terça-feira, 29 de julho de 2025

Não Estou Falando Sozinha

Faz uns anos que esse blog está um pouco abandonado, meio morto-vivo, como muitos outros internet afora.
Coisa rara é alguém interagir nos comentários, mas vez ou outra acontece.
Essa semana recebi um comentário e fiquei super feliz, mesmo sem saber quem comentou.
Outro dia também recebi um comentário da Aline Love, amiga virtual que acompanhou muitas aventuras minhas durante alguns anos, até que sumiu.
Também fiquei muito feliz.
Fico feliz porque, embora seja gostosa a sensação de falar as maiores abobrinhas ou colocar pra fora algumas coisas mais íntimas sem ninguém pra me julgar, também é gostosa a sensação de que as coisas que falo ainda são importantes para alguém a ponto desse alguém lembrar de mim, se perguntar se eu atualizei o blog e digitar o endereço no navegador na esperança de ler qualquer coisinha que eu tenha resolvido dividir com o mundo.
É interessante pensar que, ao mesmo tempo que esse post está ao alcance do mundo todo, anônimos e conhecidos, ele também está restrito aos poucos que ainda consomem conteúdo de blogs na internet.
Essa internet que virou vídeo, barulho, engajamento, meme, influencer, like... Mas aqui, nesse pequeno pedacinho de terra, a internet segue silenciosa, calma, quase como uma casinha na beira do lago, com cadeira na área e cortinas voando pro lado de fora da janela da sala enquanto a gente bate papo e observa a vista do outro lado do lago.
Aliás, lá do outro lado do lago parece que tá rolando uma festa, tá vendo? Tem gente correndo com a cueca na cabeça! E aquele cachorro ali?! Parece que ele late no ritmo de uma música famosa que eu não conheço. Acho que isso ajuda a monetizar, né?
Ainda bem que desse lado do lago a gente não liga pra essas coisas e se recusa a monetizar nossos hobbies.
Ainda bem que vocês ainda estão aqui.
Vou buscar mais suco e bolo pra nós. Já volto.

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Trilha Sonora: vídeo no YouTube é minha religião ultimamente. O canal Matando Matheus a Grito e Neuraverso são meu Pai Nosso e Ave Maria, toda noite, antes de dormir.

quinta-feira, 22 de maio de 2025

Post it pra mim

Quando o cansaço mental é tão intenso que o corpo dói. Sim. Dor física causada por cansaço mental.
Esse é um lembrete para que isso não se repita. Eu preciso do dinheiro, ele é necessário e vai me ajudar, mas não posso mais fazer isso e não quero mais fazer isso.
Voltar para lugares e situações que sugaram (e continuam sugando) minha energia, minha alegria, minha vontade de ser melhor... Não vale a pena.
Essa é a última vez mesmo.

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Trilha Sonora: vídeos aleatórios no youtube para relaxar a cabecinha cansada.

quarta-feira, 7 de maio de 2025

As coisas que aparecem e desaparecem

Do nada, um dia comecei a usar um anel. Era um anel lindo, de prata, que eram 7 anéis entrelaçados um no outro, como se fossem alianças.
Do nada, do nada, na verdade não foi. Só que eu não lembro quando foi. Não lembro de onde esse anel veio. Não faço a menor ideia se eu ganhei de alguém, se achei em algum lugar. Só lembro dele no meu dedo por alguns anos.
Estava tomando banho agora há pouco e, aí sim, do nada me lembrei desse anel. Ele sumiu. Não sei se eu perdi na rua, se tirei em algum lugar e esqueci. Se ele está em alguma caixa de tranqueiras esquecidas aqui em casa. Só sumiu.
Do jeito que ele veio, ele foi. Eu não sei mais nada sobre isso. Mas eu gostava dele e, por alguns anos, ele fez parte de mim (nunca tive um estilo específico pra dizer que ele fez parte do meu look ou do meu visual).
É engraçado como algumas coisas aparecem e somem das nossas vidas e a gente não percebe direito quando cada coisa aconteceu. Claro, na época, logo que comecei a usar esse anel, eu saberia responder de onde ele veio. Quando ele sumiu, obviamente eu não reparei de imediato, até porque, se eu soubesse, ele não teria sumido. Mas o ponto é: eu gostava dele e ele sumiu.
E não tem lição nenhuma nisso, nenhuma história que eu possa relacionar com esse surgimento e sumiço do tal anel. É só a constatação de que algumas coisas aparecem e somem e a gente nem percebe. A gente não percebe até que. Do nada.

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Trilha Sonora: Ouvindo o vídeo da Lorelay Fox aqui na aba ao lado, com os Conselhos Ruins.