Tocou no rádio essa semana uma música que me fez voltar no tempo por uns instantes.
Era aquela música, Velha Infância, que diz "Meu riso é tão feliz contigo O meu melhor amigo é o meu amor".
Na época em que ela ainda era muito tocada, eu namorava uma pessoa com a qual hoje eu não tenho o menor contato. No máximo uma notícia ou outra, vindas de amigos em comum, quando o nome dele surge em uma conversa e eu pergunto como ele está. Pergunto por curiosidade e porque, sim, ele foi importante na minha vida de inúmeras formas. Éramos amigos, antes de qualquer coisa e continuamos amigos, depois de tudo, apesar de tudo, por algum tempo.
Ouvi a música e fiquei pensando como as coisas mudam com o passar do tempo e letras que pareciam ter sido escritas pra você e uma determinada pessoa, de repente, já não fazem o menor sentido.
Ele não é mais o meu melhor amigo há muitos anos, não é mais o meu amor, meu riso tem outras razões para ser feliz e ele não é mais nenhuma dessas razões, ele não é mais um sonho pra mim, não penso nele desde o amanhecer e, muitas vezes, passo meses sem nem lembrar que ele existe.
Outra música que considerávamos "nossa música" era A Sua. Continuo gostando dela, mas também não faz mais sentido associar a ele. A não ser por um verso que posso dizer com sinceridade que é e sempre será verdade quando falo de qualquer um que tenha passado pela minha vida: "Eu te quero sempre em paz".
Em qualquer relacionamento, independente de como termine, não pode deixar de existir o desejo de que coisas boas aconteçam ao outro. Comigo por perto ou não, que a vida deles siga em paz, como desejo que a minha siga.
Não consigo entender pra onde vai todo o amor que se jura um dia, quando, de repente tudo acaba e vai cada um pra um lado. As músicas viram apenas uma coisa que toca ao acaso e nos faz pensar em alguém que já passou. Mas o sentimento de querer bem... Não é possível que acabe por completo se ele chegou a ser verdadeiro.
As músicas que não podemos proibir de tocar ao acaso, numa terça-feira qualquer, se ainda nos fazem pensar "Onde foi que erramos? Porque não deu certo? Onde andará fulano?", são a prova de que pelo menos um carinho fica de todo amor que passa.
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Trilha Sonora: Velha Infância ficou na minha cabeça a semana toda.
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
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