficou na minha cabeça a semana toda.

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