segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Talvez o último post de 2011

Quem frequenta o blog (alguém ainda frequenta de verdade?), deve ter notado que eu raramente posto coisas dos outros. Quase tudo aqui é meu, só meu, de minha autoria, inspirado na minha vida.
Mas hoje eu achei um textinho no Facebook que me agradou, talvez pelo momento que estou vivendo, com mudanças (que devem virar um post logo mais) e recomeços que trazem as dúvidas e inseguranças junto. Enfim, resolvi postar aqui pra que vocês também possam refletir (tô me sentindo a Ana Maria Braga no momento de sabedoria, lendo textinhos de auto-ajuda para as donas de casa que assistem o programa dela) e, quem sabe, alguém possa terminar 2011 com uma sensação de que tudo aconteceu como devia ter acontecido e com a esperança de que 2012 trará somente o que deve trazer, seja bom ou não.

Na Índia se ensinam as 4 leis da espiritualidade:
A primeira diz: “A pessoa que vem é a pessoa certa“.
Ninguém entra em nossas vidas por acaso. Todas as pessoas ao nosso redor, interagindo com a gente, têm algo para nos fazer aprender e avançar em cada situação.
A segunda lei diz: “Aconteceu a única coisa que poderia ter acontecido“.
Nada, absolutamente nada do que acontece em nossas vidas poderia ter sido de outra forma. Mesmo o menor detalhe. Não há nenhum “se eu tivesse feito tal coisa…” ou “aconteceu que um outro…”. Não. O que aconteceu foi tudo o que poderia ter acontecido, e foi para aprendermos a lição e seguirmos em frente. Todas e cada uma das situações que acontecem em nossas vidas são perfeitas.
A terceira diz: “Toda vez que você iniciar é o momento certo“.
Tudo começa na hora certa, nem antes nem depois. Quando estamos prontos para iniciar algo novo em nossas vidas, é que as coisas acontecem.
E a quarta e última afirma: “Quando algo termina, ele termina“.
Simplesmente assim. Se algo acabou em nossas vidas é para a nossa evolução.
Por isso, é melhor sair, ir em frente e se enriquecer com a experiência. Não é por acaso que estamos lendo este texto agora. Se ele vem à nossa vida hoje, é porque estamos preparados para entender que nenhum floco de neve cai no lugar errado.

Feliz Ano Novo pra vocês, caso eu não poste mais até dia 31.

***
Trilha Sonora: O Tempo - Móveis Coloniais de Acaju.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Foda-se o Natal


Eu realmente seria mais feliz se pudéssemos simplesmente ignorar essa data. Ano Novo também não me agrada, mas posso suportar.
De qualquer forma, para quem curte, boas festas aí e sorte na hora de trocar os presentes que não serviram e não agradaram.

***
Trilha Sonora: Sangue Latino - Secos e Molhados

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Acontece que

Tenho sentido vontade de escrever sobre tanta coisa que estou passando, sentindo, pensando, vivendo... mas nada me parece bom o bastante para virar assunto pra um post, nada me parece bom o suficiente para sair do campo das idéias e entrar no mundo verbal. Não quero escrever a respeito, não quero conversar sobre. Mas eu preciso. Ou eu quero, mas na realidade sei que não preciso de verdade.
Tem coisas que ficam muito melhores enquanto só existem dentro da gente, sem contato com a opinião alheia, sem a marca de dedos de quem não saber olhar só com os olhos, sem colocar a mão, sem tentar interferir no rumo que as coisas devem tomar. E muitas vezes esses dedos que marcam onde não deviam marcar são os meus mesmo.
Prefiro ficar quieta com os meus pensamentos do que sair falando tudo por aí, escrevendo tudo por aqui.
O único porém é que tenho pensamentos demais aqui dentro e de vez em quando eles embolam na garganta, tentando sair pela boca, daí eu engulo seco e eles acabam embolando no meio do peito.
É quando eu acordo com a sensação de que devia ficar na minha cama, enrolada no meu edredom, sozinha em casa como eu gosto de estar, mas desejando companhias que não tenho.
Hoje fiz uma playlist que se chama "lencinho". Cheia de músicas que me aumentam o bolo na garganta e que me fazem sair correndo atrás de um lencinho para limpar as lágrimas. A playlist perfeita pra esse momento de tanta coisa que eu vou guardar só pra mim, porque acho que ninguém tem nada a ver com a minha crise que vou chamar de tpm fora de época, porque graças a Deus sou mulher e posso justificar todas as minhas crises com um "deve ser tpm", mas na verdade, quase nunca é.
Acontece que, antes de ser mulher, sou humana e acho que é isso que acontece com todos os humanos, não é?


***
Trilha Sonora: Um Monte de Poeira - Unidade Imaginária.

domingo, 20 de novembro de 2011

Sou dessas

Sou aquele tipo de namorada que de tempos em tempos (tipo uma ou duas vezes por semana) dá uma vasculhada na lista de contatos no Facebook do Sr. Namorado. Fico caçando pêlo em ovo, sabe? Confio nele, nunca encontrei nada de realmente errado lá, mas gosto de continuar vasculhando para provar pra mim mesma que sou idiota.
Daí que toda menina que eu não sei quem é e vejo lá curtindo/comentando/assinando feed/fazendo nada demais eu vou ver o perfil, analiso as fotos, vejo quem são os amigos, onde ela mora, onde trabalha, onde estudou, o que gosta de fazer e chego à seguinte conclusão: vaca. Todas umas vacas.
A questão é: sou doente mesmo e elas são todas umas vacas ou eu sou normal e elas são todas umas vacas?

***
Trilha Sonora: 5º Andar - Tiê.

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

#diaD


Consolo na praia

Vamos, não chores.
A infância está perdida.
A mocidade está perdida.
Mas a vida não se perdeu.


O primeiro amor passou.
O segundo amor passou.
O terceiro amor passou.
Mas o coração continua.


Perdeste o melhor amigo.
Não tentaste qualquer viagem.
Não possuis carro, navio, terra.
Mas tens um cão.


Algumas palavras duras,
em voz mansa, te golpearam.
Nunca, nunca cicatrizam.
Mas, e o humour?


A injustiça não se resolve.
À sombra do mundo errado
murmuraste um protesto tímido.
Mas virão outros.


Tudo somado, devias
precipitar-te, de vez, nas águas.
Estás nu na areia, no vento...
Dorme, meu filho



***
Difícil escolher, mas acho que esse é o meu preferido do Drummond.

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Trilha Sonora: The Only Exception - Paramore. Eu também ouço musiquinha de adolescente de vez em quando, sim, e daí?

#diaD

Os ombros suportam o mundo

Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.

Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.

Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo,
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.




***
Trilha Sonora: Flores Astrais - Secos e Molhados.

sábado, 29 de outubro de 2011

Ela faz rock

Eu conheço uma rockeira. Ainda não tive o prazer de conhecer pessoalmente, mas um dia ainda vou.
O motivo desse post é tentar fazê-la sorrir, mesmo que por alguns poucos minutinhos.
Quero dizer que a admiro. Pela voz linda, pelo talento musical, pela beleza, pela simpatia, pela cor sempre diferente dos cabelos, pelo senso de humor, pela inteligência, pelo talento para escrever, pela coragem de tentar viver do que gosta e sabe fazer bem: o rock.
Sempre que me perguntam qual é o meu dom, eu não sei o que responder.  A única coisa que eu sei fazer bem o suficiente para ensinar e encantar outras pessoas é, acreditem, origami de estrela.
Não sei dançar direito, não sei cantar bem, não sei atuar, não sei cozinhar, não sei pintar, não sei fazer nada que possa me render algum dinheiro em troca do meu talento.
Ela sabe. E isso é lindo, porque não vejo nada mais importante na vida do que trabalhar com o que você gosta e gostar do seu trabalho exatamente porque é o que você sabe fazer de melhor.
Nos finais de semana, ela vai tocar numa praça que tem lá onde ela mora. Esse é o trabalho dela e se eu morasse por lá, iria todo final de semana visitá-la no "escritório" dela. É daí que ela tira o sustento dela ou a maior parte dele, pelo que eu entendi. E não é fácil porque quem está trabalhando na rua inevitavelmente está exposto ao humor alheio que pode ser bom ou não, está exposto à sensibilidade alheia que pode existir ou não, está exposto à educação alheia que pode ser da melhor ou pior.
Nesses últimos dias ela teve problemas por causa do preconceito dessas pessoas que não têm educação, não têm senso de humor, não têm sensibilidade e, mais do que tudo, não têm inteligência, porque o preconceito é resultado da burrice.
Sei que ela está lendo este post e sabe que é para ela, então:
Espero, de verdade, que toda essa maré de sorte ruim passe logo, que você não desanime do seu rock e que ele traga logo toda a fama que você merece (e o cachê em dólares e euros, claro). Se até a fama chegar, você precisar encarar outros caminhos para garantir a ração dos filhotes, aceite e continue dando o seu melhor. Só não deixe de lado a sua alegria tão cheia de cores.
Logo, logo, tenho certeza que sua música chegará a lugares que você nem sabe que existem no mapa e você fará o sucesso que merece e tem potencial para fazer.
Não desanime.
=)

***
Achei melhor não usar nome e links que a identificassem, por uma questão de privacidade que ela talvez queira neste momento, mas se ela autorizar, depois eu coloco nomes, links, fotos e faço a divulgação que ela merece.

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Trilha Sonora: TV ligada, mas a música da moça dos cabelos roxos tocando na minha cabeça enquanto eu escrevia.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O que a maturidade traz

Essa frase é um baita lugar-comum, mais manjada do que não sei o quê, mas é uma coisa que, cedo ou tarde, você acaba comprovando que faz sentido.
Quando você ama uma pessoa, você ama tanto que tem medo de perder, medo que a roubem de você, medo que ela vá comprar cigarros e não volte mais, medo que ela acorde num domingo qualquer e se dê conta que simplesmente deixou de te amar.
Deve acontecer com a maioria das pessoas durante o começo de um relacionamento que dá tão certo e, principalmente, após uma série de relacionamentos que não deram tão certo.
Quando você encontra aquela pessoa que te completa, que o beijo encaixa, que os perfumes combinam quando se misturam, que o abraço "fecha" direitinho, que o cafuné faz arrepiar até os pelinhos da sobrancelha, que as mãos parecem ter sido projetadas para não se soltarem mais... Quando você encontra A pessoa, toda a sua vida se divide em antes e depois dela. É incrível, é lindo, é gostoso, é... É assustador.
Você tem medo de coisas que talvez nunca cheguem a acontecer, mas quando a gente tem medo... bem, a gente tem medo e ponto final.
Aí você pega a pessoa pelo braço e a arrasta até uma caixinha de madeira com chave sem cópia. Tranca-a lá dentro e de hora em hora dá uma cutucada para ter certeza que ela continua lá, fechadinha na sua caixa.
Acontece que tudo que é vivo precisa respirar para continuar vivendo. Então a sua pessoa especial tem duas opções: se for um pouco esperta, vai armar um belo plano e fugir da caixa num momento de distração sua ou vai acabar morrendo lá dentro, sem ar.
E você? De um jeito ou de outro, você vai acabar se fodendo porque quem foge de um lugar é porque não tem intenção de voltar e muito menos teve vontade de ficar onde estava. E quem morre... Morreu.
Daí você faz isso de prender pessoas especiais algumas vezes durante a sua vida, porque graças a Deus, não temos apenas uma chance de amar e encontrar A pessoa. 
Até que um dia, em uma dessas chances dadas por Deus, pela vida, por Alá, pelo destino ou seja lá o que for que controla (ou não) nossos caminhos; você encontra uma nova pessoa especial e vem a vontade de prendê-la também na sua caixinha. 
Mas você já fez isso outras vezes e nunca deu certo, então que tal tentar algo novo? Que tal experimentar decorar a sua caixinha com belos tapetes e almofadas, TV a cabo, Wi-Fi, cama macia e boa comida, mas desta vez deixar a tampa aberta, sem chave nenhuma? Heim? Ensine o caminho, mostre que é legal morar ali, mas não a obrigue a viver naquele cárcere privado. Deixe claro que na sua caixa também se aplica o direito constitucional de ir e vir e deixe-a livre.
Acredite, e digo por experiência própria, quando a caixinha que você oferece é realmente boa de se viver, a sua pessoa vai voltar pra lá caso resolva sair um pouco para respirar e talvez nem saia para respirar porque, se a tampa estiver aberta, ela terá sempre o ar puro para inspirar e expirar o quanto quiser, sem limites, como deve ser o amor. 

Imagens do We Heart It.


***
Não confunda direito de ir e vir com o direito de trair a torto e a direito e nem com aquele termina e volta sem fim, que tudo isso chega uma hora que vira palhaçada. Ou melhor: pra mim isso é palhaçada de qualquer jeito.
E, um recado ao Sr. Namorado, que eu sei que vai ler e encher a cabeça de perguntas que ele sabe que eu não gosto de responder: a caixinha que você me deu agora, no namoro nº 2, é a melhor caixinha que já existiu nesse mundo: confortável, segura, arejada, bem decorada, espaçosa e muito especial. Precisei sair da caixinha antes, no namoro nº 1, para que você pudesse fazer uma reforma nela e me receber de volta. Agora eu não saio mais. Mas deixe a tampa aberta para eu ver o céu com você.
Te amo!

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Trilha Sonora:

terça-feira, 11 de outubro de 2011

O último do dia

Hoje é (pelos próximos vinte minutos ainda) aniversário do Sr. Namorado.
23 anos de uma vida que não foi fácil, que teve altos e baixos, mas que agora está entrando nos eixos.
Sr. Namorado é novinho ainda, mas isso é só a certidão de nascimento e a carinha dele quando está sem barba que dizem. Quem tem a sorte de conhecer e conviver com ele, sabe que ele é muito mais adulto do que um cara de 23 anos.
A vida o obrigou a crescer e se virar sozinho em momentos que ele deveria estar acompanhado de pessoas que tinham que pegá-lo pela mão e ensinar os caminhos que devia seguir. Ele escolheu sozinho esses caminhos, errou algumas vezes, acertou outras e chegou onde está hoje.
Sei que a vida dele ainda tem muitas estradas a serem percorridas, que ele ainda enfrentará pedras e pedregulhos no caminho, mas sei também que ele vai superar tudo de cabeça erguida, como sempre foi e continuará em frente, como tem feito até aqui.
Tivemos também nossos problemas e com alguns meses de quase-separação, resolvemos tudo e estamos bem. Mas mesmo enquanto não estávamos juntos, eu continuei torcendo pelo sucesso dele e acreditando que ele podia muito mais, que ele tinha potencial para ir mais alto, que ele chegaria muito longe com o trabalho e a inteligência dele. Pois ele chegou.
Ainda não é o ponto mais alto, mas ele já começou a dar os primeiros passos dessa caminhada que tem tudo para se tornar um grande vôo.
Quero que ele se lembre e que todos saibam que o caminho dele pode ser complicado às vezes, os dias podem ser tristes agora que ele está passando tanto tempo sozinho em cidades que não conhece e hotéis de ar condicionado tão frio, mas que sempre que ele puder voltar pra casa, seja por alguns dias ou poucas horas, onde eu estiver será a casa dele também. Admito publicamente que aquele papo de jamais lavar cueca de marido caiu por terra no momento em que o candidato a marido chegou em casa tão cansado que mal tinha forças para deitar e descansar. Lavei, sim, as cuecas e as meias e as calças e as camisas dele. Lavei, pendurei e passei. Até cozinhei pra ele.
Porque é isso que a gente faz por quem a gente ama: a gente se sacrifica, abre exceções e se desdobra pra cuidar da pessoa quando ela precisa de cuidados.
E o que eu quero fazer por ele é isso. Estar sempre presente, mesmo que ele esteja longe. Cuidar dele, mesmo que isso signifique fazer coisas que eu não gosto de fazer. E desejar que ele seja feliz sempre. Hoje, amanhã e sempre.
Feliz aniversário, Douglas.
Te amo muito e sempre.


***
Trilha Sonora: Futebol na TV. Irmãos...

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Um pause e um play

Foram quatro meses separados. Quatro longos meses, que doeram, machucaram, ensinaram e fizeram pensar.
Semana passada decidi que já tinha aprendido tudo que eu precisava saber sobre o assunto e percebi que já estava bom de ensinamentos pra ele também.
Se antes eu disse que não queria mais, agora resolvi dizer que eu o queria de volta.
Nenhuma surpresa para quem soube, era o que todos esperavam e sabiam que aconteceria mais cedo ou mais tarde.
Pessoas que devem ficar juntas, acabarão ficando. Cedo ou tarde, agora ou depois, por 3 anos e mais tempo.
É hora de planejar os novos passos que daremos, de acertar nossos passos lado a lado novamente e seguir em frente.
Sei que ainda não está tudo resolvido, sei que ainda teremos problemas, sei que ainda vou brigar e me chatear com ele e ele comigo, porque ainda somos os mesmos de sempre e o que nos afetava antes ainda nos afetará nesse recomeço, mas estou disposta a agir de forma diferente, pensar mais antes de agir e até agir mais por nós dois quando ele precisar pensar um pouco.
Olho pra ele e ainda vejo o mesmo por quem me apaixonei em abril de 2008, o mesmo que me beijou timidamente em maio e que se esforçou para me conquistar mais um pouquinho em todos os dias desses 3 anos. As mesmas qualidades e até os mesmos defeitos que fazem dele tão humano, tão real e tão único. Tão meu.
Foi apenas uma pausa, como um intervalo no meio daquele filme lindo que você não quer que acabe, mas precisa dar umas paradinhas para ir beber água e fazer xixi. Você não quer pausar, mas de vez em quando surge uma necessidade, entende?

***
Trilha Sonora: Tem uma musiquinha indefinida tocando na minha cabeça há alguns minutos. Sinto não poder cantarolar pra vocês decifrarem pra mim. 

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Dear young me

Camila de 8 anos, voltei.
Quero te contar sobre o amor. Você ainda não sabe tanto quanto pensa que sabe, mas... sabe aquele menininho? É, ele mesmo. Não vai ser o grande amor da sua vida, mas vocês ainda se reencontrarão e... Bem, espere e verá.
Falando em amor da sua vida, você terá um amor daqueles lindos e impossíveis. É, você não vai ficar com ele, mas ele estará sempre na sua vida. Por opção sua e dele, vocês nunca deixarão de se ver, de se falar e de pensar um no outro, mas será sempre e para sempre como melhores amigos.
Um dia, em uma das suas inúmeras partidas, ele vai te pedir para ficar. Você não vai ficar, porque não haverá a menor possibilidade disso acontecer, mas preste atenção neste momento. Será um dos mais lindos da sua vida. E a música que vocês estarão ouvindo acompanhará vocês por muitos anos.
Ele não será o único amor da sua vida, antes dele haverá um e depois dele mais outro. Esse terceiro talvez seja o para sempre. No momento, pelo menos, é o que eu acredito, apesar de tudo.
Entre eles, você terá uma quarta pessoa, uma história legal, mas que não vai durar muito. De tudo o que ele te disser, a coisa mais marcante talvez seja a teoria dos três amores. Uma noite, enquanto você estiver prestando atenção nos olhos verdes dele, ele dirá que uma pessoa só pode amar de verdade por três vezes na vida. Você vai questionar, ele vai explicar e terminará dizendo que você é uma das três chances que ele tem de amar para sempre. Ele não será um dos seus três grandes amores, mas você será um dos três dele. Acredite na sinceridade dele sempre. Apesar de coisas chatas que farão você se afastar dele, acredite no que ele te diz.
Seu primeiro namorado será um menino legal, mas, sinto dizer: não confie cegamente nele.
O terceiro namorado será a sua grande história de amor realizado, a primeira com maturidade suficiente para te fazer desejar um casamento e filhos. E o seu desejo de casar e ter filhos é justamente o que vai fazer com que vocês se afastem pouco antes de completarem três anos de namoro.
Entenda uma coisa desde já: nem todos amadureceram no mesmo ritmo que você, cada um tem seu tempo próprio e, apesar do seu relógio parecer correr em Fast Forward, o mundo gira em ritmo normal e esse é o ritmo da maioria das pessoas à sua volta.
Tente não apressar demais o garoto do nariz bonito. Ele vai gostar de verdade de você e o período de separação será difícil para os dois. Aliás, se conseguir, evite tomar essa decisão.
Sobre o amor, eu até poderia te contar mais, mas prefiro que você saiba apenas das partes importantes. As partes menos importantes podem ser menos interessantes também, mas vou deixar que elas sejam as surpresas entre um amor e outro.
Um conselho sobre tudo isso: tente carregar de um relacionamento para outro apenas as coisas positivas. Não se feche por tanto tempo e não deixe que qualquer um te derrube. Por maiores que sejam os amores, você será sempre maior e mais importante do que o que eles te fizerem.

***
Trilha Sonora: Hermes Bird - Remy Zero. Podia ser a música oficial dessa série de posts.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Rooonc

Falando em dormir, eu durmo em ônibus. Se eu puder sentar, conte 5 minutos e olhe. Estarei dormindo.
E eu ronco. Se isso me envergonha? De forma alguma. Roncar é normal quando você está mal acomodado. Feio mesmo é babar e isso eu não faço.
Mas o mais foda de dormir no ônibus nem é roncar ou babar: é acordar no susto com o seu próprio ronco e dar mau jeito no pescoço.
Porque não basta roncar. Tem que roncar alto e quase quebrar o pescoço com o pulo.

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Trilha Sonora: TV ainda.

Sonho em HD

Sou do tipo de pessoa que sonha muito (porque durmo muito) e conta pra todo mundo o que sonhou. Acho que já deu para notar pelos posts passados, né?
Então, ontem eu estava conversando com o Sr. Meu Chefe e contei que havia sonhado que uma amiga nossa estava grávida, que eu fugia de um cachorro e uma outra amiga nossa me salvava e que eu socava a cara de uma inimiga minha de uma pessoa. Ele ficou maravilhado com a quantidade de detalhes que eu consegui me lembrar do sonho e disse que ele nunca se lembra dos sonhos dele. Fiz então a pergunta que faço a todos que comentam algo sobre o que sonham ou deixam de sonhar:
- Você sonha colorido ou em preto e branco?
- Ah... Não sei. Nunca lembro o que eu sonho. Mas como assim? Colorido?
- Colorido. Você vê cores ou é tudo preto e branco?
- Não sei. Você sonha colorido?
- Sim. Sempre. Mas meu pai disse que sonha preto e branco e eu li uma vez que quem sonha em preto e branco é porque não consegue relaxar totalmente enquanto dorme. Você deve sonhar preto e branco.
- Mas como você sabe que é colorido?
- Ah... Eu sei, ué. Eu vejo cores no sonho. Se eu vejo cores é colorido.
- Hmm... Nunca pensei nisso...
Enfim, mudamos de assunto e quando dormi, de ontem pra hoje, o que eu sonhei?
Sonhei com dois ônibus, um colorido e um preto e branco. Aí eu dizia no sonho:
- Ah! Eu sonho colorido mesmo! Eu sabia! Vou contar pra ele amanhã que agora eu sei como é colorido e como é preto e branco no sonho!
Ou seja: perco tempo com coisas desnecessárias até dormindo.

***
Trilha Sonora: TV antes de dormir pra dar aquele soninho bom e sonhar gostoso.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Dear young me

Camila de 8 anos, eu ainda não terminei.
Quero te falar ainda sobre os amigos que você vai fazer na vida.
E sobre os empregos.
E sobre a escola.
E sobre a sua família.
E sobre momentos só seus.

***
Trilha Sonora:

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Dear young me

Olá, Camila de 8 anos.
Há tempos eu queria te escrever, mas como você sabe, a vida adulta é cheia de compromissos sem sentido e as coisas realmente importantes acabam ficando de lado.
Tem tanta coisa que eu quero te dizer, mas não vai dar tempo para tanto, sei que você precisa voltar para a sua Barbie e acabar de montar aquela casinha enorme que ocupa toda a sala da sua casa.
Então, vou tentar selecionar só o essencial, o que eu acho que vai realmente ser útil para você daqui um tempo.
Você ainda é criança, tem muito o que aprender, mas saiba que não vai crescer muito. Vai esticar um pouco até os 11 anos e depois vai parar de crescer. Cuidado com o seu corpo, porque depois dos 15 anos o peso que você ganhar, dificilmente vai sumir do seu corpo e em algum momento, não sei exatamente quando, todo o sedentarismo que você cultiva desde tão pequena se voltará contra você e até uma pedrinha na vesícula você vai ganhar (sabe onde fica? Lado direito, na barriga. Lado direito é o lado da pinta no seu dedo indicador. Achou?). Quando ela doer muito, tome chá bem quente e caminhe em círculos pela casa. Não vai passar a dor, mas vai te distrair um pouco.
Falando em dor, você está prestes a passar pela maior dor da sua vida. Ano que vem, antes de completar 9 anos. Não vou te contar o que é porque não quero te fazer sofrer antes da hora. Até porque, você vai sofrer pelos próximos 16 anos e mais. Quando acontecer você vai saber, mas, até lá, siga apenas esse conselho: coma morangos. Aprenda a gostar deles agora e coma muitos. Um dia você entenderá.
Depois disso não vai ter muita coisa de nova na sua vida por algum tempo. Mudanças de casa, mudanças de escola, novos amigos e um retorno. Não são grande coisa porque você não vai se abalar muito. Acho que você não se importa com mudanças. Deve ter nascido com uma malinha na mão, pronta para dizer adeus e ir para algum canto. Isso pode parecer natural pra você, mas para algumas pessoas essa será uma das suas grandes qualidades quando for adulta: chama-se desprendimento.
Mas disso eu te falo um outro dia. Sua irmã está esperando você para terminar de dividir os móveis da casinha de vocês.
Ah! E cuidado com massinha de modelar nesse tapete da sala. Se grudar, nunca mais vai soltar.
Agora vai ai lá brincar com a magrela da voz ardida. Outro dia eu volto para terminarmos nosso papo.

***
Esta será uma série de posts inspirados no Dear Young Me, um site onde você deixa conselhos para você mesmo quando mais jovem. Como eu tenho muito a dizer para a Camila criança, preferi escrever cartinhas aqui mesmo.

***
Trilha Sonora: Pra Onde Você Vai - Lobão. Tô num vício de Lobão esses dias...

domingo, 21 de agosto de 2011

O que acontece quando não sou mal criada

Ontem eu fui ao médico. Tenho passado com um gastro há alguns meses por conta de estar toda estragada por dentro uma gastrite e uma pedra na vesícula que pretendo arrancar tão logo o tal gastro me autorize.
Daí que ele me mandou perder algumas dezenas de quilos (duas para ser exata) há exatos dois meses e, voltando ontem para exibir meu corpo novo, ele ficou extremamente bravo quando viu que eu não só continuo redondinha (circulada, como disse meu irmão uma vez), como ganhei mais 3 quilos desde a última consulta.
Levei um belo de um sermão sobre auto-estima, alimentação saudável e qualidade de vida e ainda ouvi dele:
- Como você quer emagrecer se continua comendo pão antes de dormir? Não pode!
Tive uma semana tão cu, que na hora eu só ouvi, calada, fingindo que concordava. Mas na real, eu queria era dizer o seguinte:
- Quem disse que eu quero emagrecer? Perder uns quilos seria bom, sim, mas em qual momento eu disse que eu estava disposta a perder estes quilos? E, apesar de você ser legal, eu nem gosto de médicos! Só vim aqui porque a gastrite e a vesícula doente me obrigaram! Era isso ou morrer de uma vez. Deixa em paz minha gordura localizada e bem acomodada onde ela sempre esteve e não me perturbe mais! Grata.
Mas, né? Já tinha esgotado minha cota de falta de educação com as pessoas essa semana e ele realmente quer que eu fique mais saudável. Então fiquei calada e respondi que vou me esforçar mais nos próximos meses, que vou me alimentar direito e vou perder os quilos que ele mandou.
Como prêmio pela minha obediência, ganhei a receita de um remédio que vai me custar o equivalente a um mês de água + luz + telefone. Achou muito? Pois tá melhor que a receita anterior que me custava mais que um mês de aluguel.
E a moral da história é: nenhuma. Só queria verbalizar a minha indignação comigo mesma por eu ter ficado calada enquanto o médico dizia que EU queria emagrecer, sendo que essa idéia doida de perder tantos quilos foi dele e não minha.
Fim

***
Trilha Sonora: Pra Sempre - Marina Lima com Samuel Rosa cantando na minha cabeça essa musiquinha lindinha e fofinha e inha inha.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Agora me divirta

Olha, vou contar pra vocês, viu?! Essa minha vida anda tão sem graça que hoje eu faltei no serviço porque acordei sem vontade de ir trabalhar, mas mesmo assim resolvi ir lá "falar oi" e acabei passando 2 horas "falando oi" quando eu devia era estar deitada na minha cama, reclamando do mundo para as paredes do quarto.
Ponto alto do meu dia? Ganhei um sorvete naqueles esquemas de palito premiado. Comprei um Galak e ganhei um La Frutta. Eu nem sabia que ainda existia essa promoção do palito premiado.
E, certeza, amanhã o ponto alto do meu dia será trocar esse palito pelo La Frutta de uva, limão ou abacaxi (eles dão, mas limitam suas opções de sabores). Ou, caso ninguém mais saiba dessa promoção do palito premiado, arrumar confusão na padaria porque "EU GANHEI A PORRA DO SORVETE NESSA MERDA DE PROMOÇÃO! EXIJO O MEU SORVETE A-GO-RA!!!", afinal, essa vida anda tão sem graça que arrumar confusão idiota por motivos absurdos é a única coisa que talvez me anime por umas horas.

***
Trilha Sonora: Alanis tá cantando alguma coisa aqui, mas nem sei mais que música é. Tá em random há horas e horas e horas só na pasta dela.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Daqui pro mundo

Há 11 anos eu conheci o Bruno. Nos conhecemos na escola, 1º colegial, numa época um pouco complicada pra mim e, creio, pra ele também. Logo nas primeiras vezes que nos falamos descobrimos amigos e gostos em comum.
Passávamos a manhã toda juntos, conversando e rindo e lendo tarô e lendo mão e falando dos nossos problemas e observando o mundo ao redor e sendo amigos.
Nos mantivemos em contato diário pelos 3 anos do colegial. Final de semana, quase sempre eu ia no portão dele convidar pra dar uma volta. E nossa voltinha consistia em ir e voltar e ir e voltar e ir e voltar pelas mesmas ruas de sempre, as mesmas vielas e as duas únicas avenidas no bairro onde morávamos. E a gente conversava muito. E a gente fazia muitas piadas bestas que só nós entendíamos, com referências ao nosso dia a dia, às músicas e aos Simpsons.
Ele tinha outros amigos e eu também tinha amizades além dele. E amizades que, inclusive, na maioria das vezes não agradava ao outro. Nunca por ciúmes, apenas por implicância com as tais amizades. Até porque, uma coisa que sempre tivemos em comum foi a implicância. Eu implicava com os amigos "estranhos" dele e ele implicava com os meus amigos infantis. Mas ele era tão estranho quanto os amigos dele e eu tão infantil quanto os meus amigos só que, entre nós, sei lá por qual razão, a coisa dava certo.
Um dia eu fui embora. Doeu me despedir dos meus amigos e do bairro onde morei por anos, mas de todas as despedidas, a que mais me fez chorar sem vergonha nenhuma das lágrimas foi a dele. Lembro que era sexta-feira,  fazia sol, mas não estava calor. Ele foi na minha casa e passamos algumas horas conversando como se nada estivesse acontecendo, como se minha casa toda não estivesse dentro de caixas na sala do apartamento.
Demos risada como sempre, fizemos piada como sempre e ele disse que precisava ir embora. Fui com ele até a portaria e na hora de dizer tchau, nos abraçamos e choramos muito. Como se não fôssemos nos ver nunca mais, como se eu estivesse perdendo o meu melhor amigo. Fizemos alguma piada final e ele se foi.
Fiquei alguns anos morando em outra cidade, mantivemos contato por cartas e todas as vezes que eu vinha pra cá, fazia o possível para vê-lo. Ele foi me visitar uma vez e passou uma semana na minha casa.
Com o tempo, nossa vida mudou. Eu voltei a morar na mesma cidade que ele, mas nunca mais nos vimos. A vida corrida, os novos amigos, ele com a namorada dele, eu com o meu namorado, cada um com seu trabalho e casa para cuidar. Mas nunca deixei de considerá-lo um dos meus melhores amigos.
Semana passada eu soube que ele estava de mudança. Ia sair do país para estudar longe, longe.
Fiquei feliz pela conquista dele, mas senti a mesma dor de quando nos despedimos pela primeira vez. Senti como se eu nunca mais fosse vê-lo, como se eu estivesse prestes a perder o meu melhor amigo.
Fui almoçar na casa dele sábado. Rimos, conversamos, lembramos de coisas de 10 anos atrás, dei um abraço nele, desejei boa sorte e boa viagem e fui embora.
Ninguém viu, mas eu chorei no metrô. Chorei quando cheguei em casa e chorei hoje de manhã enquanto esperava o ônibus e pensava que, enquanto eu estivesse trabalhando, ele estaria indo embora. Chorei porque não vamos poder dizer mais "precisamos marcar de nos ver" e nunca de fato marcarmos nada, porque ele estará longe demais pelos próximos anos. Tão longe que nem sei dizer quando nos veremos novamente.
A dor é quase como a de perder o melhor amigo, com a diferença que eu consigo sorrir quando penso que, desta vez, o mundo está ganhando o meu melhor amigo enquanto ele ganha o mundo.
Boa sorte e boa viagem, Bruno!

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Trilha Sonora: You Learn - Alanis. Porque foi a nossa primeira coisa em comum e eu sempre vou ouvir e lembrar dele, que traduzia as músicas quando inglês ainda era um mistério pra mim e não existia o Google Translate.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Socorro!

Gente, uma perguntinha: quem usa o Blogger na versão draft (rascunho) ou tradicional, notou essa mudança gigante nas telas (painel, editor de postagens e tudo mais) ou eu fui premiada e estou sendo usada de cobaia?
De qualquer forma, oh, Google, não curti isso aqui, não!
Ficou tudo muito branco, muito grande, muito estranho, muito vazio. E de vazio já basta minha carteira.
Se tivesse o botão de "não curti" eu clicava dez vezes.
Vejam (anotações em vermelho inseridas por mim com a ajuda do Paint):


Enfim, quero meu painel do Blogger Draft de volta.


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Trilha Sonora: Jornal do SBT me fazendo companhia após a faxina da madrugada (minha mãe tá vindo me visitar e eu preciso fingir que sei cuidar da casa sozinha).

domingo, 3 de julho de 2011

Manual Ilustrado

Substitua a água por sentimentos variados e o que você tem é a minha mente alagada.

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A imagem eu achei solta pela internet.

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Trilha Sonora: One Day - The Verve.

sábado, 2 de julho de 2011

Não Fazemos Trocas

Acaba de me ocorrer que passei esses vinte e cinco anos da minha vida sendo trocada. Desde trocas que, na verdade nunca aconteceram, até trocas explícitas e explicadas com todas as letras.
Sou a mais velha de quatro irmãos, logo, passei pela troca três vezes: fui trocada quando deixei de ser a filha única, bebê da casa e fui sendo trocada a cada novo irmão que nascia, porque, por mais que os pais digam o contrário, sempre há uma preferência pelo bebezinho recém chegado na família e pelo menos por uns tempos, os outros filhos são deixados de lado. Não estou reclamando do amor que recebi ou talvez tenha deixado de receber. É apenas a questão das trocas mesmo.
Depois fui trocada inúmeras vezes em relação a amizades. Você tem uma amiga que é a sua fiel escudeira até ela encontrar outra amiga e te trocar. Mas aí, normal também, acontece com todo mundo pelo menos uma vez na vida e, se formos pensar que também trocamos de amizades, me coloco do outro lado da história.
No amor então, nossa... Eu sempre fui trocada.
Teve um que me trocou pelos amigos, disse que estava se sentindo muito preso por causa do namoro. Na época eu dizia que havia sido trocada por um skate porque depois que levei o chute na bunda, tudo o que o fulano fazia era andar de skate.
Daí teve um que me trocou pela ex-namorada dele que, aliás, havia sido trocada por mim meses antes. Ele trocou e resolveu destrocar depois.
Teve um outro, que nem chegou a ser namorado, que me trocou pela vida de solteiro mesmo.
Teve esse agora que jura que não me trocou, mas o que eu sinto foi que fui trocada mesmo. Motivos justos, podem dizer se eu contar a história, mas pra quem é trocada o motivo nunca é justo.
Tem ainda uma troca anunciada que está prestes a ser concretizada, desta vez no meu atual emprego. Meu cargo será extinto dentro de alguns meses e eu serei trocada por algum funcionário novo que fará exatamente o que eu faço, mas vai ganhar mais do que eu ganho. Não é a primeira vez que isso acontece comigo, profissionalmente falando também, porque já fui trocada em outro emprego, anos atrás.
Tudo na minha vida termina ou muda radicalmente por causa de uma troca onde eu sou a moeda devolvida. Mas minha auto-estima me faz crer que sou a moeda devolvida simplesmente por causa da falta de atenção ou falta de inteligência de quem me troca. Sabe quando a gente dá ou pega um troco errado e vem a mais? Então. Eu sou o troco dado errado, mas sempre pra mais.
Prejuízo de quem devolveu.

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Trilha Sonora: Grêmio Recreativo, na MTV, cantando umas músicas da Jovem Guarda agora.
(post escrito na última quinta-feira do mês, quando vai ao ar o Grêmio Recreativo)

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Síndrome de Conrado

Porque tem dias que a gente levanta da cama só para se foder mesmo.
Fim.

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A imagem eu achei aqui.

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Trilha Sonora: Agora não. Tô vendo novela.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Sobre uma paixão quase amor

ou Sobre como uma adolescente magoada pode se transformar em uma adulta completamente louca que destrói seus relacionamentos e usa títulos de três linhas em posts do seu blog

Tem coisas que acontecem com a gente que, quando ainda estão sendo vividas, vemos de um jeito tão diferente de como veremos tempos depois, quando olharmos pra trás, naquele ponto exato de quando se deu o tal fato.
Hoje tive uma conversa rápida com uma prima minha, uns 10 anos mais nova que eu.
Ela me contava sobre o namorado dela, que havia terminado tudo alegando estar cansado dos dramas e chiliques dela (deve ser de família esse talento para o escândalo conjugal sem motivo), que mesmo pedindo uma segunda chance, ele não quis voltar atrás e que agora, para se vingar, ela ia começar a sair muito, fazer tudo o que não fez por causa dele. Enfim, revolta de adolescente que levou pé na bunda.
E ela me contando e eu pensando "isso não vai adiantar, ou eles voltam amanhã ou daqui uma semana ela está apaixonada por outro, passando pela mesma situação". Aí ela me disse: "Poxa, eu fiz tudo certinho, fui uma boa namorada, sei que fui uma boa namorada e eu gosto dele pra caramba, sabe? Eu tô quase... quase amando ele já. Eu gosto muito dele. Estou apaixonada mesmo".
Nesse momento eu só sorri. Pensei no quanto ela estava sendo racional, sabendo separar a paixão, mesmo muito forte, do amor que ela provavelmente ainda não tenha sentido por ninguém.
Lembrei do primeiro namorado que tive, que começou como uma paixãozinha, foi crescendo, virou amor, veio o pé na bunda e 2 anos depois eu ainda sofria por ele. Lembrei das coisas idiotas que fiz naquela época pra me vingar dele.
[insira aqui o final alternativo*]
Hoje, olhando lá atrás, vejo que eu era bem besta também, como a minha prima que está morrendo de raiva do namorado agora, mas não tem consciência ainda de que amanhã vai encontrar alguém melhor que a fará olhar pro dia de hoje com o desprezo que algumas das primeiras paixões podem nos causar anos mais tarde. Ou com o riso dolorido da saudade que você sente do quão intensas eram essas paixões quase amores até que chegou alguém e cruzou esse limite para o lado do amor, depois esmigalhou seu coração e foi embora, arruinando de forma indireta todos os seus futuros relacionamentos.
É. Fim de post meio amargo.

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Tá, pra não ficar tão amargo, um final alternativo pro post:
[*]Só queria que, aos 15 anos eu já tivesse conquistado essa consciência que minha prima tem hoje e eu demorei tanto para conhecer. Se é que conheci.

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Trilha Sonora: TV ligada, como sempre.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Aquele tipo de pessoa que me ama tanto que não seria capaz de ser feliz sem mim. Aquela pessoa que lambe o chão que eu piso, que deita para que eu passe por cima dela sem pisar na sujeira. Aquela pessoa que morreria se precisasse viver sem mim. A pessoa que perdoaria todas as minhas falhas e nunca criticaria meus defeitos. Sabe a pessoa que quer respirar o mesmo ar que eu respiro, de preferência antes de mim para filtrar ele pra mim? Uma pessoa que me idolatrasse quase como um fiel ao seu santo. Alguém que fosse capaz de matar e morrer por mim. Uma pessoa que largasse tudo, sem pensar, sem questionar e viesse atrás de mim aonde eu estivesse. Alguém tão cego de ciúmes que não me deixasse sair de casa sozinha. Alguém tão apaixonado por mim que sugaria cada segundo da minha vida para não perder nada e poder viver tudo junto comigo, na mesma intensidade que eu vivo. Uma pessoa que construa uma casinha de vidro pra me colocar sentada lá dentro, protegida do resto do mundo. Aquela pessoa que quer tanto fazer parte da minha vida, que deseja até entrar nos meus sonhos para saber o que eu vivo enquanto durmo.
Não. Eu nunca quis.
A única coisa que eu queria era alguém que ficasse comigo porque me ama e só. Sem exageros, sem excessos, sem complicações, sem loucuras. O tipo de amor que me permite amar de volta porque é o que eu também sinto, na medida que eu sinto, sem trocas ou troco porque um dos dois amou mais que o outro. Alguém que me ame porque-me-ama-porque-sim.
Alguém que fique e esteja comigo por amor. Só amor.

***
Estou numa fase de odiar títulos.

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Trilha Sonora: A TV, companhia de todos os dias.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

A Ordem da Coisas

Depois que passa aquele primeiro momento, do impacto da decepção, vem a tristeza. Depois da tristeza, quando ela começa a doer menos, vem a raiva de ter se deixado decepcionar, porque só se decepciona quem acredita em uma coisa que acaba não acontecendo ou não sendo. E só acredita quem quer.
Aí, então, quando passa a raiva, a tristeza meio que volta, mas já não é mais a mesma tristeza. É uma coisa mais leve, que dói, mas não machuca lá no fundo. Porque lá no fundo já existe outra coisa que ocupa todo o espaço: a saudade. Aquela saudade vazia, uma saudade não-sei-do-quê.
E é só isso que resta.

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Trilha Sonora: Hands Clean - Alanis.

Casamento: só em sonho.

Já contei aqui no blog sobre aquele sonho que me persegue, onde eu vou me casar e nunca vejo e nem sei quem é o noivo e algo sempre me atrapalha/me deixa nervosa.
Essa noite (na verdade esse é um post programado, e esse sonho aconteceu na noite de sábado para domingo dessa semana) sonhei, de novo, que eu ia me casar.
Eu estava vestida de noiva, um vestido lindo, divino, maravilhoso. E o casamento seria ao ar livre, como eu sempre quis.
Só que, como sempre, tinha um problema: meu cabelo. Não estava escovado e nem penteado. Estava só lavado e muito molhado ainda. A solução que alguém encontrou foi que eu entrasse no local da cerimônia, que não era uma igreja, usando uma toalha na cabeça. Uma toalha verde piscina (também conhecido como azul piscina. É daquelas cores que eu nunca soube dizer direito qual é). Super descombinando com o meu vestido branco luxo e a decoração branca fina do local. Mas eu entrei.
Quando cheguei ao altar, alguém me avisou que o noivo não estava lá porque era um casamento judaico, já que o noivo era judeu e ele não viria até que a cerimônia terminasse. Ele ficaria num cômodo ao lado, aguardando para entrar no final só. Segundo a tradição deles (que eu acho que é a tradição que o meu cérebro inventou), eu devia assumir o compromisso do matrimônio com toooooda a parentaiada dele que estava presente no altar, junto comigo. Depois que estivesse tudo certinho, ele viria.
Mas... Eu sabia quem era o noivo dessa vez. Pela primeira vez, em todos esses anos sonhando com o meu casamento, eu vi o noivo. Do altar, eu conseguia enxergar uma salinha onde ele estava "guardado".
E ele estava lindo, de terno todo preto, gravata, vermelha ou vinho (não sei, gente, tava longe) e cabelo penteadinho no estilo vaca lambeu. Bem, o noivo era justamente o Sr. Namorado (que agora, na verdade, não é mais o namorado, mas meu cérebro deve estar trabalhando com algumas semanas de atraso no seu calendário onírico).
Só que a cerimônia foi meio tumultuada e, no final das contas, ele não veio pro altar e eu acabei, mais uma vez, meio que ficando sem o noivo.
Preciso dizer que não gostei desse sonho, como sempre?
Também não preciso dizer que quero algum leitor entendido de sonhos para vir analisar tudo isso aqui e me dizer se isso é um bom ou mau sinal, né? Nos comentários ou no meu e-mail, s'il vous plaît.

***
Trilha Sonora: No Recreio - Cássia Eller. "Eu só queria me casar com alguém igual a você E alguém igual não há de ter". Coincidências da madrugada.

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Trilha Sonora n°2: Por Onde Andei - Nando Reis. Enquanto eu terminava de formatar o post, começou essa, linda, linda, linda. "Será que eu sei que você é mesmo tudo aquilo que me faltava?"

terça-feira, 21 de junho de 2011

Trilha Sonora

Ver você roubar meus sonhos
É melhor que esquecê-los
Eu não posso voltar
Eu não preciso voltar atrás
Se alguém me dissesse antes
Tudo o que já ouvi nessa tarde
Eu nem iria te olhar
Eu nem iria te encarar
Porque eu nunca me canso de fazer planos
Nunca me canso dos meus cadernos, nunca
Se alguém me dissesse antes
Tudo o que já ouvi nessa tarde
Eu nem iria te olhar
Eu nem iria te encarar
Porque eu nunca me canso de fazer planos
Nunca me canso dos meus cadernos, nunca
Eu nunca me canso de fazer planos
nunca me canso dos cadernos, nunca
Por onde for vou me lembrar
De escrever, de recordar
As noites de abrigo, e os móveis antigos 
Porque eu nunca me canso
Eu nunca me canso, nunca

Ouça aqui, vale a pena.


domingo, 19 de junho de 2011

Talvez um recomeço

Nunca pensei que eu fosse capaz de dar passos tão grandes na minha vida. Sempre me considerei medrosa e insegura e eu talvez seja mesmo medrosa e insegura. Mas isso nunca me impediu de correr riscos, de me jogar na frente dos carros para atravessar a rua e de enfrentar uma mudança sozinha, deixando tudo pra trás sem saber o que encontraria pela frente.
Fiz isso mais de uma vez, com coisas menores e coisas realmente importantes. Larguei uma faculdade que estava quase no final, deixei família e amigos para trás por causa de um emprego que eu nem sabia onde ficava direito, viajei horas para encontrar uma pessoa que eu só conhecia por msn e amava como se eu conhecesse desde sempre, desisti dessa pessoa quando achei que nossos planos não estavam mais caminhando em harmonia... Não me arrependo de nada disso. Tudo acabou dando certo pelo tempo que devia dar.
Agora estou a um passo de largar tudo de novo. Talvez mudar de casa, mudar de cidade, mudar de ambiente de trabalho e retomar a faculdade de onde eu parei. E é talvez porque não depende da minha vontade. Depende de coisas que estão além de mim.
Não sei se cabe alguma coisa na minha mala. Não sei nem se é necessário que eu tenha uma mala para levar coisas. Talvez o que seja realmente importante, eu nem precise carregar comigo, porque vai me acompanhar independente do caminho que eu siga. E o mais importante: vai me acompanhar ao meu lado, não atrás de mim.

***
Trilha Sonora: Malibu - Hole. "(...) I walk into the waves And the sun goes down I watch you slip away And I walk (...)"
Atendendo a pedidos (um pedido só, na verdade, da Aline Love), mais uma do meu trabalho e outra prova de que mereço um quadrinho de funcionária do mês.
Esses dias, me pediram para avisar o Sr. Meu Chefe que o lanche estava pronto e era pra ele ir lá comer bolinho de chuva. Fui lá levar o recado como boa moleque de recado que sou. Detalhe importante: ele estava mexendo com tinta, pintando a quadra da escola. Puta tinta fedida, que estava me dando dores de cabeça há horas.
- Mandaram avisar que tá pronto o lanche. É pra você ir lá comer. E mandaram avisar que tem bolinho de chuva.
- Hmmm! Bolinho de chuva! Vou lá comer agor...
- É, vai comer, mas faz o favor de ir lavar essa mão antes que esse cheiro de tinta tá foda, viu!
- ... [insira aqui uma cara de "oi? conhece respeito e hierarquia?"]
- Tá fedendo muito! Lava direito isso aí antes que eu vá embora de tanta dor de cabeça.
- Ahn... Tá. Vou lavar.
Aprenderam como se trata um chefe?
***
Trilha Sonora: Poema - Ney Matogrosso. Coisa mais linda essa música.

domingo, 12 de junho de 2011

A gêmea má

Olha, sinceramente? Essa pessoa que habita meu corpo hoje nem sempre esteve aqui.
Em algum momento que eu não sei dizer exatamente quando foi, essa pessoa chegou, se apossou do meu ser (quase poético isso) e como foi fácil se acomodar, acabou ficando.
Ontem tive uma conversa rápida com uma pessoa e, brincando com ele, disse que eu era muito macho. Ele assustou e disse que não achava bom que eu fosse macho, porque não queria concorrência com a mulherada. Essa era uma das duas que vivem aqui. Minutos depois alguma coisa que eu disse fez ele me chamar de viadinha, mandando eu parar com aquela frescura. Aí era a outra que vive aqui dentro.
Percebem a confusão? Tem duas pessoas diferentes aqui. Uma quer, a outra não quer. Uma sabe de tudo, a outra não sabe de nada. Uma bebe feito macho a noite toda e não faz xixi a cada cinco minutos, mas quem acorda de ressaca (mal aê, pelos transtornos, amigo!) é a viadinha.
Inclusive, foi a machona que resolveu que queria era ficar sozinha, mas quem ainda acredita em uma possível, talvez, quem sabe mínima amizade é a viadinha.
Essa personalidade dupla cansa, sabe? Fico tempo demais tentando saber quem chegou primeiro, mas nunca descubro, então, pra não ser injusta, acabo deixando que as duas fiquem aqui, sem expulsar ninguém. Vai que expulso a verdadeira eu e deixo a impostora aqui, sem a outra parte para equilibrar as coisas. Isso, sim, seria um problema.

***
Post que quase foi pro lixo porque.. sei lá... Deu vontade de escrever e quando tava terminando, deu vontade de apagar. Mas uma das duas aqui dentro disse que eu devia publicar, sim. Ela também diz que esse blog vai voltar aos seus dias de posts novos quase que diariamente, porque é nessas épocas complicadas que ela gosta de escrever.

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Trilha Sonora: I Want You - The Kooks. 

segunda-feira, 30 de maio de 2011

So take me as i am...

Daí eu tomo minhas decisões pensando única e exclusivamente no meu próprio bem, porque é assim que eu costumo agir, sendo egoísta. Depois eu percebo que não tá funcionando, porque eu achava que eu tomaria a decisão e aí, PLIM! tudo mudaria num passe de mágica, mas não tem mágica nenhuma nisso e o único truque que eu sei fazer é esse: foder com tudo sem pensar nas consequências. Ou, até penso, mas acho que tudo bem, nem vai ser um estrago tão grande assim. Só que na maioria das vezes eu estou errada e causo grandes estragos mesmo. Tipo aquela idéia meio cafona de "os piores venenos estão nos menores frascos" ou alguma coisa assim, porque olha, sou bem pequena e pareço bem inofensiva, mas eu sempre acabo estragando alguma coisa que não devia ou não queria. E eu até tento avisar "olha, não sou uma pessoa muito boa", mas acho que eu tenho cara de pessoa muito boa. Uma amiga me disse essa semana "não conheço seu lado grossa que você sempre fala" e eu dou graças, porque pelo menos as amizades eu ainda consigo manter longe desse lado grossa e destruidora. Falei pra um amigo essa semana (porque essa semana foi a semana de conversar com amigos sobre os meus defeitos e isso rende assunto) "posso estar sendo uma vaca, mas serei uma vaca feliz". Só que, ó, não não tem nem vaca e nem feliz aqui nesse momento. Tem só uma pessoa que ainda não sabe se tomou a decisão certa. Ah, sim! Tem também a pessoa egoísta, porque essa, me desculpem, mudo de nome, mas não deixo sair de mim.


***
Trilha Sonora: Deveria, mas não tem.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Exemplo de funcionária

Tô eu à toa em casa, como sempre, quando meu telefone toca. E quando ele toca, lá vem engano/telemarketing. É raro alguém ligar na minha casa porque, sei lá, sentiu saudade de mim.
Atendi e a pessoa do outro lado disse, com voz forçadamente formal:
- Boa noite. Gostaria de falar com a Senhorita Camila Alves.
De imediato reconheci a voz do meu chefe. Quer dizer, meu chefe na verdade verdadeira é o Governador de São Paulo, mas não era ele quem estava me ligando, claro. Era o Diretor da escola mesmo, que até onde me ensinaram, hierarquicamente falando, está acima de mim naquela bodega que eu chamo de trabalho.
Como funcionária exemplar com total noção da hierarquia citada acima, respondi toda a educação de uma moça criada por lobos:
- Fala, fulano! O quê que 'cê quer agora?
Aprendam comigo e em poucos meses sua foto estará no quadrinho de funcionário do mês.
Ah! Ele queria me passar trabalho pra amanhã cedinho, claro. Saudade de mim ninguém sente. Dinheiro na minha conta ninguém coloca.

***
Eu devia criar uma tag especial pra esses posts telefônicos.

***
Trilha Sonora:

domingo, 15 de maio de 2011

Lista nova: filmes

Um assunto que eu sempre me interessei é a possibilidade (ou não) de viajar no tempo e a existência (ou não) de universos paralelos. Coloco como "um assunto" porque pra mim uma coisa complementa a outra. Não sou especialista nisso e o que sei é por ter lido uma coisa aqui e outra ali, sempre pela curiosidade e não cheguei a fazer nenhum estudo profundo sobre isso (porque aí envolveria coisas como física e eu não gosto de física porque física envolve números e eu não gosto de números).
Mas isso aqui é um blog de amenidades e não de assuntos super sérios e, como eu gosto mesmo é de fazer listas...
Os Filmes Mais Legais Com Viagens no Tempo e Universos Paralelos (ou mais ou menos isso)


1 - A Casa do Lago
O cara vai morar em uma casa (no lago, vejam só) e começa a receber cartas da ex-moradora. Os dois começam a se comunicar através da caixinha de correspondência que é tipo um portal ligando passado e futuro. Ou seria passado e presente? Ou seria futuro e presente? Enfim... Se apaixonam, claro. E o filme é uma coisa linda até eles entenderem o motivo daquela coisa toda e descobrirem um jeito de se encontrar. Comprei o DVD essa semana ( R$12,90 na Americanas. Vou abrir falência logo, logo com tanto filme em promoção lá) e vou rever o filme talvez ainda hoje.


2 - Efeito Borboleta 
Esse filme me dá uma agonia louca sempre que assisto. O fulano tem um dom, se é que podemos chamar assim, que o faz viajar no tempo. Tem o lance de um diário que ele escreve porque cada vez que ele apaga e volta no tempo, ao retornar ele esquece de coisas que aconteceram no período da "viagem", por isso um médico o aconselha que ele escreva o diário para evitar que suas lembranças se percam. Só que ele percebe que pode forçar as viagens lendo o que escreveu e reativando a memória para poder mudar coisinhas no passado. E é aí que dá-se a merda toda. Cada alteração que ele faz no passado, muda o presente/futuro dele e ele fica o filme todo tentando consertar as coisas que ele estraga quando tentava consertar uma outra coisa. Ai! Que desespero! Mas o filme é bom.

3 - Um Homem de Família
Esse filme é fofinho e tem o Nicolas Cage, que eu adoro. Ele é um homem de sucesso, cheio de dinheiro e solitário. Uma noite ele vai dormir na sua cama enorme do seu apartamento enorme e, quando acorda, está em uma casa simples, ao lado de uma mulher que ele descobre ser sua esposa e mãe dos seus filhos. A tal mulher é a namorada dele da época da faculdade, que ele acabou deixando pra trás quando aceitou o emprego que o tornou um homem bem sucedido. Aí o filme vai se desenrolando com ele tentando voltar à vida original dele e, ao mesmo tempo, tentando se adequar à vida que ele poderia ter vivido se tivesse optado por ficar com a namorada anos atrás. Lindo! E eu choro! (E pretendo comprar logo, logo porque também está baratinho na Americanas.)

4 - De Repente 30
Com esse filme a minha identificação é meio que ao contrário. Quando eu tinha 12... 13 anos, eu não desejava tanto ser mais velha quanto eu desejo hoje poder ter de novo os meus 12 anos. O que acontece é que a menina sofre muito bullying (é moda, né, gente?) por ser desajeitada e não conseguir ser amiga das peruinhas da escola. Por isso ela deseja ter 30 anos, porque ela acredita que aos 30 ela será uma mulher de sucesso e tão popular quanto as meninas lindas da escola. Ela consegue avançar dos 13 aos 30 por causa de um pó mágico que cai nela enquanto ela deseja isso. Só que ela vira uma mulher de 30 com a cabeça de uma menina de 13. É divertidinho, bem Sessão da Tarde.

5 - Duas Vidas
Esse se parece bastante com Um Homem de Família. Só que ao invés de voltar no tempo/entrar no universo paralelo, o cara rico e solitário encontra o menino gordinho (uma gracinha!) e medroso que ele foi aos 9 anos e o moleque começa a questionar o que ele fez da vida dele depois de adulto, traindo as coisas que ele sonhava em ser e ter um dia. Preciso achar esse na promoção logo para comprar e poder rever sempre que bater aquela crise de "que merda eu tô fazendo da minha vida?".


6 - De Caso Com o Acaso
Só consegui ver uma vez e não me lembro de muitos detalhes. Na verdade, nem me lembrava do nome dele. Fui pesquisar agora pro post. Se me lembro bem, a menina um dia encontra com ela mesma, mas numa outra realidade e as duas trocam de lugar e experimentam a vida com as opções que elas não escolheram quando tiveram oportunidade. É alguma coisa assim. Só sei que se o filme ficou tanto tempo na minha memória, sem eu lembrar nem o nome dele, algum motivo teve e esse motivo só pode ser o fato dele ser muito bom. E este é oficialmente o parágrafo com o maior número de ocorrências do verbo Lembrar na história desse blog.

7 - Peggy Sue, Seu Passado a Espera
Esse eu vi duas vezes, mas naquelas sessões da madrugada da Globo (Corujão e Intercine) e realmente não sei contar a história dele. É alguma coisa com um baile de escola, a mulher volta ao passado dela, no colégio... Nicolas Cage tá nesse também. E, de novo, se eu não esqueci do filme, é porque gostei dele.

8 - Alta Frequência
Lembro de ter visto esse filme por acaso, com a minha irmã, uma noite à toa na casa da minha mãe. É a história de um cara que começa a se comunicar com alguém através de um rádio amador e, entre conversas com o estranho, eles descobrem que são pai e filho, se comunicando do passado para o futuro (o mesmo dilema: ou seria do presente pro futuro? Ou do presente pro passado?). O detalhe é que o pai está falando com o filho tipo uns 30 anos pra frente e, no tempo presente do filho, o pai já está morto. Se não me engano, chorei vendo esse filme também, o que não é nenhuma novidade, vindo de uma pessoa que já chorou vendo o comercial de um carro e outro de uma margarina (e não é força de expressão. Eu chorei mesmo).


9 - Kate e Leopold
Eu gosto desse, mas não posso dizer que é o meu preferido. É mais engraçado do que bonito ou interessante. O tal Leopold sai do seu tempo (um tempo há muito tempo atrás) e vem parar no mundo de hoje, com tudo moderno e coisa e tal. Se apaixona pela Kate e o filme todo é uma coisa de "como ele vai voltar pro tempo dele? Ele não pode ficar aqui". É, não me lembro de muitos detalhes também e assumo que estou com problemas de memória.


10 - Click

De todos dessa lista foi o último que assisti. E como já escrevi muito até aqui, estou com preguiça. Resumindo: o cara ganha um controle que permite que ele controle o tempo e aí ele pode viajar pra frente, pra trás, pausar e abaixar o volume da vida à volta dele. Só que a coisa toda fica fora de controle (não foi trocadilho barato, não. Ele começa a perder a noção das coisas que faz mesmo) e quando ele percebe, avançou tempo demais na vida dele e não aproveitou nada do que poderia ter aproveitado. Um tapa na cara de muita gente que acha que pode viver tudo ao mesmo tempo.


Como a maioria das minhas listas, essa vai parar nos 10 filmes hoje, mas conforme eu for recebendo sugestões ou me lembrando de outros filmes, ela vai aumentando em novos posts.
E, antes que perguntem: não, eu não assisti De Volta Para o Futuro. Na verdade, até assisti, mas faz muitos anos e eu realmente não me lembro direito da história. Sei que tem um carro com aquele tiozão e tal, mas não lembro de nada além de uma cena em que o filho vai para o passado e dá conselhos ao pai dele, pedindo que um dia, se o filho dele quebrar um vaso (ou sujar um carpete, não lembro), que ele não seja tão severo na punição. Espertinho! Eu faria o mesmo se pudesse encontrar meus pais no passado. heh

***
Trilha Sonora: 50 Receitas - Leoni. Música linda, lnda, linda e igualmente triste. Mas podia ser Em Algum Lugar no Tempo - Biquini Cavadão, que combina muito com o tema da lista.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Das coisas que sou obrigada a ouvir...

Juro! Tô quietinha trabalhando, mas ouço umas coisas de vez em quando que desconcentrariam até o mais disciplinado monge tibetano.
Na sala ao lado alguém falava algo sobre reciclagem, lixo, coleta seletiva, etc. E disse:
- Blá blá blá usina de compostagem. Sabe?
- Sei! Aquelas compotas, né? Compota de frutas... Compota de morango, de ameixa, de abacaxi...

Sinceramente, eu espero que tenha sido uma piada.


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Trilha Sonora: Walking After You - Foo Fighters. Ao mesmo tempo em que vejo a novela (e jogo, converso com o Sr. Namorado e escrevo aqui).

terça-feira, 29 de março de 2011

Uma música pra ele

Deixa pra lá, que de nada adianta esse papo de agora não dá. 
Que eu te quero é agora e não posso nem vou te esperar
Que esse papo de um tempo nunca funcionou com nós dois.
Sempre que der mande um sinal de vida de onde estiver dessa vez
Qualquer coisa que faça eu pensar que você está bem, 

Ou deitada nos braços de um outro qualquer, 
Que é melhor do que sofrer de saudade de mim como eu tô de você
Pode crer, que essa dor eu não quero pra ninguém no mundo, imagina só, pra você.
Quero te ver dando voltas no mundo indo atrás de você, sabe o que
E rezando pr'um dia você se encontrar e perceber que o que falta em você sou eu.






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Sr. Namorado e eu ouvimos essa música pela primeira vez em um show na cidade dele e imediatamente nos apaixonamos pela letra + voz + melodia.
Viadinha que sou, chorei enquanto ouvia. Depois o nome da música virou, entre nós, "aquela música que você chorou". É uma música daquelas que diz mais do que você mesmo é capaz de dizer sobre sua vida e, por isso, entrou para a minha playlist de músicas eternas.

Como sou uma má pessoa, mas estou de bom humor hoje, coloquei o link para o vídeo ali no nome da música. Cliquem e ouçam que coisa mais linda!

domingo, 20 de março de 2011

Um fato

"O amor é campo minado. Basta um passo e nos despedaçamos. Juntamos os cacos e, sem pensar, damos outro passo. (...) A solidão dói tanto, que preferimos explodir a ficar sozinhos."
Kate, em Amor Aos Pedaços (Love & Sex), filme lindo que eu vejo, revejo e choro todas as vezes porque fala de coisas verdadeiras que eu, você, sua tia e sua vizinha já vivemos: os amores que tinham tudo para dar certo, mas falharam.

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Trilha Sonora: Futuros Amantes tá tocando na minha cabeça e uma música nunca combinou tanto com um post quanto essa agora. Chico (lindo) Buarque sabe o que diz.

domingo, 13 de março de 2011


Às vezes parece que aqui dentro, bem no fundo, o tempo fica assim. Escuro, vazio, chovendo aquela chuva fininha que te convida a deitar e dormir e só dormir. Dormir até o tempo abrir. Mas o tempo não abre. Você dorme, acorda, se espreguiça na cama e volta a dormir porque continua o vazio, a chuva fininha e o escuro.


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Trilha Sonora: "(...) e dizem que a solidão até que me cai bem" tá na minha cabeça há horas.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Acompanhem meu raciocínio

Estava lendo um blog agora há pouco (muito bom, por sinal e recém descoberto) e no meio do post havia algo sobre discos voadores não existirem.
Acontece que nossa concepção de discos voadores é a seguinte: uma nave pilotada por seres de outro planeta que sai do planeta natal deles para explorar planetas vizinhos. Concordam?
Pois bem, se isso é um disco voador para nós, terráqueos, o que são os nossos foguetes (da NASA, né, porque eu mesma não tenho foguete nenhum) para os seres de outros planetas? E, o contrário também vale: o que são os discos voadores para os seus pilotos de outros planetas?
É tudo foguete, minha gente! E tudo disco voador.
Era só o que eu queria dizer. Até qualquer hora!

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Trilha Sonora: Canção Para Quando Você Voltar - Leoni e Herbert Vianna. A música é linda, mas o que gosto mesmo é do mantra no final. On Mani Padme Hum.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Eu me Adoro

Me adoro por simples motivos, que talvez você não entenda... Talvez por isso eu queira escrever isso aqui no seu blog, e não no meu.
  • Adoro meus olhos, por que...
Por que com meus olhos eu posso ver os seus, posso ver seu sorriso, posso olhar você falando, ver você inteira e ver como a sua beleza é infinita. Com eles posso te olhar, e só com isso posso saber se você esta bem, se esta triste, se esta empolgada, ou se tudo apenas esta.
  • Adoro meu nariz, por que...
Por que posso sentir seu cheiro, o cheiro dos seus cabelos, o cheiro da sua pele que é tão gostoso. Posso sentir o cheiro das coisas que você faz pra mim comer, do seu perfume que me fascina até hoje, desde o nosso primeiro encontro.
  • Adoro minhas mãos, por que...
Por que elas se encaixam perfeitamente na sua, por que com elas conheço o seu rosto inteiro apenas pelo tato, com elas posso afagar sua cabeça e fazer o cafuné do meu jeito estranho, mas que te faz rir, com elas eu posso te fazer massagem e deixar você inteira relaxada pra poder dormir como um anjo...
  • Adoro minha boca, por que...
Com ela posso te falar sempre que eu te amo, por mais que as vezes você enjoada de ouvir, por que com ela ganhei o primeiro selinho realmente gostoso, e no meio de um monte de gente que queria subir e descer a escada, por que ela se encaixa perfeitamente na sua, por que com ela eu beijei seus lindos olhos que um dia estavam chorosos e por que um dia beijei em um lugar que estava dolorido, e você disse que era o beijinho mágico da estrela.
  • Adoro meus ouvidos, por que...
Por que com eles pude ouvir o primeiro Eu te Amo sincero, que não foi de mãe. Com eles posso ficar ouvindo horas a sua voz gostosa, me contando como foi o seu dia, me falando bobeiras enquanto eu dou risada junto com você, pro que com eles posso ouvir seus problemas e ajudar a pensar em como resolver...
  • Adoro meus pés, por que...
Por que com eles posso ir aonde você esta, por que eles esquentam os seus pés gelados quando dormimos juntos, por que eles me aguentam mesmo quando você faz a gente andar por horas a fio, já que nos perdemos ou precisamos achar alguém, por que eu já consegui te assustar estralando os dedos do pé e foi engraçado...

Eu me adoro, mas só por que tenho você na minha vida. Você é muito mais importante do que supõe, e não faz idéia de quanto eu quero poder te olhar sempre, sentir seu cheiro todos os dias, andar de mão dada com você toda hora, beijar sua boca todo dia quando acordar de manhã cedo, e ouvir que te amo e ver que nossos pés estão juntinhos lá embaixo, na cama.

O Namorado.

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Trilha Sonora: Misfits - Bullet.... A música não tem nada haver com o texto, mas gosto de escrever ouvindo punk... rs

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Sr. Namorado pediu a senha do blog, eu dei e ganhei essa surpresa. Tem como não amar esse homem?

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Quase no altar

Há alguns anos eu tenho um sonho que se repete, não em detalhes, mas em essência.
É assim: eu estou para me casar. Estou nervosa, sempre falta alguma coisa, o vestido não fecha, meu cabelo não está pronto, não estou na igreja e já estou muito atrasada e o que mais me intriga sempre que acordo depois de sonhar isso, é não conseguir lembrar quem era o noivo. Ou porque ele simplesmente não aparece durante o sonho ou porque ele aparece e eu não me lembro dele depois que o sonho acaba.
Essa noite eu sonhei de novo que eu ia me casar. O que me deixava aflita dessa vez, era perceber que eu não tinha terminado de fazer a sobrancelha e, olhando para a igreja, via todos os convidados, os padrinhos... todos me esperando e eu nervosa porque ainda não estava totalmente pronta. Minha mãe tentava me acalmar dizendo que dava tempo, que todos entenderiam e que eu ainda podia terminar. Tinha um senhor que ficava fazendo cara de impaciente, meio que querendo reclamar do atraso, mas eu não sei quem era ele. Era como se fosse o padre ou alguém responsável pelos documentos, alguém do cartório, não sei... Mas ele me irritava muito. E eu me irritava mais ainda porque não sabia quem era o noivo e ninguém me dizia aonde ele estava, se já estava no altar, se estava irritado com a minha demora.
Acordei e fiquei pensando nisso. Por que eu sempre sonho com o meu casamento, nunca vejo o noivo e alguma coisa sempre está me impedindo de ir para o altar?
Talvez eu até saiba a resposta, mas prefiro achar que é um sonho sem o menor sentido que me persegue porque... porque sim. É só um sonho.

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Trilha Sonora: Dona Cila - Maria Gadú. Música mais linda dos últimos tempos.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

Outra no telefone

Tocou meu telefone depois das 9 horas da noite e já estranhei. Ninguém me liga em casa depois desse horário. Atendi.
- Oi.
- E aí? Me conta!
- Quê?
- O babado! Me conta!
- Quem tá falando?
- Me conta! Quero saber!
- Que babado? Acho que você ligou errado...
- Ai... Liguei?
- Acho que sim... Você queria falar com quem?
- Com a Jú. Ai! Que vergonha!
- Ah, então ligou errado mesmo. Não tem nenhuma Jú aqui e eu não sei de nenhum babado pra te contar...
- Ai, que pena! É que ela terminou com o namorado e eu queria saber do babado. Agora não vou ficar sabendo...
- É... Acho que não...

E no final das contas, desligamos o telefone gargalhando, as duas curiosas pra saber detalhes do babado sobre o fim do namoro da Jú, seja lá quem for a tal da Jú, que agora está solteira.

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Trilha Sonora: Asleep  At The Wheel - The Wallflowers

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Vem, gente!

Finalmente, após meses de enrolação, resolvi colocar no ar o blog novo.
A idéia toda é baseada na minha mania de começar a ler um livro pelo final dele. Se eu gosto do final, leio o livro todo desde o começo. Então, já devem imaginar, né? Um blog só de finais de livros.
Se você não gosta de saber como termina a história, nem visite.
Se você é igual a mim e prefere ver antes como termina o livro, vá Para a Estante. E reparem na demora entre o primeiro e o segundo post. Sim, eu começo as coisas e tenho preguiça de prosseguir.
Caso alguém queira colaborar, elogiar, criticar e coisa e tal, façam contato e eu juro que respondo com toda a educação que mamãe me deu.

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Trilha Sonora: Jota Quest - Sempre Assim. Acho bonitinha. =)

sábado, 29 de janeiro de 2011

Como enganar atendentes burros

Se o atendente é burro, a coisa é fácil, claro. Mas vou mostrar como eu consegui enrolar um atendente do Ibi hoje, por telefone:

- Alô. É... Posso... Posso falar com... Camila? [Ele não parecia ter muita certeza sobre o que ele estava fazendo. Gaguejava e falava igual um moleque de 10 anos passando trote]
- Oi. Pode falar.
- Camila? Camila é a senhora?
- Sou. Quem quer falar?
- É... Sou o Fulano, do Ibi. A senhora pode confirmar seus dados, por favor?
[Nesse ponto eu já imaginava do que se tratava. Meu cartão da C&A é, na verdade, um cartão Ibi]
- Pra quê?
- Preciso que a senhora confirme sua data de nascimento.
- Por quê?
- Para prosseguir o atendimento, preciso que você confirme seus dados.
- Do que se trata?
- Só posso adiantar o assunto após a confirmação dos seus dados. Data de nascimento, por favor?
- Não vou confirmar nada se eu não souber o assunto antes.
- Mas... Preciso da sua data de...
- Não vou te passar meus dados por telefone. Não sei quem é você e nem qual o assunto. Me adianta o assunto que eu confirmo os dados.
- Eu não posso adiantar.
- Então não confirmo meus dados.
- Bom... É... Então... Nesse caso, a senhora vai precisar entrar em contato com a C&A para saber qual o assunto.
- Tá bom. Tchau.

Burro! Adiantou o assunto sem eu confirmar meus dados.
A técnica é simples: não confirme seus dados. Ele vai se recusar a te adiantar o assunto, mas como ele é pago para contactar os clientes, em algum momento ele vai precisar te mandar ao lugar de onde partiu a ordem de "incomodem o cliente" e aí, pronto. Se você é cliente, sabe qual o assunto. Se não é cliente, acredite: não é nada de importante.

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Trilha Sonora: Ainda Lembro - Marisa Monte e Ed Motta.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Não sou sua amiga

O problema de ser adepta de trocentas redes sociais é o grande número de pessoas que cismam com a sua cara e te adicionam sem mais nem menos. No Orkut, depois de muito tempo, consegui deixar na lista de amigos só quem é amigo mesmo ou quem eu, de alguma forma, conheço. Aí entram amigos de longa data, amigos ocasionais, aquele amigo do amigo que estava na mesma balada que eu e no dia seguinte me adicionou, parentes, parentes distantes, contatos de internet, enfim, pessoas com quem eu já falei alguma vez na minha vida ou tenho alguma ligação sanguínea. Por mim, sinceramente, lá só teriam amigos de verdade e parentes com quem eu tenho contato. Por quê? Porque eu não quero números, quero os contatos que, por ventura, algum dia, eu possa precisar deixar um scrap. Só. Mas se outras pessoas que me viram uma vez na vida me adicionam, tá, eu aceito.
Aí, no Facebook, sigo o mesmo pensamento, com um porém: viciei nos jogos e como eles dependem de "vizinhos" para subir o nível (passar de fase, para os jogadores das antigas), adiciono e aceito pessoas de qualquer canto do mundo, desde que joguem algum dos jogos que eu jogo. Puro interesse, eu sei.
Só que tem aquele povo que me adiciona e não fala nem o mesmo idioma que eu, muito menos joga os mesmos jogos. Me adicionam porque querem números. Esses eu recuso e pronto.
Mas e quando vem aquela pessoa que você sabe quem é, mas não conhece pessoalmente e não faz a menor questão de ser amiga dela? E, apesar de saber o nome, na sua cabeça ela se chama vaca. E você não pode simplesmente responder com um "não sou e nem quero ser sua amiga, sua vadia". Então, como proceder nesses casos?
É simples: a gente (eu) deixa o convite lá, pendente até que você tenha um bom motivo para recusar sem ficar chato ou aceitar e começar uma linda amizade falsa com aquela vaca querida.

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Nota: Não há nada mais falso no meu vocabulário do que chamar uma pessoa de querida ou se referir a ela com "A fulana? Ela é uma querida".

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Trilha Sonora: TV ligada enquanto crio forças para ir pro chuveiro, me arrumar e sair

Velho Eu e Novo Eu

Quando eu era pequena, eu ia muito ao Memorial da América Latina com meus pais. Quer dizer, acho que eu ia muito, porque tenho muitas lembranças de estar lá, mas não sei dizer o que nos levou lá tantas vezes. Vou perguntar à minha mãe hoje, quando ela me ligar.
Enfim, o fato é que, em uma dessas idas ao Memorial, meus pais tiraram uma foto minha ao lado daquela mão com a mancha vermelha no meio.
Pausa para novas informações:
Fui ver no Google se achava fotos dessa mão que eu falei e descobri que:
* O Memorial foi inaugurado em 18 de março de 1989. Um dia após o aniversário de 1 ano da minha irmã. Nessa época, eu tinha 2 anos, quase 3. As fotos são dessa época, então a gente ia lá logo que ele foi inaugurado.
* Descobri que o projeto arquitetônico é do Niemayer. 
* Sobre a mão, achei o seguinte: "Na Praça Cívica está localizada a escultura moldada em concreto conhecida como ‘A Grande Mão’, a qual representa o sangue vertido pelos mártires da América Latina que combateram e muitas vezes deram a vida pela conquista da liberdade; este é um dos símbolos mais significativos do Memorial". Eu lembrava que tinha algo a ver com o sangue derramado dos Latino Americanos, mas essa explicação tá mais completa. E no link  de onde eu peguei a informação acima, peguei emprestada também a foto.




Fim da pausa para novas informações.
Voltando ao assunto do post, meus pais tiraram uma foto minha ao lado da tal mão.
Anos se passaram, até que um dia, eu e meu pai resolvemos voltar lá para ver o que tinha de novo.
Entre as exposições e aquela sala linda da maquete da América Latina abaixo do piso de vidro, resolvi  que eu queria uma foto nova ali. Sentei em um banquinho, fiz cara de qualquer coisa e a foto foi tirada.
Tempos depois, eu soube da existência de um site que coleciona fotos nesse estilo "antes e depois", mas de forma mais elaborada: você deve recriar a cena de uma foto antiga, com o máximo de elementos que conseguir. O site é o Youg me/Now Me.
Achei a idéia linda e ainda vou voltar ao Memorial para tirar uma foto mais fiel, usando uma roupinha parecida (acho que era um vestidinho) e imitando a pose que fiz há uns 22 anos, em pé ao lado da mão.
Quando eu for à casa da minha mãe, vou roubar a foto (e ela vai ficar muito brava comigo porque odeia quando roubamos as fotos da família) e vou mostrar pra vocês as duas aqui.
Aí, enquanto isso, vocês podem usar o Young Me/Now Me como inspiração para recriarem suas fotos antigas.
Melhor do que tirar foto fazendo aqueles biquinhos pseudo-sexy, né?


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Lembrei de novo do Young Me/Now Me quando vi um link no site da revista TPM.


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Trilha Sonora: Raimundos no Ao Vivo MTV, quando eles ainda eram uma das melhores bandas do rock nacional.