quarta-feira, 7 de maio de 2025

As coisas que aparecem e desaparecem

Do nada, um dia comecei a usar um anel. Era um anel lindo, de prata, que eram 7 anéis entrelaçados um no outro, como se fossem alianças.
Do nada, do nada, na verdade não foi. Só que eu não lembro quando foi. Não lembro de onde esse anel veio. Não faço a menor ideia se eu ganhei de alguém, se achei em algum lugar. Só lembro dele no meu dedo por alguns anos.
Estava tomando banho agora há pouco e, aí sim, do nada me lembrei desse anel. Ele sumiu. Não sei se eu perdi na rua, se tirei em algum lugar e esqueci. Se ele está em alguma caixa de tranqueiras esquecidas aqui em casa. Só sumiu.
Do jeito que ele veio, ele foi. Eu não sei mais nada sobre isso. Mas eu gostava dele e, por alguns anos, ele fez parte de mim (nunca tive um estilo específico pra dizer que ele fez parte do meu look ou do meu visual).
É engraçado como algumas coisas aparecem e somem das nossas vidas e a gente não percebe direito quando cada coisa aconteceu. Claro, na época, logo que comecei a usar esse anel, eu saberia responder de onde ele veio. Quando ele sumiu, obviamente eu não reparei de imediato, até porque, se eu soubesse, ele não teria sumido. Mas o ponto é: eu gostava dele e ele sumiu.
E não tem lição nenhuma nisso, nenhuma história que eu possa relacionar com esse surgimento e sumiço do tal anel. É só a constatação de que algumas coisas aparecem e somem e a gente nem percebe. A gente não percebe até que. Do nada.

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Trilha Sonora: Ouvindo o vídeo da Lorelay Fox aqui na aba ao lado, com os Conselhos Ruins.

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