terça-feira, 10 de julho de 2018

Falando Com As Paredes

Faz tempo que quero voltar a escrever, mas quando tenho a inspiração, me falta tempo. Quando tenho tempo (agora, por exemplo), não tenho inspiração.
Assunto eu até tenho muito. A vida depois dos filhos é quase um livrinho de piadas, todo dia uma coisa nova que renderia um post legal. E já estou no 5º ano desse livrinho de piadas, então calculem o tanto de risadas que eu já dei até aqui. Mas a vida depois dos filhos é também um trem que perde o freio de repente, justo quando vai começar a descida e você achou que ia conseguir aproveitar a viagem admirando a vista.
Falando em vista, esses dias descobri que tenho pressão alta nos olhos também, além da pressão arterial que vive nas alturas. É um combo de pressão alta pra ninguém botar defeito. Justo eu, que tento viver a vida sem me estressar, evitando esquentar demais a cabeça com o que não tem solução. Mas tamo aí, né?! Passei dos 30 e já aceitei que a vida agora será "temperada" com remédio pra pressão, colírio, creme pra redução de bolsas e olheiras, máscara facial pra manter a pele boa e hidratante pro corpo não ficar flácido e ressecado. Deixa ele só flácido que isso eu já acostumei.
E, posso dizer que depois que passei dos 30 a vida tem sido bem isso: me acostumar. As coisas acontecem e eu não perco muito tempo mais reclamando. Ou eu resolvo os problemas construindo uma parede dentro do meu quarto (fiz isso real-oficial) ou eu simplesmente aceito. Abro o instagram ou o twitter, vou rolando o feed até me distrair e esqueço os problemas.
Inclusive é no twitter e no instagram onde tenho passado mais tempo ultimamente. O facebook eu estou abandonando aos poucos. Aquilo tudo tem se tornado chato, cansativo, tóxico em alguns momentos. O perfil tá lá porque tem uma coisa ou outra, uma pessoa ou outra que só consigo ter alguma notícia por lá (e também porque caí na besteira de optar por fazer login em muitos lugares usando a conta do fb e agora vai dar muito trabalho apagar o perfil e perder tantas contas de uma vez só). No twitter e no instagram eu consegui criar bolhas quase perfeitas basicamente com assuntos e pessoas que me interessam e pouca gente daquele tipo que quer mais saber da sua vida do que perguntar se você tá feliz. Tô mais satisfeita assim.
Também estou mais satisfeita com o que se tornou meu relacionamento com o Sr. Namorado, depois de 10 anos de namoro à distância, com ele agora morando pertinho de mim e da nossa quiança. Por enquanto estamos assim e tô bem feliz também, mas a ideia é isso virar um casamento em breve. Mas vocês já viram como é caro se casar? Gente do céu!!!! Por isso tantos casais só juntam os trapinhos mesmo, sem festa, documento, nada.
Mudando de assunto (que já não tava seguindo linha nenhuma desde que comecei, aliás), dois amigos têm me falado com alguma frequência que eu deveria ter um canal. A ideia de gravar videos não me agrada muito, não, sinceramente, mas a minha quiança sonha em ter um canal pra ela e eu caí na besteira de prometer que quando ela aprendesse a ler, eu faria o tal canal. Pois bem. Ela aprendeu a ler. De repente esse sonho dela se misture às sugestões dos amigos e algo aconteça em breve (em breve, no meu dicionário, significa ano que vem ou mais).
Enquanto isso, sigo ouvindo muitas músicas, vendo umas séries, lendo uns livros e recolhendo brinquedos pelo quarto.
Até qualquer dia pra você, leitor que eu acho que nem existe mais por aqui, mas vai que...


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Trilha Sonora: Love Vigilantes - New Order. O Spotify é um bagulho muito louco mesmo. Faz 8 horas que tô ouvindo músicas aleatórias aqui e só pulei umas 2.

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