terça-feira, 1 de junho de 2010

Finalmente, sobre a Alice

Ao contrário do que eu queria, demorei para ver o filme, mas semana passada consegui assistir.
Li tanta coisa a respeito, que pensei que o filme estava horrível e coisa e tal. Mas talvez as críticas tenham sido mais baseadas nos outros filmes do Tim Burton do que na essência da Alice, em si.
De Tim Burton eu não entendo muita coisa, vi poucos filmes dele. De Alice, modéstia à parte, eu entendo, sim.
O que eu achei do filme? Adorei. Achei fantasioso como os livros originais são, engraçado na medida certa, como os livros originais e me fez pensar como somente os bons filmes e livros fazem.
Assisti ao filme com os olhos críticos de quem procura pelas semelhanças entre filme e livro e já espera pelas falhas de roteiro. Falha mesmo, eu não encontrei. Só senti falta de referências à Dinah, a gatinha da Alice ou aos gatinhos do começo de Através do Espelho. Não houve nenhuma referência mesmo ou eu não percebi? Eu esperava alguma citação, qualquer coisa, já que nos dois livros a Dinah tem uma certa importância, é o que liga Alice ao "mundo real" e é a razão de algumas situações embaraçosas que ela se mete.
Uma coisa que me chamou a atenção logo no começo do filme foi o nome que deram ao pai da Alice: Charles. Era o nome verdadeiro do Lewis Carroll, Charles Lutwidge Dodgson, que não deixa de ser o pai dessa Alice, a Alice literária.
A personalidade que deram à Alice do filme também combinou com a personalidade em formação da Alice dos livros. Uma menina meio medrosa, cheia de questionamentos internos e ao mesmo tempo firme nas suas opiniões, mesmo quando a opinião é a de não saber das coisas (vejam só, quase eu).
Enfim, não vou chatear ninguém com análises do filme X livros, só quero dizer mesmo é que o filme é, sim, muito bom e os livros são melhores ainda.
Não é uma refilmagem dos filmes antigos, não é uma adaptação dos livros e não tem nada a ver com o desenho da Disney. É um filme sobre uma mocinha que pode não saber exatamente quem é, mas sabe exatamente o que não quer da vida.
Se você leu os livros, vai entender muito melhor algumas situações do filme. Se você não leu os livros e não conhece a história da Alice, é uma boa oportunidade de começar a entrar no País das Maravilhas. Ou no Mundo Subterrâneo, como preferiu chamar Tim Burton.
Única coisa que não gostei foi ter assistido ao filme sozinha. E engana-se quem pensa que eu queria ter visto com o Sr. Namorado. Queria mesmo era ter visto com o meu irmão, que desde pequeno já adora e entende a essência da Alice.


***
Trilha Sonora: Tudo Diferente - Maria Gadu. Podem comparar à Cássia Eller (concordo que a voz é muito parecida mesmo), mas uma é uma e a outra é a outra. Gosto das duas.

4 comentários:

Lua Nova disse...

Boa dica.
To precisando ir ao cinema, sair um pouco.
Acho que é o que vou fazer.
Beijos.

Dread disse...

Que bom que era com o seu irmão que você gostaria de ver, rs.

Te amo.

Bel Gasparotto disse...

Que coisa, também assisti o filme só agora, nessa semana. Vergonhosamente, não li o livro, sempre soube do que se tratava, mas por falta de quem me emprestasse, nunca li.

Adorei essa coisa da Alice saber exatamente o que não quer ser, acho que no fundo, é nisso que me identifico com ela. As viagens também são meu forte, sozinha comigo... Acho que todo mundo tem que ter o tal do mundo subterrâneo.

No mais, vi um monte de filmes do Tim Burton, não tenho do que reclamar, ele tem uma fantasia sombria que é sensacional, sempre linda!

Bjs

Lua Nova disse...

Olá, Mila...
Vim pra te oferecer um carinho em forma de selinho, o Mulheres Fabulosas. Você gostaria? É de coração, mas fique à vontade para aceitar ou não.
Passe no meu blog para vê-lo.
To espertando um novo post, heim... rsrsrs..
Beijos.