quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Como perder uma amizade em 2 segundos

Sou o tipo de pessoa que não se abre facilmente com todo mundo. Quer dizer, mais ou menos.
Eu posso ter amizade com uma pessoa há tempos e nunca ter contado coisas mais pessoais (tô triste, tô apaixonada, tô feliz e coisas assim), mas já ter contado todo tipo de histórias sobre a minha vida pra ela.
Assim como posso ter acabado de conhecer uma pessoa e já comentar que não ando muito feliz ou que tenho vivido os melhores dias da minha vida, por exemplo.
Vareia Varia muito.
Acho que me abro mais para pessoas que sei que não verei mais do que para as pessoas com quem convivo diariamente-todo-santo-dia.
Meio confuso, mas é assim mesmo.
Poucos amigos meus têm o "privilégio" de saber de todas as histórias da minha vida e ainda saberem sobre o meu atual estado de espírito. Acho que uns 3 ou 4, no máximo.
Pode-se dizer até que eu seja uma pessoa reservada. Não fico amiga muito fácil. Mas, contradição ou não, sou amiga muito fácil. Algumas pessoas que eu mal conheço parecem sentir-se à vontade pra me contar detalhes de suas vidas que eu, muitas vezes, nem pergunto.
Não me importo de ouvir. Até gosto. Dou conselhos quando me pedem, tento ajudar, fico preocupada com os problemas alheios e até sou capaz de ir, de última hora, atender a um "pedido de socorro".
Mas não esperem que isso chegue a ser recíproco. Dificilmente.
Acontece que nada me deixa mais puta da vida do que eu achar que pode ser recíproco e , quando finalmente resolvo me abrir para essa pessoa, em troca eu receber um simples "ah é?" seguido da maior cara de desinteresse do mundo.
Não é pedir muito, só acho que se eu sou uma boa amiga, não custa nada que a pessoa retribua com um pouquinho de entusiasmo quando eu quero falar sobre algo meu.
Não sei se deve ser como uma troca, mas eu fico muito chateada (pra não repetir o "puta da vida") quando sinto que não tenho para a pessoa o mesmo valor que ela tem pra mim.
E é por essas e outras que eu continuo cultivando e preferindo as mesmas poucas e velhas e ótimas amizades.

***
Trilha sonora: Por que eu não desisto de você - Kid Abelha. Mas antes teve uma música bem oportuna: Hey Amigo - Cachorro Grande.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Estrela - Gilberto Gil



Porque eu acho linda.
=)

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Incendiando a cozinha - Parte III

Profissão: do lar
Aí, dia desses papai e mamãe foram resolver coisas em outra cidade e me deixaram com a tarefa de cuidar da casa e alimentar os irmãos mais novos.
Já sabendo dos meus não-dotes culinários, deixaram tudo praticamente pronto para eu só esquentar ou fritar na hora de comer. Até o bife já ficou temperado na geladeira.
Acontece que, tapada que sou e todos sabem, nem fritura eu costumo fazer porque ninguém deixa. Acho que pensam que vou virar a panela de óleo fervendo em cima do meu lindo corpinho (eles pensam e eu tenho certeza).
Pois então. Hora do almoço, molecada com fome, vai a Mila Maria para a cozinha.
Burra! Por que eu fui perguntar o que eles queriam comer?
Um disse que queria comer lingüiça de frango (fo-deu!) e o outro queria hamburger.
[pensamento que veio à mente] "Como será que eu frito lingüiça?"
Aí, computador ligado, namorado que entende mais de cozinha do que eu (qualquer um entende mais do que eu) on line...
- Amor, como eu frito lingüiça?
Pacientemente, ele me explicou e ainda disse pra eu tomar cuidado com o óleo quente. Um amor. Ele conhece bem a namorada que tem. Tadinho.
Passei as instruções para o meu ajudante de cozinha irmão e ele mesmo fritou as lingüiças. Afinal, era ele quem queria comer, então nada mais justo do que ele queimar o corpinho dele e não eu queimar o meu.
Antes que me acusem de ser uma irmã má que manda o irmãozinho para a beira do fogão, aviso: ele tem 13 anos (ou 14? Nem sei). É um rapazinho.
E já mostra que não partilha dos meus genes da (des)culinária, porque conseguiu fritar tudo sem se queimar e ninguém morreu comendo depois.
Fora o caso da lingüiça de frango com suporte on line para fritura, teve o probleminha do bife que eu fritei jurando que era carne de porco e depois vim a descobrir que era um filé de frango. Ainda fritei bem fritinho porque sempre ouvi dizer que carne de porco tem que ser bem passada. E ficou tão bem passada que parecia um pedaço de carvão. Meu irmão devia estar com fome, porque ele comeu e não percebeu que era frango (e também não morreu).
Tivemos, ainda, o problema dos talheres que acabaram na gaveta porque eu sou da seguinte opinião: mamãe viajou? Só limparemos a casa horas antes de ela voltar pra que ela pense que tudo esteve limpo durante todos os dias em que ela esteve fora.
No final das contas, tudo correu bem. Ninguém teve intoxicação alimentar, minha mãe acha que eu sei cuidar da casa sozinha e meu namorado ainda diz que quer casar comigo, mesmo sabendo que ele terá que ir pro fogão se quiser comer.
Ah! E eu realizei um sonho ao dizer pro Junior no MSN:
- Vou sair agora porque tenho que limpar a casa e arrumar o almoço porque as crianças estão com fome.

***
Trilha Sonora: Today - Smashing Pumpkins. Gosto tanto do clipe.

domingo, 17 de agosto de 2008

Jóia Rara - Squadra

Há alguns meses eu implorei que alguém mandasse pra mim a música Jóia Rara, da banda Squadra.
Algumas pessoas se prontificaram a procurar, mas só o meu cunhado achou.
De qualquer maneira, obrigada para quem tentou ou pensou em tentar achá-la pra mim.
Ele me mandou a música na mesma semana, mas eu esqueci de vir aqui postar pra quem quisesse conhecer.
Então, tá aí:

sábado, 16 de agosto de 2008

Incendiando a cozinha - Parte II

Omelete surpresa

Anos atrás, a família resolveu sair num domingo de manhã e eu fiquei dormindo.
Não me lembro o que eles foram fazer, mas sei que acabaram ficando fora de casa por mais tempo do que esperavam.
Lá pelas 13:00hs , acordei com aquela fome do caramba e fui em busca de coisas que pudessem tapar o buraco do meu estômago.
Mal acostumada que sou, fui olhar no fogão se a mamãe querida havia deixado o almoço pronto antes de sair.
Nada. Só um arroz que era sobra da janta.
Abri a geladeira em busca de bolachas ou coisas semelhantes (leia-se: porcarias nada nutritivas) e , de novo, nada. Tudo o que eu vi foram uns ovos e uma fatia de presunto.
"Vou fazer omelete! Será que eu consigo?", pensei. "Hmmm... Vai faltar queijo."
Omelete sem queijo não tem graça, então pensei em uma solução prática: queijo ralado.
Abri o armário e voilà! O potinho onde minha mãe guardava queijo ralado estava cheio. Beleza!
Quebrei os ovos, piquei o presunto, coloquei mais uns entulhos da geladeira e finalizei com o queijo. Muito queijo!
Comi, limpei a cozinha e fim.
Horas depois, minha mãe chega desesperada:
- Mila, tá sem comer até agora! Demoramos demais na rua e eu não deixei nada pronto pra você comer. Tá com muita fome?
- Não, mãe. Já comi. Fiz omelete e esquentei aquele arroz que tá no fogão.
- Omelete? Fez omelete com o quê? Nem tem queijo.
- Ah, tinha ovo e um pouco de umas coisas na geladeira. Aí achei queijo ralado no armário e coloquei também, já que não tinha queijo em fatia.
- Queijo ralado? Não tem queijo ralado.
- Tem, sim. Eu comi.
-Não tem, não.
Ficamos naquela discussão de "tem, não tem, tem, não tem" por alguns segundos, até que eu mostrei:
- Aqui, mãe. Queijo ralado no potinho da tampa azul. Tá cheio.
- Camila, isso é farinha Láctea que a Patrícia deixou aqui para quando ela vem e precisa fazer a mamadeira do Vinícius. Você fez omelete com farinha Láctea?!
-Ah, eu fiz... Achei que era queijo ralado...
Também nem vou reproduzir em palavras a cara de espanto/indignação que minha mãe fez enquanto eu sacudia debilmentalmente alegremente o potinho de farinha Láctea na minha mão.
Sobre esta "receita", só tenho duas coisas a dizer:
1º - A culpa foi dela que usou o pote do queijo ralado para guardar outra coisa
2º - Ficou gostoso. Parecia queijo de verdade.
E também não preciso dizer que essa experiência virou "lenda" aqui em casa, né? Minha mãe conta e ninguém acredita.
Fazer o quê?!

***
Trilha Sonora: 1979 - Smashing Pumpkins. Porque eu gosto e poderia ouvir um milhão de vezes seguida.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Arrepio

Uma noite dessas ele tocou meu rosto com os seus olhos fechados.
Passeou com a ponta dos dedos por cada detalhe. Meus cílios, nariz, boca, queixo, sobrancelha, bochechas. Tudo com os olhos fechados.
Ficou assim durante alguns minutos, até que eu perguntei o que ele estava fazendo. Ele me respondeu que era assim o melhor modo de enxergar alguém. Com a ponta dos dedos.
"Experimenta", ele disse, pegando minha mão enquanto eu fechava meus olhos e começava a enxergá-lo.
Agora que eu estou só um pedaço, com cada detalhe dele memorizado na ponta dos meus dedos, tenho certeza de que só fomos capazes de nos enxergar daquela maneira porque, antes, aprendemos a nos enxergar com os olhos de dentro da alma.
Estes, sim, os mais importantes.

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Trilha Sonora: Chuva.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Incendiando a cozinha - Parte I

Já que a Gabi e a Bel foram solidárias e dividiram comigo a dor de não ser ninguém na cozinha, resolvi contar pra vocês quais foram os meus vexames no reino do fogão.
Até porque, melhor eu mesma contar antes que apareça algum amigo da onça aqui e conte tudo de maneira que acabe com o pouco de dignidade que ainda me resta.
Então, o caso é que eu realmente não sei cozinhar.
E quando eu digo que não sei cozinhar, não me refiro a saber fazer aqueles pratos super elaborados. Não, não. Eu não sei cozinhar mesmo. Nem arroz eu faço.
Tenho histórias memoráveis (para não dizer vergonhosas) sobre a minha relação nada íntima com as panelas. Por exemplo:


Nissin Miojo Quinojo Lámen
Um dia eu estava na casa de uma amiga e íamos para uma festa à fantasia. Como já era meio tarde e tínhamos comido há várias horas, a fome estava batendo.
Na dúvida se encontraríamos algum lugar aberto na rua, a caminho da festa, ela teve a idéia de fazer um miojo. Coisa prática!
Enquanto terminávamos as fantasias daria tempo de ferver a água e, 3 minutos depois, o macarrão estaria pronto e fim de papo. Simples assim, não é mesmo?
Não. Nem tão simples assim.
A água ferveu, minha amiga colocou o macarrãozinho na panela e foi até o quarto fazer alguma coisa. Minutos depois ela gritou "Cá, olha lá o miojo se já está bom."
Opa! A Cá sou eu!
Fui até a cozinha, olhei para a panela, dei uma mexida com um garfo e respondi que "já está bom, sim". Voltei para o quarto e fui acabar de arrumar minha fantasia.
Alguns muitos minutos depois, um cheiro de coisa queimada invadiu a casa. Dei uma clássica fungada na janela para ver se o cheiro vinha da rua, mas não vinha. Lá fora era somente o ar puro de cidade de interior. Foi quando uma luz divina desceu sobre minha amiga e ela perguntou:
- Cá, você desligou o fogo do miojo?
Cá? Quem é Cá?
- Não. Você não mandou desligar. Você disse que era pra ver se estava bom.
- E você viu?
- Vi.
- E estava bom?
- Tava. Tava molinho já.
- ...
Nem vou tentar reproduzir em palavras a cara de ódio que ela fez pra mim.
No final das contas, a fome era tão grande e o tempo tão curto que acabamos comendo o miojo queimado mesmo.
Ela me xingou a noite toda, isso é fato. Mas pelo menos não saímos de casa com fome.
O preço eu pago até hoje quando, em uma rodinha de amigos, surge o assunto culinária (ou coisas do gênero) e ela conta alegremente sobre o dia em que a Cábeçuda queimou um miojo.
A verdade é que até hoje eu não sei muito bem o que aconteceu comigo. Eu estou cansada de fazer miojo na minha casa e nunca dei uma bobeira dessas. Muito pelo contrário! Meu miojo é uma delícia (cheio de entulho de geladeira). Mas naquele dia, sei lá... queimou!

***
Vou aproveitar que a criatividade anda fugindo por aqui e dividir as histórias de (des)culinária em várias partes. Devo ter mais uns 2 ou 3 vexames fatos pra postar.

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Trilha sonora: Nada. Só umas músicas na minha cabeça.
"(...) Não é avião Não é estrela Aquela é a luz de um disco voador Disco voador (...)" - Disco Voador - Mariana Davies

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Voltei (mais ou menos)

Gente, eu não morri (ainda).
Tô com problemas técnicos e por isso dei uma sumida.
Abandonei geral: msn, blogs, orkut, e-mail.
Mas abandonei temporariamente. Logo, logo eu volto. Creio eu que ainda nesta semana.
Enquanto isso, leiam os arquivos, visitem os links e não falem mal de mim pelas minhas costas, heim?
Até mais.
_o/

***
Trilha Sonora: Sem trilha sonora. Tô na lan house.